sábado, 31 de agosto de 2013

Ni una sola palabra de amor

Bom fim de semana

VALE A PENA VER DE NOVO



http://tijolaco.com.br/index.php/jovens-fazem-levante-contra-a-globo-em-todo-pais/

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O Príncipe da Privataria

Livro diz que FHC “vendeu o país para comprar sua reeleição”

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Há mais ou menos duas semanas, fui convocado para uma reunião com a Geração Editorial, que lançou o best-seller “A Privataria Tucana”, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., que vendeu perto de duas centenas de milhar de cópias e que contou os negócios obscuros de José Serra durante a privatização de empresas públicas no governo FHC.
A editora se preparava para lançar outro livro-bomba que ainda não podia ser divulgado porque, sabe-se lá como, o PSDB havia tomado conhecimento dele e estava fazendo ameaças de processar não só a Geração Editorial, mas também o autor da obra que está sendo lançada e que conta como Fernando Henrique Cardoso conseguiu o seu segundo mandato.
O autor de “O Príncipe da Privataria” é o jornalista e escritor Palmério Dória, que já publicara, pela mesma Geração Editorial, o laureado “Honoráveis Bandidos”, que contém as peripécias de José Sarney em seu feudo eleitoral, o Maranhão.
O livro-bomba de Dória esmiúça o escândalo da compra de votos de deputados pelo governo Fernando Henrique Cardoso, ao custo de R$ 200 mil por cabeça, para votarem a favor da emenda constitucional que lhe permitiu se reeleger. O livro traz à luz um personagem que o jornal que denunciou o escândalo – a Folha de São Paulo, através do então repórter Fernando Rodrigues – nominou como “Senhor X”.
Aquela matéria da Folha de 13 de maio de 1997 tornou público fatos que seriam solenemente ignorados por toda a grande imprensa. O jornal O Estado de São Paulo só tocou no assunto uma vez e, ainda assim, para defender FHC. Abaixo, a matéria que contém entrevista do “Senhor X”, quem denunciou todo o esquema a Fernando Rodrigues.
—–
FOLHA DE SÃO PAULO
13 de maio de 1997
Governadores do Acre e Amazonas negociaram pagamento a políticos
FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As conversas do deputado Ronivon Santiago sobre a votação da emenda da reeleição foram captadas ao longo de vários meses, em diversas oportunidades. Essas conversas ocorreram todas depois da votação do primeiro turno da emenda, em 28 de janeiro passado. Segundo as gravações em posse da Folha, os governadores do Acre, Orleir Cameli (sem partido), e do Amazonas, Amazonino Mendes (PFL), foram os responsáveis pela compra dos votos de cinco deputados acreanos.
Para não despertar suspeitas, a pessoa que fez as gravações falou sobre assuntos variados. São conversas pessoais, que se arrastam às vezes por cerca de uma hora a respeito de assuntos sem interesse público. Partes das gravações foram condensadas ou suprimidas. Isso foi feito porque a divulgação completa dos diálogos poderia permitir a identificação do interlocutor de Ronivon. A Folha vai preservar o nome do interlocutor de Ronivon. Ele está identificado como “Senhor X”.
A reportagem teve acesso às fitas originais das conversas. As datas e as circunstâncias em que se deram esses diálogos não serão reveladas também para preservar a identidade da pessoa que se dispôs a fazer as gravações. A seguir, a Folha selecionou os trechos mais relevantes. A ordem das declarações é cronológica. Como as conversas ocorreram em dias diferentes, os assuntos muitas vezes se repetem:

