por Luiz Carlos Azenha
Reproduzo, abaixo, informações que me foram repassadas pelos leitores, nos comentários ou no Facebook.
A marca #changebrazil apareceu na tela de um jogo entre Fluminense e Orlando City Soccer Club, de Orlando, na Flórida, na SporTV, segundo um leitor (partida disputada em 22.06.2013):
Havia uma placa no estádio, para onde os jogadores do time brasileiro correram depois de um gol:
O dono do clube da Flórida é um milionário brasileiro apresentado no site do Orlando City Soccer Club como terceiro maior acionista da Abril Educação e dono da rede de escolas de inglês Wise Up:
A Wise Up é uma das patrocinadoras da Copa das Confederações e da Copa do Mundo.
O anúncio do contrato com a FIFA foi feito no mesmo dia do contrato da Globo Marcas.
O que nos leva a perguntar: como o #changebrazil pode falar mal do Brasil no Exterior, como no vídeo de um professor de inglês, postado no You Tube em 14.06.2013 e que teve centenas de milhares de acessos?
Como não há qualquer prova — pelo menos ainda — de conexão entre o milionário brasileiro e o professor de inglês autor do vídeo, fica o registro de pelo menos uma incoerência: detonar o Brasil no mundo não é a melhor forma de promover a Copa do Mundo de 2014, certo?
Aliás, o professor de inglês insiste que seu vídeo teve caráter pessoal.
Irônico é notar que a Caixa Econômica Federal é uma das patrocinadoras das transmissões da SporTV onde o #changebrazil foi promovido.
Leia também:
Segundo o Blog do Estadão o Flavio Augusto da Silva “é um empreendedor de sucesso”. O próprio Flavio Augusto da Silva diz “Apesar de não ter nenhum capital, eu tinha muita experiência na captação de alunos e na divulgação de cursos.” Isso mostra que tem experiência em divulgar informações.
Continua no Blog do Estadão: “Sentindo-se realizado como empresário, Silva resolveu investir em ações sociais criando, em 2008, o Instituto Geração de Valor, com sede em Curitiba. Numa das ações, o instituto captou R$ 100 mil entre empresários para as vítimas das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro.
A partir de 2010, o empresário carioca que mora em Miami decidiu aliar as ações do Geração de Valor às mídias sociais. ”Querocompartilhar meu conhecimento e produzir conteúdos para inspirar e motivar os jovens a empreender. “
Segundo o empresário, muitas vezes o que falta para o jovem é incentivo e um referencial mais elevado. “É preciso abrir a mente do jovem e encorajá-lo a criar seu próprio negócio. “
Partindo dessa premissa, Silva passou a usar Twitter, Facebook e YouTube para interagir com esse público. ”O resultado de engajamento excede qualquer expectativa, é surpreendente”, revela. Silva já conquistou mais de 214 mil seguidores no twitter.
“No YouTube temos oito vídeos postados com entrevistas mensais, que realizo com empresários, nas quais procuro mostrar como eles se tornaram profissionais bem sucedidos. Cada vídeo tem em média 600 mil views.”
É no Facebook, entretanto, onde navega cerca de uma hora por dia, que tem interagido diretamente com o público.
“A página do Geração de Valor criada há três meses já tem 15 mil membros. Essa comunicação me dá um prazer muito grande e a resposta tem sido incrível.” O governo tem que investigar isso.
http://blogs.estadao.com.br/sua-oportunidade/empreendedor-de-sucesso-flavio-augusto-da-silva-do-ometz-group/
Observações sobre os fatos do cotidiano. Uma pitada de bom humor extraída das vinculações da mídia e blogosfera. ESTE BLOG TEM LADO. FICA À ESQUERDA.
domingo, 30 de junho de 2013
sábado, 29 de junho de 2013
Mídia brasileira vira piada em tevê argentina;
Mídia brasileira vira piada em tevê argentina; assista ao vídeo
O programa Bajada de Línea, canal 9 na TV argentina, fez piada do comportamento da mídia brasileira nos protestos dos últimos dias.
Os argentinos se mataram de rir de Arnaldo Jabor, por exemplo, que um dia falou uma coisa e outra no dia seguinte sobre as manifestações pela redução da tarifa de ônibus.
Los hermanos também mostraram a Rede Globo sendo vaiada enquanto fazia link ao vivo nos protestos
sexta-feira, 28 de junho de 2013
O NOVO “IMORTAL” DA DIREITA
MIRO E O NOVO “IMORTAL”
DA DIREITA
FHC não tem rivais no colégio eleitoral do Golpe.
