terça-feira, 13 de dezembro de 2011

PRIVATARIA TUCANA

A mídia tenta esconder mas a blogosfera luta.






A expressão best-seller, originária da língua inglesa, é usada para qualificar livros extremamente populares em termos de repercussão e que figurem nas listas dos mais vendidos. Os best-sellers integram o que se convencionou chamar de “literatura de massa”.



A expressão começou a ser usada para rotular as obras de literatura mais vendidas nos EUA, tendo passado a ser utilizada em todo o mercado editorial global para romances, suspenses e até livros técnicos, manuais etc.



Outras características dos best-sellers são suas adaptações e traduções para outros idiomas, o numero de edições e as revisões e exposição nos meios de comunicação de massa.



O livro que entra na categoria best-seller, por conta disso, acaba gerando aumento ainda maior de vendas independentemente da qualidade literária, técnica ou didática, pois o mercado consumidor acaba entendendo que o nível de vendas e de notoriedade da obra se deve à sua qualidade.



Não há um nível pré-determinado de vendas para um livro ser considerado Best-seller, até porque o mercado editorial do Brasil ou até o do país em que a expressão foi criada não conseguem contabilizar a quantidade de livros vendidos. A imprensa até tenta quantificar o nível de vendas, mas não consegue.



A lista dos livros mais vendidos publicada periodicamente pela revista Veja, por exemplo, considera os dados das maiores livrarias de 16 grandes cidades brasileiras e de sete sites. Embora seja uma amostragem considerável, ficam de fora vários pontos de venda menos expressivos.



No mercado literário americano, o maior do mundo, ocorre a mesma coisa. A lista mais conceituada dos livros mais vendidos é publicada pelo jornal The New York Times, que fornece dados muito mais abrangentes do que os da Veja, de 4 mil livrarias, mas tampouco é completa.



A Universidade americana de Stanford publicou estudo que diz que venda de 2.108 exemplares em uma semana já caracteriza um best-seller. O Brasil não dispõe de estimativa tão precisa, mas, segundo a Câmara Brasileira do Livro, títulos que vendem ao menos 15 mil exemplares em uma semana já entram nessa categoria.



A CBL informa que a tiragem média de livros brasileiros é de 2,5 mil cópias.



O livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro, foi lançado com estrondo no último dia 9 de dezembro. Sua primeira edição foi de 15 mil exemplares. Na segunda-feira, dia 12, estava tudo vendido.



Uma segunda edição, desta vez com tiragem dobrada (30 mil exemplares), está sendo rodada. Metade dessa segunda edição já foi vendida, o que fez com que em três dias o livro atingisse o dobro da marca de vendas que a CBL considera necessária para caracterizar um best-seller.



Apesar de poucos grandes meios de comunicação terem repercutido a obra, seu potencial polêmico e a repercussão que gerou também autorizam a qualificá-la como best-seller. Os fóruns de discussões políticas na internet (blogs, sites, Twitter, Facebook etc.) viveram verdadeira catarse nos dias posteriores ao lançamento do livro.



Mesmo jornalistas dos veículos que estão se recusando a abordar A Privataria Tucana, como o blogueiro das Organizações Globo Ricardo Noblat, que edita uma das páginas pessoais mais lidas da internet, apesar de seus empregadores boicotarem o livro já reconheceu publicamente que o está lendo, assim como líderes da oposição como o senador tucano Alvaro Dias.



A Privataria Tucana tem repercussão de Best-seller e vendagem de Best-seller, o que, portanto, autoriza incluir o livro na categoria das obras literárias que entram para a história das nações e da literatura mundial.


Em novembro de 2008, poucos dias após o lançamento do livro O País dos Petralhas (editora Record), seu autor, o jornalista Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, ganhou uma mãozinha da Globo para vender sua obra. O apresentador Jô Soares o recebeu em seu programa, onde passou quase uma hora vendendo o próprio peixe.

A ampla divulgação do livro de Reinaldo Azevedo em todos os grandes meios de comunicação de massa à época de seu lançamento, assim, acaba lembrando as “marchas contra a corrupção” orquestradas por partidos de oposição e por grandes meios de comunicação para atacar o governo Dilma Rousseff sob o mote de que seu ministério estava sendo desmontado por denúncias de corrupção.

As tais “marchas”, apesar de terem recebido divulgação ampla por grandes meios como os jornais, revistas, tevês, rádios e portais de internet de uma Globo, entre outros, foram fracasso de público – na maioria das cidades em que ocorreram, juntaram apenas algumas centenas, tendo ultrapassado a casa dos milhares apenas em Brasília.

Como as marchas, o livro do colunista da Veja não teve melhor sorte. Lançado em 28 de setembro de 2008, mesmo com Jô Soares, Globo, Folha, Estadão e a revista semanal em que trabalha apoiando, até hoje vendeu menos de 50 mil exemplares. O livro A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro, já vendeu quase isso em uma semana.

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