*
O negócio
Neste trecho, Ronivon é indagado sobre um suposto pagamento que o governador do Acre, Orleir Cameli, teria de fazer aos deputados federais do Estado -com alguma ligação a aprovação de projetos no Orçamento federal.
O deputado muda de assunto e diz que recebeu apenas R$ 100 mil “agora para a votação”. No final deste trecho, é possível identificar que “a votação” era a da emenda da reeleição.
Ronivon também explica que recebeu R$ 100 mil em dinheiro. E mais R$ 100 mil lhe seriam pagos por intermédio de uma empreiteira, a CM. Essa empresa teria executado uma obra para o governo do Acre e lhe repassaria R$ 100 mil quando recebesse o pagamento do governador Orleir Cameli:
Senhor X – Ele (Orleir Cameli) não pagou nada daqueles do Orçamento de 94, de 95?
Ronivon Santiago – Não. Ele me deu R$ 100 mil… R$ 100 mil agora para a votação. Deu em cheque e em dinheiro. Me deu um cheque. Aí, depois, me deu dinheiro. Eu devolvi o cheque. Me deu R$ 100 mil, em dinheiro.
Senhor X – Para a votação?
Ronivon – É. Mas, dentro daquele negócio. Aí, eu fui e acertei com ele. Eu digo, olha, faz o seguinte: aí tem uma nota para mim, quando eu receber de 400 e poucos mil de um (trabalho) que a firma fez, que é para poder me reter o meu dinheiro. Mas está lá para pagar e até hoje não pagou esse dinheiro. E esse dinheiro que dá para pagar todos esses pagamentos. Estou aguardando.
Senhor X – Mas, me diga uma coisa. Ele não deu 200 mil para cada um?
Ronivon – Mas eu peguei só 100.
Senhor X – E quem foi que pegou?
Ronivon – Não, todo mundo pegou 200.
Senhor X – Todo mundo pegou 200… pela votação?
Ronivon – E eu peguei 100. Mas eu tinha um assunto meu. Que ele ia me pagar isso aqui. Aí ficou pra CM. Aí, eu, né…? Ficou pra CM, porque a empresa que está lá, pra faturar essa nota, que é para poder me pagar tudo. Aí, ficou dentro os meus outros 100. Tô pra receber, ele vai me pagar…
Senhor X – Orleir chegou a dizer a algumas pessoas lá no Acre que os votos tinham sido pagos…
Ronivon – 200 paus.
Senhor X – 200 paus para cada um?
Ronivon – É.
Senhor X – E você, tirou 200?
Ronivon – Só um. Mas eu tenho… vou receber. Está negociado.
Senhor X – O João Maia também recebeu os 200?
Ronivon – Recebeu.
Senhor X – Os 200?
Ronivon – Todo mundo… Osmir, Zila…
Senhor X – Então quer dizer que, nesse caso, na reeleição, tudo o que se votou, isso? Hein? O Inocêncio não lhe arrumou nada de dinheiro, não?
Ronivon – Não. Inocêncio, não.

O cheque sustado
Neste trecho, o deputado explica que a primeira tentativa do governador Orleir Cameli teria sido pagar em cheque. Depois, houve a troca por dinheiro.
O dinheiro só foi entregue na medida em que os deputados se apresentavam e rasgavam o cheque recebido anteriormente:
Senhor X – E aquele cheque? Foi pago?
Ronivon – Foi. Só que veio em dinheiro.
Senhor X – O cheque não foi descontado, não?
Ronivon – Não. Rasgou.
Senhor X – Você rasgou?
Ronivon – Rasguei. Não só o meu, como o do Osmir, da Zila, de todo mundo.
Senhor X – Eu pensava que naquele episódio da reeleição você tinha arrumado mais…
Ronivon – Não. O que tem de mais aí ficou acertado. Ele ligou na minha frente para fazer a nota de 400 e poucos paus. Está lá, está feito. Está autorizado lá, está tudo prontinho lá. Saiu, aí eu pego. É meu. Então, eu não briguei por uns 100 real porque estou vendo que está embutido. A hora que sair a firma me dá, sem problema nenhum.
Senhor X – Quer dizer que o acerto eram 200?
Ronivon – 200 para todo mundo.
Senhor X – E por que que ele desconfiou daquele cheque que eles deram…?
Ronivon – Não, porque ali foi uma jogada. O Amazonino: “Você é tão infantil, rapaz? Vai dar esse cheque para esse pessoal? Pega um dinheiro e leva”. Aí, ele pegou todo mundo e deu a todo mundo em dinheiro. Eu e com o Orleir, nós fizemos um acerto lá que…
Senhor X – Mas esse cheque não foi dado na véspera da votação?
Ronivon – Mas no outro dia ele deu em dinheiro.
Senhor X – Deu em dinheiro?
Ronivon – De manhã, antes da votação aqui à tarde.
Senhor X – Arrumaram esse dinheiro como, hein?
Ronivon – Sei não. Aí você me enrolou (risos).