- COMPARTILHE
- Vote: (+11)
- | Imprimir
O Conversa Afiada reproduz artigo de Altamiro Borges no Blog do Miro:
FHC É O NOVO “IMORTAL” DA DIREITA
Por Altamiro Borges
A Academia Brasileira de Letras (ABL), a cada dia mais midiatizada e reduto dos conservadores, confirmou nesta quinta-feira (27) a escolha do ex-presidente FHC para ocupar a cadeira de número 36 da decrépita instituição, sucedendo o escritor João de Scantimburgo, falecido em março passado. Sem concorrentes na disputa, o grão-tucano recebeu 34 dos 39 votos. Após o anúncio do resultado, FHC recebeu convidados para uma festança na Fundação Eva Klabin, no luxuoso bairro da Lagoa, na zona sul do Rio de Janeiro.
Com a eleição, FHC se torna o novo “imortal” da ABL e da direita nativa. O presidente de honra do PSDB deixou a academia e os livros nos anos 1970 para se tornar uma liderança da burguesia “moderna” do Brasil. Ele quase enterrou sua carreira política ao aceitar o ingresso no governo de Fernando Collor de Mello, que foi destronado num processo de impeachment. Na sequência, ele foi eleito presidente com base num nítido programa neoliberal de desmonte do Estado, da nação e do trabalho.
No seu reinado, o Brasil bateu recordes de desemprego, os salários foram brutalmente arrochados e as leis trabalhistas do período varguista foram flexibilizadas – aumentando brutalmente a precarização do trabalho. Poderosas estatais foram entregues a preço de banana às multinacionais, num processo de “privataria” que até hoje não foi alvo de investigações e contou sempre com a cumplicidade da mídia privatista. O Brasil se transformou no paraíso do capital financeiro, no reino dos rentistas. O neoliberalismo vingou na era FHC!
Derrotado e rejeitado nas urnas, o tucano passou a ser o principal mentor da oposição direitista e golpista. Na chamada crise do mensalão, FHC defendeu abertamente o “sangramento” do ex-presidente Lula e apostou todas as suas fichas na desestabilização do governo. Apesar dos esforços, o líder do PSDB foi derrotado mais duas vezes no seu projeto de retorno dos neoliberais ao poder central. Serra e Alckmin até tentaram afastá-lo dos palanques e das telinhas da tevê, mas não conseguiram e foram derrotados nas urnas.
Nos últimos dias, ele voltou a ganhar os holofotes da mídia amiga, tentando pegar carona nos protestos de rua que agitam o país. Com a eleição de hoje, sem rivais e num colégio eleitoral conservador e elitista, FHC confirma a condição de maior líder da oposição midiática e partidária e se torna um “imortal” da direita!
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Bomba! O mensalão da Globo!
http://www.ocafezinho.com/
Bomba! O mensalão da Globo!
Enviado por Miguel do Rosário on 27/06/2013 – 7:26 pm0 comentários
O Cafezinho acaba de ter acesso a uma investigação da Receita Federal sobre uma sonegação milionária da Rede Globo. Trata-se de um processo concluído em 2006, que resultou num auto de infração assinado pela Delegacia da Receita Federal referente à sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores não atualizados. Somando juros e multa, já definidos pelo fisco, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões. Alguém calcule o quanto isso dá hoje.
A fraude da Globo se deu durante o governo Fernando Henrique Cardoso, numa operação tipicamente tucana, com uso de paraíso fiscal. A emissora disfarçou a compra dos direitos de transmissão dos jogos da Copa do Mundo de 2002 como investimentos em participação societária no exterior. O réu do processo é o cidadão José Roberto Marinho, CPF número 374.224.487-68, proprietário da empresa acusada de sonegação.
Esconder dólares na cueca é coisa de petista aloprado. Se não há provas para o mensalão petista, ou antes, se há provas que o dinheiro da Visanet foi licitamente usado em publicidade, o mensalão da Globo é generoso em documentos que provam sua existência. Mais especificamente, 12 documentos, todos mostrados ao fim do post. Uso o termo mensalão porque a Globo também cultiva seu lobby no congresso. Também usa dinheiro e influência para aprovar ou bloquear leis. O processo correu até o momento em segredo de justiça, já que, no Brasil, apenas documentos relativos a petistas são alvo de vazamento. Tudo que se relaciona à Globo, à Dantas, ao PSDB, permanece quase sempre sob sete chaves. Mesmo quando vem à tôna, a operação para abafar as investigações sempre é bem sucedida. Vide a inércia da Procuradoria em investigar a privataria tucana, e do STF em levar adiante o julgamento do mensalão “mineiro”.
