A estratégia vitoriosa do Brasil no porto Mariel
QUA, 17/12/2014 - 17:09
ATUALIZADO EM 17/12/2014 - 17:12
Jornal GGN - A reaproximação entre os governos de Cuba e dos Estados Unidos, após mais de 50 anos de isolamento imposto ao país hoje administrado por Raúl Castro, despertou na grande mídia brasileira um novo entendimento sobre o porto de Mariel.
Principalmente durante a eleição presidencial, a mídia tradicional deu espaço de destaque a críticas contundentes ao governo do PT no plano federal, graças aos investimentos do BNDES no porto construído com ajuda da Odebretch.
Jornais surfaram no discurso da oposição ao governo Dilma Rousseff (PT), que sustenta que o Brasil não deveria investir um centavo sequer em um equipamento instalado em Cuba.
Agora, com a possibilidade do embargo econômico à ilha ser revertido ou pelo menos afrouxado pelo Congresso estadunidense, a imprensa tupiniquim se apressa em mostrar que o Brasil encampou uma estratégia vitoriosa no porto de Mariel.
No caso, a Folha de S. Paulo saiu na frente ao cravar que o financiamento dessa obra foi um "golaço". Na pressa, o periódico esqueceu de indicar o sujeito da jogada.
O porto de Mariel foi um negócio acertado em 2009, durante o governo Lula (PT), e parcialmente inaugurado por Dilma este ano. A presidente reeleita sempre defendeu o financiamento do BNDES à obra, principalmente porque ficou acertado que parte dos itens necessários à construção do porto seriam comprados no Brasil. Ou seja, mesmo durante a obra, dinheiro estava entrando em nosso mercado.
À parte isso, a Folha destaca que foi sábio o governo brasileiro projetar o potencial do porto e enxergar que deveria estar lá antes do embargo dos EUA cair. "Essa estratégia se provou acertada", diz o jornal.
O artigo da Folha estava, na tarde desta quarta-feira (17), em destaque na home do portal:
A cobertura online em O Globo e no Estadão de S. Paulo seguiu fórmula semelhante a da Folha, mas sem antecipar que Mariel foi um bom negócio.
Os veículos publicaram o anúncio de Obama, relembraram os 50 anos de embargo econômico, falaram dos principais pontos dessa reaproximação diplomática entre as partes e creditaram ao Papa Francisco a negociação entre Cuba e Estados Unidos.
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