As dívidas (1)
Aqui o deputado fala um pouco das suas dívidas bancárias. O assunto é recorrente nas conversas.
Neste trecho, são citados o Banco do Brasil e o Banacre:
Senhor X – Mas, Rôni, aquele episódio da reeleição… Você, de qualquer maneira, diminuiu um pouco o seu sufoco, não diminuiu? Pagou os seus negócios de banco, já?
Ronivon – No Banco do Brasil. Todinho, total, não devo nada. Tenho só R$ 10 mil para o dia 10.
Senhor X – E lá no Banacre? Acertou?
Ronivon – No Banacre eu tenho lá, mandei resumir, dá tudinho dá 132. Eu recebi essa nota, entra, já tá autorizado para descontar. Eu negociei através da nota.

O acerto da empreiteira
Aqui, neste trecho, fica mais evidente que parte do pagamento do voto da reeleição seria por meio de uma empreiteira, a CM:
Senhor X – Mas quer dizer que essa nota faz parte…
Ronivon – Faz parte do acerto da CM.
Senhor X – Da CM e dos 100 que faltou lá do acerto lá da reeleição, é?
Ronivon – É. Eu vou até esperar para receber…
Senhor X – Na semana anterior da votação, já tinha ficado acertado que ia ser R$ 200 mil para cada um?
Ronivon – Levei R$ 100 mil só dele. Só isso. Entregou aqui de manhã. Pro cheque, por aquele cheque.
Senhor X – Quer dizer que os outros R$ 100 mil…
Ronivon – Tá dentro do que eu vou receber ainda.
Senhor X – Os R$ 100 mil do voto?
Ronivon – Na semana que vem. Vem dentro do outro, dos 400 e poucos. É só entrar lá, aí desconta tudo, vou descontar meu negócio do Banacre.

Os interlocutores
Ronivon explica agora que houve muita confusão na negociação dos votos. Os governadores do Acre, Orleir Cameli, e do Amazonas, Amazonino Mendes, tiveram participação ativa na montagem da operação, segundo o deputado:
Senhor X – Esse foi um assunto (reeleição) que foi tratado direto com o Orleir?
Ronivon – O caso é o seguinte. Deixa eu te contar. Houve um rolo do caralho. O Amazonino tinha uma jogada aí, pro lado do governo. Finalmente, apareceu o Amazonino. Você está me entendendo? Amazonino, você sabe que é assim, né? Eu, muito vivo, eu fui na hora da reunião -estava o Osmir, estava a Zila, estava todo mundo- eu disse, olha: Amazonino, eu não sabia que era com você a reunião, pra mim era com o pessoal do governo. Mas, já que é você que vai acertar, eu não tenho acerto nenhum com você. Eu tenho com o Orleir Cameli, porque sou fiel a ele até o final. E aqui, o resto da conversa com o Orleir eu fiquei de fora. E fui embora. Ficou Zila lá… Ele chegou… Aí foi um rolo doido: Zila, Osmir… e eu lá fora.
Senhor X – Agora, aquele cheque…
Ronivon – Para todo mundo.
Senhor X – Se vocês não tivessem trocado o cheque por dinheiro, estariam sem receber até hoje?
Ronivon – Estava. Ah, estava. Tranquilo. Não, mas eu acho que não. O Osmir disse que recebeu. Ele disse que pegou o dele.
Senhor X – E o dele foi quanto?
Ronivon – 200. O meu também foi 200.
Senhor X – E João Maia?
Ronivon – 200. Todo mundo foi 200. Só que eu só peguei 100 porque eu tenho um negócio aí. Eu falei pra ele: eu tenho lá para receber que ele vai me fazer (…) para ele passar com os 100 lá dentro.