Pedimos encarecidamente ao Ministério Publico, mais que nunca empoderado pelas manifestações de rua, que investigue a sonegação da Globo, exija o ressarcimento dos cofres públicos e peça a condenação dos responsáveis.
O sindicato nacional dos auditores fiscais estima que a sonegação no Brasil totaliza mais de R$ 400 bilhões. Deste total, as organizações Globo respondem por um percentual significativo.
A informação reforça a ideia de que o plebiscito que governo e congresso enviarão ao povo deve incluir a democratização da mídia. O Brasil não pode continuar refém de um monopólio que não contente em lesar o povo sonegando e manipulando informações, também o rouba na forma de crimes contra o fisco.
16 anos de Mensalão Tucano
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Entra na pauta o mensalão do PSDB
No vídeo, o CQC lembra dos 16 anos de Mensalão Tucano e estraga a festa do PSDB
TELHADO DE VIDRO
TELHADO DE VIDRO
José Serra já quis contratar médicos cubanos. Hoje é contra
por Helena Sthephanowitz publicado 27/06/2013 16:28
ELZA FIÚZA/ARQUIVO ABR
Derrotado por Dilma Rousseff na eleição de 2010, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) apareceu esta semana na imprensa para criticar a proposta da presidenta de trazer médicos do exterior para atuar no Brasil. José Serra disse que trazer profissionais de Cuba é, "completamente fora da realidade". "Com todo o respeito, no Brasil qualquer pessoa pode atuar como médico, só precisa passar em um exame. Os cubanos que fizeram o exame, de cada 100 passavam cinco."
O ódio de Serra por Dilma e pelo PT chegou a ponto de fazê-lo esquecer que, em janeiro de 2000, quando ocupava o cargo de ministro da Saúde no governo de Fernando Henrique Cardoso, defendeu a vinda de cubanos para atender às regiões em que faltavam profissionais médicos. Ele havia estado no país de Fidel Castro no ano anterior.
Naquele ano, o Ministério da Saúde redigiu um decreto sobre a atuação do médico estrangeiro no país – o motivo era regulamentar a atuação dos profissionais que vinham do exterior, em especial cubanos que atuavam em cidades da região Norte que sofriam com a falta de atendimento. Conforme reportagem da Folha de S. Paulo de janeiro de 2000:
“Pela primeira vez o governo federal vai regulamentar a atuação de médicos estrangeiros no Brasil. O Ministério da Saúde elaborou um decreto que está na Casa Civil da Presidência da República e deve ser assinado nos próximos dias. O decreto autoriza a atuação de médicos estrangeiros onde não haja médicos brasileiros.
Levantamento do CFM (Conselho Federal de Medicina) constatou que 59,4% dos médicos brasileiros trabalham nas capitais e apenas 39,5% atuam no interior.
O Ministério da Saúde informou que não existem médicos em 850 dos 5.507 municípios brasileiros
O acerto com o governo cubano teria sido feito pessoalmente pelo ministro José Serra (Saúde) quando ele esteve em Cuba em 1999"
Na mesma reportagem, o então e também atual presidente do Conselho Federal de Medicina, Edson de Oliveira Andrade, dizia que o problema era a falta de incentivo para o médico trabalhar no interior. "Nunca houve uma política de interiorização no Brasil", disse ao jornal. Hoje, o argumento do conselho é que falta estrutura para o médico no interior. A entidade propõe um plano de carreira para os médicos.
O problema de Serra é que a pele de cordeiro é curta para encobrir o lobo...
Como desestabilizar uma nação
PSDB no armário.
PSDB esconde no armário
o tucano da “cura-gay”
26 de Jun de 2013 | 23:59
Deu na Folha:
“Após o projeto conhecido como “cura gay” virar alvo dos protestos que tomam as ruas do país, o PSDB divulgou nesta quarta-feira (26) uma nota se descolando do polêmico projeto, em tramitação na Câmara dos Deputados, que permite a psicólogos oferecer tratamento a homossexualidade. O documento afirma que a medida é um “retrocesso”.
A proposta é de autoria do deputado tucano João Campos (GO) e foi aprovado na semana passada pela Comissão de Direitos Humanos da Câmara sob o comando do deputado Marco Feliciano (PSC-SP). O receio dos tucanos é que a legenda seja responsabilizada pela proposta e isso seja explorado eleitoralmente.”
