PRIMEIRA PÁGINA NO LE MONDE
E a Globo, coitada, não ficou sabendo.
Primeira página é demais e ainda falando que o “Brasil lidera”
E a Globo, coitada, não ficou sabendo.
Primeira página é demais e ainda falando que o “Brasil lidera”
http://www.lemonde.fr/web/journal_electronique/ouverture/0,0-0,1-0,0.html?aaaammjj=20140423&cahier=QUO
O título, em francês:
Le Brésil mène la fronde contre l’hégémonie américaine sur le Net
Tradução:
O Brasil lidera a revolta contra a hegemonia americana na Net
No RFI Português:
BRASIL LIDERA LUTA CONTRA A HEGEMONIA AMERICANA NA INTERNET, DIZ LE MONDE
Adriana Brandão
O Brasil, que organiza a conferência internacional sobre a governança da internet, é o principal destaque de capa do jornal Le Monde, que chegou às bancas na tarde desta terça-feira (22). O suplemento de economia do vespertino traz um grande artigo sobre a realização, nos próximos dias 23 e 24 de abril, do evento batizado de NETmundial, em referência à Copa do Mundo de futebol. O jornal afirma que o Brasil, que está na vanguarda do movimento de reforma da internet, “quer desamericanizar a net”.
Le Monde escreve que no início desse movimento global pela reforma da internet está “a grande indignação” da presidente brasileira, Dilma Rousseff, com o escândalo de escutas revelado por Edward Snowden. O resultado dessa indignação, que levou Dilma Rousseff inclusive a cancelar uma viagem oficial aos Estados Unidos no ano passado, é a organização da conferência internacional sobre a governança da internet, que acontece esta semana em São Paulo, com a ambição de lutar contra a “hegemonia americana na web”.
A iniciativa de Dilma obteve a adesão de vários países. Ao todo, onze países são coorganizadores do evento, entre eles a Alemanha, a França e até os Estados Unidos. O objetivo oficial de Brasília, informa, é conseguir a adoção uma declaração comum sobre os princípios de uma nova governança que deve ser “democrática, transparente, responsável e respeitosa da diversidade cultural”. Isto é, “desamericanizar” os organismos que controlam o funcionamento global da Web que, por razões históricas, estão sob a tutela dos Estados Unidos.
Brasil na vanguarda
Essa reforma é uma reivindicação antiga, diz Le Monde, que ganhou força depois do escândalo das escutas pela agência americana NSA, principalmente após o apoio da Alemanha.
O vespertino acredita que a lei brasileira da internet, votada em março pela Câmara dos Deputados, poderá servir de modelo para os países que participarão da NETmundial. O texto brasileiro, informa Le Monde, garante a liberdade de expressão, a proteção da vida privada e a igualdade de tratamento de qualquer tipo de conteúdo.
(…)
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