Dinheiro de Amazonino
Segundo Ronivon, o dinheiro da compra de seu voto teria sido providenciado pelo governador Amazonino Mendes. Aqui, o seu relato:
Ronivon – Mas aí, deixa eu te contar. Quem deu o dinheiro para ele (Orleir Cameli) lá foi o Amazonino. Ele não trouxe nem dinheiro. O problema é o seguinte: o Amazonino marcou dinheiro para dar 200 para mim, 200 pro João Maia, 200 pra Zila e 200 pro Osmir. Você está me entendendo? Então ele foi e passou pro Almir, tsk, pro Orleir. Só que ele foi… Mas no dia anterior ele parece que precisou dar 100, parece que foi pro Chicão, e só deu 100 pra mim.
Senhor X – Ah, Chicão também pegou?
Ronivon – Peeegouuu! Eu não sei de nada. Pelo amor de Deus. Não sei se foi 200. Eu sei que parece que ele prometeu lá… Eu sei que ele tinha de dar 200 pra Zila, 200 por Osmir, 200 pro João Maia e 200 pra não sei quem, e, no finalmente, ele só me deu 100 porque ele teve de deixar 100…

Cehques rasgados
Neste trecho é relatado o episódio em que os cheques de R$ 200 mil foram devolvidos rasgados em troca de dinheiro vivo:
Senhor X – Mas naquela altura vocês já estavam com o cheque… E o cheque era de quem?
Ronivon – Do Eládio (Cameli, irmão de Orleir). Da firma do Eládio lá no Banco do Amazonas.
Senhor X – Mas, quer dizer que o cheque foi cancelado?
Ronivon – Rasgou.
Senhor X – Rasgaram?
Ronivon – Na hora. Aí, eu sei que eu soube depois, já a posteriori, porque ele não me deu, porque eu cheguei por último. Então, ele foi deu… ele tinha acertado um negócio com o Chicão, parece…
Senhor X – Quer dizer que o Orleir quando veio naquele dia, ele não trouxe o dinheiro?
Ronivon – Ele não tinha, não. Zerado. Não. Ele ligou e mandou chamar o Eládio: “Você vem aqui que eu quero acertar uns negócios aqui (…). Você sabe que eu não posso tirar dinheiro. Não posso fazer isso. Você sabe que lá no Acre é difícil. Vou mandar meu irmão, é pessoal. Vocês vão depositar os cheques de 200 paus e vão retirar. Ou, então, vou mandar o Eládio trocar no dia tal”.
Senhor X – E o Eládio veio com o cheque?
Ronivon – Veio. Aí o Eládio veio com o cheque e voltou.
Senhor X – O Eládio veio de Manaus para cá só para entregar o cheque?
Ronivon – Foi.
Senhor X – Aí, saiu cada um com seu cheque na mão?
Ronivon – Cada um com seu cheque na mão.
Senhor X – Aí, quando foi à noite, disseram: “O cheque não presta”?
Ronivon – É… Aí, de manhã cedo ele ligou pra todo mundo e mandou ir lá. Eu fui o único que não cheguei. E ele já tinha conversado com Chicão às 7h30. Mas aí chegou o Osmir, tava lá com a sacola assim… (risos) João Maia com a outra. Aí o Orleir: “Êpa, melhorou esse negócio!” Aí, ele me chamou lá dentro. “Não, não. Tu leva só esses 100 aqui porque depois eu te dou os 100 dentro daquele acerto que tu tem. Aí eu pago tudo dentro daquele pra você tem por lá. Aí, tô aí. O meu foi assim.

As dívidas (2)
É importante notar que esse valor citado pelo deputado (“196 pau”) não se refere apenas ao Banco do Brasil.
A pergunta do interlocutor inclui o Banco do Brasil, mas Ronivon faz um corte abrupto -isso é perceptível na fita de áudio- para dizer que pagou todas as suas contas:
Senhor X – E João Maia? Pagou também todas as contas?
Ronivon – Não sei. Aí, eu não sei. Eu só fiquei a Caixa um pouquinho.. Ah, eu tô no BRB também, mas é pouquinho.
Senhor X – Mas você pagou, você pagou, o Banco do Brasil…
Ronivon – Numa porrada só.
Senhor X – Logo? Na mesma hora?
Ronivon – Não… Na semana passada… Na semana passada (risos). Sou leso? Não, isso foi tudo na semana passada… Deixei assentar a poeira. Fui lá e negociei. Paguei 196 paus.
Senhor X – 196?
Ronivon – Pau! Os meus cheques sem-fundos tudinho. Eu tive que arrecadar esses cheques tudinho. Paguei, só de cheques aí deu 46 mil de cheques. Em Rio Branco tinha seis.
Senhor X – A reeleição lhe salvou, né?
Ronivon – Ôô!
Senhor X – A reeleição.
Ronivon – Eu me protejo, rapaz…