Agora, pessoal? Enquanto as críticas iam – merecidamente, também – pro Marco Feliciano, vocês não sabiam que a “cura-gay” era ideia tucana?
Esse pessoal que não assume…
Por: Fernando Brito
quarta-feira, 26 de junho de 2013
Um tremendo salto adiante
PLEBISCITO É A SAÍDA DEMOCRÁTICA PARA A CRISE
"Num movimento de audácia, a presidente Dilma foi à raiz do problema que sacode o país: o apodrecimento das velhas instituições; ao contrário de alguns petistas e intelectuais de esquerda, que viram no levante uma conspiração reacionária, Dilma compreendeu e ensinou que as ruas tinham aberto caminho para um tremendo salto adiante"; leia o artigo de Breno Altman, exclusivo para o 247
26 DE JUNHO DE 2013 ÀS 18:01
Por Breno Altman, especial para o 247
O discurso da presidente Dilma Rousseff, anunciando a proposta de consulta popular para reformar o sistema político, foi um tiro de canhão contra estratégias que visam jogar a vontade das ruas contra o governo federal e desestabilizá-lo.
A chefe de Estado, em um movimento de audácia, foi à raiz do problema que sacode o país: o apodrecimento das velhas instituições. Há dez anos implementando importantes mudanças sem romper com ordem herdada da transição conservadora à democracia, o governo liderado pelo PT finalmente entendeu que esse ciclo está esgotado.
A rebelião popular-juvenil, mesmo com suas contradições e disparates, como é próprio de todos os grandes movimentos de massa, decretou a falência de um sistema oligárquico, putrefato e avesso às transformações de fundo. Ao contrário de alguns petistas e intelectuais de esquerda, que viram no levante uma conspiração reacionária, Dilma compreendeu e ensinou que as ruas tinham aberto caminho para um tremendo salto adiante.
Ao exigir do Congresso um plebiscito que decida a fundação de novo ordenamento político, a presidente desbrava caminho para superar a associação entre o capital corruptor e a representação política de aluguel, epicentro da degenerescência republicana. Deslancha o processo que pode levar à proibição e criminalização do financiamento privado de campanhas, além de oxigenar o Estado com a transparência ideológica propiciada pelo voto em lista e a fidelidade partidária.
A intervenção presidencial também cria janela de oportunidade para ampliar a democracia participativa, através de novos instrumentos soberanos. A reforma poderia incluir a possibilidade de plebiscitos convocados por iniciativa dos próprios eleitores ou pelo presidente da República, o impedimento de governantes e parlamentares através do voto popular e outras iniciativas que incorporem as ruas ao Estado.
Não é à toa que a oposição de direita, estabelecida nos partidos e em outras casamatas da sociedade, reagiu com repulsa à proposta presidencial. Seu discurso contra a corrupção não passa de pura demagogia golpista. As correntes reacionárias querem que tudo permaneça como está, pois são esses segmentos os maiores beneficiários do contubérnio entre dinheiro e política. Desmascaram-se, com seu horror a qualquer ideia que coloque os rumos do país nas mãos do povo.
A disputa será renhida. A presidente ofereceu às ruas rebeladas uma plataforma para fazer valer suas reivindicações e ajudá-la a aprofundar a democracia, além de pactos pela melhoria das condições de vida. Inimigos irão se alçar em combate, atemorizando aliados mais volúveis. Às ruas caberá defender, com fervor e mobilização, a única saída progressista para a crise.
Breno Altman é jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi e da revista Samuel.
Ato na sede da Rede Globo
Movimentos de comunicação marcam ato na sede da Rede Globo em São Paulo
por Gisele Brito, da RBA
Protesto deve ser realizado na próxima quarta-feira (3). Plenária realizada ontem debateu agenda unificada. Ideia é aproveitar efervescência política para pautar democratização da mídia
São Paulo – Movimentos que defendem a democratização dos meios de comunicação realizaram na noite de ontem (26) uma plenária no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, para traçar uma estratégia de atuação. A ideia é aproveitar o ambiente de efervescência política para pautar o assunto. Concretamente, cerca de 100 participantes, decidiram realizar uma manifestação diante da sede da Rede Globo na cidade, na próxima quarta-feira (3).
A insatisfação popular em relação à mídia foi marcante nas recentes manifestações populares em São Paulo. Jornalistas de vários veículos de comunicação, em especial da Globo, foram hostilizados durante os protestos. No caso mais grave, um carro da rede Record, adaptado para ser usado como estúdio, foi incendiado.
