quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

ELIS - 30 anos



Minha arma é o que a memória guarda

Perdoem o lapso na política feia, suja, imunda para falar de algo cristalino e brilhante.

Algo que, se você não tem ao menos uns 45 anos, só ouvindo para entender.

Ouvindo com o coração, que nem tenta entender, mas sente.

E por sentir, agradece a quem nos deu a maravilha de ver seu riso imenso, suas lágrimas, ouvir sua voz e encontrar uma sublime beleza em um mulher que era ela mesma, que dizia era querer saber do brasileiro e não estava preocupada ”em cromar minha orelha e sair para a rua para chamar a atenção”.

“Me tomam por quem? Um imbecil? Sou algo que se molda do jeitinho que se quer? Isso é o que todos queriam, na realidade. Mas não vão conseguir, porque quando descobrirem que estou verde já estarei amarela. Eu sou do contra. Sou a Elis Regina de Carvalho Costa que poucas pessoas vão morrer conhecendo”.

A Elis Regina de Carvalho Costa trouxe ao grande público gente como Milton Nacimento, João Bosco, Aldir Blanc,. Passeou por valsas, como Fascinação, por sambas, bossa nova, rock, por canções latinoamericas, por todos os lugares musicais onde pudesse despejar a torrente cauladosa ou murmurante que lhe brotava à boca.

Desculpem a possível pieguice, mas o 30º ano da morte física de Elis Regina desculpam qualquer sentimento em minha geração.

E, depois, quem não tem coragem de apaixonar-se, de viver e proclamar estas paixões diante de todos, não sabe o que está perdendo.

Porque perdeu a ciência, tão doce e vital ciência, de que a nossa arma é o que a memória guarda

Nenhum comentário:

Postar um comentário