Os pagamentos
A seguir, mais detalhes sobre os pagamentos pela reeleição e quem seriam os deputados que receberam, segundo Ronivon Santiago.
É curioso que em um trecho anterior Ronivon diz ter sido o único a receber apenas R$ 100 mil. Os outros colegas do Acre teriam embolsado R$ 200 mil. Nesta parte da conversa, entretanto, ele afirma que o deputado João Maia (PFL) também teria recebido só R$ 100 mil:
Senhor X – Na véspera da reeleição… aquele dinheiro que foi chegando lá e seus colegas estavam saindo com ele na sacola, ali tinha R$ 800 mil. Eram R$ 200, R$ 200, R$ 200, R$ 200. E na hora ‘H’ saiu R$ 200, R$ 200, R$ 200, R$ 100 e R$ 100. Você e o João Maia que receberam R$ 100?
Santiago – João Maia só pegou R$ 100 também.
Senhor X – E ele já completou os outros R$ 100?
Ronivon Santiago – O João Maia, não.
Senhor X – Também não?
Santiago – Eu acho que não, não sei. Não perguntei. Só vi o meu… Eu não sei. Eu sei o meu.
—–
Voltando ao presente, o livro de Palmério Dória traz à luz o “Senhor X”. Trata-se do acreano Narciso Mendes, de 67 anos. Mendes usou um gravador emprestado por Fernando Rodrigues para gravar conversas de deputados federais que foram subornados pelo ministro das Comunicações de FHC, Sergio Motta, para aprovarem emenda constitucional que permitiu a Fernando Henrique Cardoso disputar a própria sucessão, em 1998.
Dória, dono de um estilo literário que prende o leitor da primeira à última página do livro – que este blogueiro já leu, pois recebeu um “boneco” da obra encadernado com espiral em papel tamanho ofício –, define, em uma frase, a verdadeira “grande obra” de FHC: “Vendeu o país para comprar a própria reeleição”.
“O Príncipe da Privataria”, pois, chega às livrarias nesta sexta-feira, 30 de agosto de 2013. Sugiro que você, leitor, corra para buscar o seu porque a primeira edição já está praticamente esgotada e, também, porque o PSDB já promete fazer tudo para censurar um livro que desnuda Fernando Henrique Cardoso dos pés à cabeça.
*
Abaixo, fac-símile da capa de O Príncipe da Privataria





quinta-feira, 29 de agosto de 2013

GLOBO CENSURA REPÓRTER

ublicado em 29/08/2013

GLOBO CENSURA REPÓRTER
QUE ELOGIA MEDICINA DE CUBA

Site da GloboNews prefere a Tacanhêde… Qual a novidade ?

Pontual: problema do Dr CRM é com o Che Guevara ...

Navegante do Tijolaço recupera destemida intervenção de Jorge Pontual, da Globo Overseas, em Nova York.

Não vai durar muito lá …

Quem manda dizer que a medicina em Cuba, comunitária, preventiva, resulta em  índices melhores que os americanos …

O Gilberto Freire com “i” (*) jamais o perdoará !

Quem vai longe na Globo Overseas é a Tancanhêde.

Já, já assume o “Entre Caspas”.

GLOBONEWS “APAGA” PONTUAL E DEIXA SÓ CANTANHÊDE FALAR DE CUBA


O internauta que visitar a página do programa Em Pauta, da Globonews, só vai ouvir falando sobre a questão dos médicos de Cuba a comentarista Eliane Cantanhêde que, claro, desce a lenha no governo cubano, que vai se loucupletar co o trabalho daqueles pobres escravos.

Claro, a colunista da massa cheirosa, não podendo fazer outra coisa, entra na linha dos “pobres cubanos”, caçados a laço para estudar medicina e mandados sob chIcote, em aviões negreiros, para trabalhos forçados no Brasil.