Na plenária de ontem, o professor de gestão de políticas públicas da Universidade de São Paulo, Pablo Ortellado, avaliou que os jornais Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, a revista Veja e a própria Globo, por meio de editoriais, incentivaram o uso da violência para reprimir os manifestantes. Mas em seguida passaram a colaborar para dispersar a pauta de reivindicações que originaram a onda de protestos, ao incentivar a adoção de bandeiras exteriores à proposta do MPL – até então restrita à revogação do aumento das tarifas de ônibus, trens e metrô de R$ 3 para R$ 3,20.
Os movimentos sociais, no entanto, ainda buscam uma agenda de pautas concretas para atender a diversas demandas, que incluem a democratização das concessões públicas de rádio e TV, liberdade de expressão e acesso irrestrito à internet.
“Devíamos beber da experiência do MPL (Movimento Passe Livre) aqui em São Paulo, que além de ter uma meta geral, o passe livre, conseguiu mover a conjuntura claramente R$ 0,20 para a esquerda”, exemplificou Pedro Ekman, coordenador do Coletivo Intervozes. “A gente tem que achar os 20 centavos da comunicação. Achar uma pauta concreta que obrigue o governo federal a tomar uma decisão à esquerda e não mais uma decisão de conciliação com o poder midiático que sempre moveu o poder nesse país”, defendeu.
"A questão é urgente. Todos os avanços democráticos estão sendo brecadas pelo poder da mídia, que tem feito todos os esforços para impedir as reformas progressistas e para impor uma agenda conservadora, de retrocesso e perda de direitos", afirmou Igor Felipe, da coordenação de comunicação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A avaliação é que apesar de outras conquistas sociais, não houve avanços na questão da democratização da mídia. "Nós temos dez anos de um processo que resolveu não enfrentar essa pauta. Nós temos um ministro que é advogado das empresas de comunicação do ponto de vista do enfrentamento do debate público", disse Ekman, referindo-se a Paulo Bernardo, da Comunicação.
Bernardo é criticado por ter, entre outras coisas, se posicionado contra mecanismos de controle social da mídia. "Eu não tenho dúvida que tudo isso passa pela saída dele. Fora, Paulo Bernardo!", enfatizou Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC e coordenador do programa Praças Digitais da prefeitura de São Paulo.
Amadeu acusa o ministro de estar "fazendo o jogo das operadoras que querem controlar a Internet" e trabalhar para impedir a aprovação do atual texto do Marco Civil do setor. "Temos uma tarefa. Lutar sim, para junto dessa linha da reforma política colocar a democratização", afirmou.
Rosane Bertotti, secretária nacional de comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, enfatizou a importância da campanha de coleta de assinaturas para a proposta de iniciativa popular de uma nova lei geral de comunicação.
O projeto trata da regulamentação da radiodifusão e pretende garantir mais pluralidade nos conteúdos, transparência nos processos de concessão e evitar os monopólios. "Vamos levá-lo para as ruas e recolher 1,6 milhão de assinaturas. Esse projeto não vem de quem tem de fazer – o governo brasileiro e o Congresso –, mas virá da mão do povo", disse.
.
terça-feira, 25 de junho de 2013
SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO MANIPULADO
#changebrazil: Leitores estranham conexões do “movimento”
publicado em 25 de junho de 2013 às 12:58
Constituinte
Constituinte da Dilma é pra fechar o caixa 2!
25 de Jun de 2013 | 13:25
O pessoal que gosta de ir de borzeguins ao leito vai detestar, mas qual deve ser a essência da reforma política que a Constituinte exclusiva – não adianta a direita chorar, “a nega tá la dentro”, golaço de Dilma em tabelinha com Lula! – fará?
Fácil! Lutar contra o poder econômico nas eleições e, portanto, nos partidos, na política e nos governos!
E, portanto, contra a corrupção generalizada.
E, para isso, vamos ter de falar as coisas com toda a clareza, sem meias-palavras.
Só um completo alienado não sabe que não mais que uma meia-dúzia de senadores, deputados e vereadores se elege sem gastar milhões – e milhões aí não é força de expressão, é grana mesmo – de reais.
Em todos os partidos, sem exceção, ouviu, D. Marina Silva.
Doações dentro da lei – estas, há outras – mas que não são gratuitas.
(Aliás, tem umas contas de campanha que parecem livro de ficção, feito a de um candidato a prefeito de uma grande cidade que declara ter gasto R$ 6 mil em programas de televisão. Deve ter gravado no celular, não é?)
