É de conhecimento público que a quase totalidade da grande imprensa brasileira, encabeçada pela semanal Veja do grupo Abril, são a maior voz da oposição ao governo federal.
Não são poucos os políticos de oposição ao governo do PT, que se utilizam das pautas e matérias da veja e de outros veículos de imprensa de mesma linha para descer o pau no Governo Federal e colher escândalos. O senador botox, Álvaro Dias (PSDB-PR) é o melhor exemplo disso.
Até mesmo grandes veículos de informação, como a TV e jornal Globo, grupo Bandeirantes, Folha de São Paulo e outros tantos, pautam seus jornais baseados exclusivamente nas denúncias da revista Veja.
Mas e agora?
Demóstenes Torres (Dem-GO), senador da república pelo estado de Goiás, paladino da moralidade ao lado de Álvaro dias (PSDB-PR) foi pego pela operação Monte Carlo da Polícia Federal.
Essa operação da PF, Monte Carlo, tem como objetivo combater as atividades de jogo ilegal e tráfico de drogas. Um dos principais investigados é Carlinhos Cachoeira, um famoso e influente banqueiro do jogo do bicho em todo território nacional.
Agora, imagine e surpresa dos investigadores da PF quando da investigação sobre o mega bicheiro!
Nada menos que 298 ligações só entre fevereiro e agosto de 2011, mais de uma conversa por dia entre os dois. Além disso, o jornalista Leandro Fortes da Carta Capital, em matéria na revista, demonstra que Cachoeira pagava uma propina de 30% dos ganhos obtidos com o jogo ilegal para o senador. Segundo o jornalista, este dinheiro seria usado para “bancar” futuras campanhas eleitorais (caixa 2) do partido do senador (DEM).
Mas não para por aí, ainda tem muita sujeira debaixo deste tapete.
Demóstenes e Cachoeira têm ligações intestinas com a cúpula editorial da Revista Veja. Foi graças a eles que a revista estampou manchetes que abalaram o país. Estas manchetes “patrocinadas” e “fornecidas” por atores ligados a Cachoeira e Demóstenes abalaram e muito, os alicerces do poder em Brasília.
“…A partir da campanha do “impeachment” de Fernando Collor, jornalistas, grampeadores e chantagistas passaram a conviver intimamente em Brasília. Até então, havia uma espécie de barreira, que fazia com que chantagistas recorressem a publicações menores, a colunistas da periferia, para montar seus lobbies ou chantagens. Não à grande mídia.Com o tempo, a necessidade de fabricar escândalo a qualquer preço provocou a aproximação, mais que isso, a cumplicidade entre alguns jornalistas, grampeadores e chantagistas. Paralelamente, houve o desmonte dos filtros de qualidade das redações, especialmente nas revistas semanais e em alguns diários.
Foi uma associação para o crime. Com um jornalista à sua disposição, o grampeador tem seu passe valorizado no mercado. A chantagem torna-se muito mais valiosa, eficiente, proporcional ao impacto que a notícia teria, se publicada. Isso na hipótese benigna…” [Nassif, aqui]
Este tipo de procedimento culminou no escândalo do mensalão em 2005, onde Policarpo Jr. da Veja, mostrava o flagrante de um funcionário dos correios recebendo o trocado de R$ 3.000,00 em propina.
Estes míseros R$ 3.000,00 rendem até hoje com o chamado escândalo do mensalão, mas na verdade é pouco mais que nada, muito menos que a ponta do iceberg.
Claro que foram muitos outros, o caso do grampo sem áudio envolvendo Gilmar Mendes e o Própio Demóstenes serve apenas como mais um exemplo.
E ainda não é tudo.
O senador Demóstenes Torres, além ligações íntimas com o crime organizado, personificado por Carlinhos Cachoeira e de ter em sua mão e bolso os principais responsáveis pelas edições da porta voz da oposição, a revista veja. Também tem ligações muito suspeita com a cúpula do poder judiciário federal.
Ninguém menos que o Ministro Gilmar Mendes, aquele mesmo dos dois Habeas Corpus em menos de 24 horas que livraram da cadeia o empresário Daniel Dantas. Pois é, uma enteada de Gilmar Mendes, é assessora parlamentar do senador Demóstenes. Será que podemos esperar alguma  decisão séria do STF neste caso?
Além de tudo isso fica muito espantoso e esclarecedor o silêncio da grande mídia sobre as denúncias.
Na grande imprensa, muito pouco ou nada se vê sobre as ligações e conchavos entre Demóstenes, Cachoeira e Gilmar Mendes, nós os leitores, ficamos a mercê apenas do que é divulgado pela Polícia federal.
Agora, imagine se Demóstenes fosse filiado ao PT ou qualquer outro partido da esquerda?
Haveria manifestações em cada esquina do país, pediriam a cabeça de Lula e o impedimento da presidenta Dilma. Mas como a denúncia envolve atores do Democratas, a imprensa brasileira se omite. Do mesmo modo como foi com o Ex-Governador Arruda(DEM) do DF.
Foram comprovadas propinas que envolveram milhões, o ex-governador chegou a passar alguns meses no xilindró, mas em outubro agora, não fosse a lei da ficha limpa, era bem capaz de Arruda conseguir um cargo de prefeito em alguma capital por aí. Afinal, ninguém mais lembra dos escândalos, e muitos menos, lembram que um dos braços direitos de Arruda no governo corrupto do DF seu secretários de qualquer coisa, era ninguém menos que Cássio Taniguchi, ex-prefeito de Curitiba e atual secretário de planejamento do desGoverno Beto Richa no Paraná.
Durma com um barulho destes!
É evidente que não existe democracia sem oposição no parlamento (nós curitibanos sentimos isto na pele), mas do jeito que está, com esta oposição midiática, insípida, com ligações com o que há de mais criminoso e podre na sociedade é o pior cenário possível. Se continuar assim, nunca haverá uma fiscalização efetiva do governo Dilma e a presidenta poderá fazer o que lhe vier na telha, se fizer alguma cagadinha, por menor que seja, esta oposição sedenta apenas de escândalos não vai nem perceber e, no fim das contas, é o Brasil todo quem paga o pato, mais uma vez, como tantas outras vezes.
Esta oposição de Democratas (DEM), Sociais Democratas (PSDB), Progressistas (PP), Socialistas (PPS) e Udenistas (PSD) está mais suja que pau de galinheiro, não fosse a grande imprensa dando suporte total estariam todos escondidos, com medo de irem parar na cadeia, mas como o Brasil ainda é o país da impunidade, fica tudo como está. Esta democracia torta, repleta de eleitores informados pela metade e políticos ávidos pelo dinheiro publico e fácil.
Polaco Doido