Não puseram um segundinho do jornalista Jorge Pontual que, em lugar de ficar de chororô, prefere falar de como renasceu e com que características se desenvolveu a liderança de Cuba em atenção médica, que faz com que uma pequena ilha possa estar mandando médicos para um país enorme como o Brasil.

Pontual não vai ao ar na página da GloboNews, mas vai aqui, porque o internauta Felix Rigoli gravou e colocou no YouTube, de onde fomos pegar para colocar no Tijolaço. Vale a pena porque são três minutos de boa informação, com dados e explicações sobre o tema, em lugar de politicagem hipócrita sobre os médicos.

A gente posta aí embaixo o que a GloboNews sonegou na internet.


(*) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.

Pôncio Pilatos no STF

pilatos

Sobre os diversos tipos de consciência

29 de agosto de 2013 | 09:11
Há, no gênero humano, todo o tipo de consciências: as miúdas, as rasteiras, as que se vendem, as que se compram.
Mas há também as que calam, as que urram e as que miam.
Não se pode por reparo no sentido das palavras do Ministro Luis Alberto Barroso no que disse ontem sobre a perversidade intrínseca do sistema político-eleitoral brasileiro, segundo ele “indutor da criminalidade”.
Verdade, incontestável. É, como ele disse, um sistema que reprime o bem e potencializa o mal.
Até porque há homens bons que, diante disso, como “amélias”, a dizerem “meu bem, o que se há de fazer” preferem tartamudear ressalvas e aceitar o injusto.
Ao confirmar a condenação, ontem, de José Genoíno, Barroso desculpou-se:
- Pessoalmente, lamento condenar um homem que participou da resistência à ditadura no Brasil, em um tempo em que isso exigia abnegação e envolvia muitos riscos. Lamento condenar alguém que participou da reconstrução democrática do país. Lamento, sobretudo, condenar um homem que, segundo todas as fontes confiáveis, leva uma vida modesta e jamais lucrou financeiramente com a política.
Lamentou e condenou, em nome da “técnica jurídica”.
Ainda bem que há juízes, sem as luzes do Dr. Barroso, que não vêem a técnica como um fim, mas como um meio de se fazer Justiça.
Juízes  como o da cidade mineira de Viçosa, Omar Gilson de Moura Luz, que rebateu os argumentos tecnicamente corretos de um promotor que se manifestava contra a emissão de registro civil a um homem que vivia pelas ruas, da caridade pública, com sua demência:
(…)o promotor público está certo. Apresentou a lei e sua interpretação dada pelos tribunais. Cumpriu seu papel, com exação, com talento, como sempre faz. Declarar existente o João sem prova documental é temerário, porque inexiste prova. A decisão será facilmente cassada, porque o Estado só entende a linguagem dos documentos.
A despeito de João não existir, populares, como José Raimundo da Silva (Avenida Tal, 242, Bairro Tal, Viçosa), e sua mulher, Maria das Neves, bem assim José Alves Ladeira (Rua Qual, 375), e sua esposa, Conceição Ladeira, todos com existência oficial, teimam em afirmar ser o indigitado, o João, presente, existente.
Seria filho de Maria das Neves e de Antônio Getúlio, nascido,“esse não existir”, em Ervália. (…)
Não há de calar no intimorato juízo do promotor público a preocupação com a ascendência dada a João. Se ela existiu, ou se existe, não há de ter deixado capaz de causar espanto, a não ser a pobreza, que deveria escandalizar mais que a opulência.
Depois, ainda que a sorte ou infortúnio ditem uma coincidência tamanha, a da existência de legados, meios jurídicos o Estado terá, bem assim seus filhos reconhecidos, para o afastamento de João, aí já existindo, documentado, mas sempre, como hoje, importuno.
Posto isto, julgo procedente o pedido para determinar ao senhor oficial de registro de pessoas naturais de Viçosa, representante do Estado, seja oficialmente reconhecida a existência do peregrino JOÃO GETÚLIO, vulgo “JOÃO NINGUÉM”, filho de Antônio Getúlio e de Maria das Neves, nascido do Município de Ervália, há sessenta e cinco anos.
Quem quiser ler a a íntegra da sentença, de 2004, a qual equiparo aos melhores contos da literatura brasileira, mais ainda por ser real, pode encontrá-la aqui.
Fica como modesta contribuição a um ministro da mais alta Corte que condena por corrupção alguém que ele mesmo diz estar convicto de que “leva uma vida modesta e jamais lucrou financeiramente com a política”.
PS. A propósito, quem disse que a fé não salva? Natan Donadon, cuja família construiu um fortuna suspeita em Rondônia, teve a cassação de seu mandato negada pela Câmara. A bancada evangélica, a qual ele integra, faltou com os votos necessários à perda do mandato.
Por: Fernando Brito

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Tudo pronto para lançar ataque à Síria

obamabush

Obama imita Bush e está pronto para lançar ataque à Síria

27 de agosto de 2013 | 12:23
Barack Obama está na iminência de praticar um ato bélico mais acintoso que o ataque de George Bush ao Iraque.
cbs
A ONU não tem qualquer conclusão de que o uso de armas químicas contra civis na Síria tenha sido obra do governo de Bashar Al-Assad.
Ao contrário, muito antes de este caso horrendo tomar estas dimenssões,, a Rússia tinha levado a público um documento onde denunciava a posse e o uso, pelos chamados “rebeldes”, de gás sarin, que age sobre o sistema nervoso e mata.
Está aí ao lado a reportagem da CBS.
Será que vamos ter outra história como a do Iraque, onde as tais “armas de destruição em massa” nunca foram achadas.
Reproduzo, abaixo, a matéria do ótimo Opera Mundi, sobre a iminência do ataque americano.

EUA têm plano para “ataque militar limitado”; Reino Unido já movimenta seu Exército

Mesmo sem confirmação oficial de uso de armas químicas na Síria, potências ocidentais se articulam para nova intervenção no Oriente Médio.
 
 ”Os tambores de guerra estão tocando ao redor da Síria”, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Síria,Walid al Muallem. A afirmação veio nesta terça-feira (27/08) após a notícia que os EUA já preparam um ataque em represália às denúncias de utilização de arma químicas pelo Exército sírio. O plano de Washington não pretende interferir no conflito civil do país, mas, sim, “atacar instalações das Forças Armadas da Síria e impedir a produção de armas químicas”, afirmaram altos funcionários do Pentágono à mídia norte-americana e ao jornal El Pais.
Mesmo sem qualquer comprovação oficial ou conclusão dos trabalhos de perícia da ONU (Organização das Nações Unidas), os EUA já estudam o ataque militar que vai ter “alcance militado” às Forças Armadas do governo Assad. Uma fonte do governo norte-americano confirmou à rede CNNe ao jornal Washington Post que o Pentágono já movimenta tropas no Mediterrâneo.
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmou categoricamente ontem que foram utilizadas armas químicas na Síria. Kerry classificou os ataques de “inegáveis” e “indesculpáveis”. “É real e convincente. É uma obscenidade moral”, disse. O presidente Bashar al Assad, diz Kerry, possui esse tipo de munição em estoque e pediu que o governo da Síria seja transparente. “Se o regime não tem o que esconder, então a resposta dele precisa ser transparente”, afirmou.

Por: Fernando Brito

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

"O milagre veio de Cuba"

QUANDO FHC TROUXE CUBANOS, VEJA APLAUDIU

:
Revista da Editora Abril afirma que "o milagre veio de Cuba" numa reportagem de outubro de 1999, quando o presidente era Fernando Henrique Cardoso e o ministro da Saúde, José Serra, ao descrever a situação de municípios como Arraias, em Tocantins, que não tinham médicos; a matéria chega a dizer que "os cubanos são bem-vindos"; agora que Dilma Rousseff e Alexandre Padilha propõem socorrer as cidades sem médicos com profissionais cubanos, eles são chamados de escravos e de espiões comunistas por Veja
26 DE AGOSTO DE 2013 ÀS 14:21
247 – Numa reportagem publicada na edição número 1.620, de 20 de outubro de 1999, a revista Veja elogiou a vinda de médicos cubanos ao Brasil. "O milagre veio de Cuba", chega a colocar o texto, depois de descrever a precária situação do, na época, único hospital do município de Arraias, em Tocantins. A matéria explica o motivo pelo qual o hospital ficou fechado por quatro anos depois de ser inaugurado, em 1995: "Faltavam médicos que quisessem aventurar-se naquele fim de mundo". Foi quando a cidade "conseguiu importar cinco médicos da ilha de Fidel e, assim, abrir as portas do hospital".
Infelizmente, a situação de hoje não é muito diferente. O governo da presidente Dilma Rousseff, com Alexandre Padilha no ministério da Saúde, anunciou a contratação de quatro mil médicos cubanos para trabalhar em 701 municípios que não foram escolhidos por nenhum profissional inscrito no programa Mais Médicos. Diferente de quando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso firmou o convênio com Cuba, no entanto, desta vez a revista cobriu o assunto escancarando seu preconceito. Chamou o que antes era "a tropa vestida de branco de Cuba" de "espiões comunistas". O colunista Reinaldo Azevedo os chamou de escravos.
Em outro trecho, a matéria diz: "os cubanos são bem-vindos", ressaltando, porém, que a contratação desses médicos era irregular, motivo que também é trazido à tona atualmente. Apesar dessa pequena crítica, o destaque do texto de 1999 fica para histórias de personagens cubanos que pretendiam melhorar de vida no Brasil e trabalhar com amor. Inexplicavelmente, agora, sob o governo petista, a posição da revista mudou completamente. Por quê?
E artigo de Reinaldo Azevedo, que chama os médicos cubanos de "escravos de jaleco do Partido Comunista".
Abaixo, a reportagem de Veja de outubro de 1999:


domingo, 25 de agosto de 2013

CONTA TUCANA, MÍDIA SE CALA. POR QUÊ?

DIANTE DA CONTA TUCANA, MÍDIA SE CALA. POR QUÊ?

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A conta tem número (18.626), foi movimentada no banco Safdié (atual Leumi) e por ela circularam o equivalente a R$ 64 milhões entre 1998 e 2002; por ela, transitaram recursos ligados ao escândalo das propinas pagas pela Siemens e pela Alstom a governos tucanos; parte do dinheiro, que estava depositada numa conta de Jorge Fagali Neto, ex-secretário do governo FHC, já foi até bloqueada; no entanto, nada do que foi revelado por Istoé ecoou no Jornal Nacional ou nas edições dominicais da Folha e do Estado; blindagem ou cumplicidade?
247 - Neste fim de semana, a revista Istoé publicou uma reportagem bombástica. Assinada por Claudio Dantas Sequeira e Pedro Marcondes de Moura, ela trouxe a conta secreta usada por operadores do PSDB na Suíça (leia mais aqui). Ela tem número (18.626), foi aberta no banco Safdié, que hoje se chama Leumi, e por ela transitaram R$ 64 milhões apenas entre os anos de 1998 e 2002.
Todas as informações da reportagem estão amparadas em documentos oficiais, que fazem parte da investigação do chamado propinoduto tucano, vinculado às empresas Alstom e Siemens, que forneceram equipamentos para o metrô de São Paulo e para as empresas de energia paulistas. Entre as revelações, há até a informação de que parte dos recursos já foi bloqueada por autoridades suíças, a pedido do governo brasileiro. Estavam depositados numa conta de Jorge Fagali Neto, que foi secretário do governo FHC. Seu irmão, José Jorge Fagali, presidiu o metrô no governo de José Serra.
Diante da gravidade dos fatos, seria natural que a reportagem ecoasse hoje ainda no Jornal Nacional e, um dia depois, nas edições dominicais de grandes jornais como a Folha e o Estado de S. Paulo.
No entanto, quando se trata do PSDB, há uma espécie de pacto de silêncio na mídia. Como as macaquinhos da imagem acima, ninguém viu nada, ninguém ouviu nada e, portanto, ninguém falará nada sobre o caso. É como se o escândalo, simplesmente, não existisse.
No JN, da Globo, nada sobre o caso. Nas edições dominicais dos jornais, que já circulam neste sábado, também não.
Por que será? Blindagem? Cumplicidade?
E já que perguntar não ofende, qual seria o tratamento se a conta batizada como "Marília" estivesse vinculada a outro partido político?