É isso o que quer dizer a negativa do financiamento público das campanhas: cada um gasta o que consegue e, é lógico, vai conseguir com quem quer recuperar em dobro, triplo ou décuplo o que “investiu” nos seus candidatos.
Quer entender o preço das passagens e das obras públicas? Cherchez l’argent.
E se o “infeliz”, por acaso, não corresponder direitinho às expectativas dos financiadores, “vai pro saco” nas próximas eleições.
Até há gente que consegue separar o que é dinheiro de campanha do que é seu, pessoal, mas são cada vez menos…
O povo elege governantes, como Lula e Dilma que se vêm, muitas vezes, aprisionados por um legislativo que não apenas é eleito assim como só pensa nisso para se reeleger.
Não pode haver reforma política moralizadora sem isso, como não pode haver moralização do exercício da política e do governo com o voto distrital no Brasil.
Voto distrital, aqui, é voto de curral, dado em troca do asfalto, do “centro social”, da manilha, das práticas políticas que um povo abandonado por séculos, claro, preza e utiliza, porque não há outras.
E isso não é corrupção?
Sem voto distrital, prefeito, governador e Presidente já têm – alguns com muito gosto – de cooptar vereadores, deputados e senadores desta forma, imagine quando o eleitor de Quixeramobim da Serra tiver de escolher apenas com o critério de “quem deu mais obras”?
Alguém duvida do esforço de Lula e, hoje, de Dilma, em se equilibrarem pressionados por um Congresso ávido por emendas, emendas, emendas? Isso quando não são pressões tão diretas como escusas, como se viu no caso da MP dos Portos.
Terceiro ponto: equilíbrio no uso das comunicações de massa. Televisão e rádio são concessões públicas: pertencem a todos e não podem, portanto, privilegiar uns em detrimento dos que não lhe agradam.
Porque isso também corrompe. Nem sempre o bolso, mas inevitavelmente interfere na formação da consciência e da escolha popular.
Precisamos ser diretos e sinceros ao mostrar isso, sobretudo, aos jovens.
O Brasil tem um governo popular apesar da maioria dos políticos, não por causa deles.
E idem da mídia brasileira, que pode ser tudo, menos “ficha-limpa”, a começar da Globo, que engordou com a cumplicidade à ditadura e continua se fartando do dinheiro público, com publicidade e isenções de impostos.
Privilégio que, quando alguém ameaça, dizem estar “perseguindo a imprensa livre”.
Está certo que a Presidenta não possa falar assim nem Lula deva sair por aí cantarolado aqueles “300 picaretas”.
Mas nós não vamos deixar com que os picaretas da política e da mídia venham com essa cantilena de “inconstitucionalidade” quando o que querem é que permaneçam estruturas políticas corrompidas e, que, por serem assim, são dóceis e submissas ao poder econômico e indiferentes ao povo brasileiro.
Por: Fernando Brito
segunda-feira, 24 de junho de 2013
"Eu apostei e deu certo”
"Eu apostei e deu certo”
por RILDO FERREIRA
Eu tenho um testemunho a dar e não sei se você está disposto a conhecê-lo, mas o farei.
Sempre fui pobre. Vim no Noroeste mineiro fugindo da extrema pobreza. Ainda na primeira infância fui obrigado a puxar pequenos tufos de mato com as mãos para limpar a lavoura e, em geral, nosso alimento era angu de milho ou de banana verde, leite que furtávamos do dono da fazenda enquanto ajudávamos na ordenha das vacas e algumas frutas igualmente furtadas.
Cheguei no RJ em 1971; frequentei a primeira escola pública em 1972 sendo obrigado a ir para as aulas descalço uma vez que me faltava chinelos. Nesta época para se conseguir vaga em escola pública éramos obrigados a dormir na fila a partir de uma quarta feira para ser atendido na segunda feira seguinte. Até para renovar a matrícula era essa peleja ou perdia a vaga para um novato. Em 1976 troquei a escola pela feira livre. Educação nunca foi prioridade: prioridade era sobreviver. Ainda nesta época a pobreza era tamanha que meu apelido era “Rildo pouca-roupa” com apenas algumas peças que se revezavam tanto que mesmo quando trocava uma pela outra parecia estar com a mesma.
Também nesta época eu e meus pares (meninos e meninas da mesma idade) se calava absolutamente quando via uma patrulhinha ou camburão (Alan conhece isto?) porque estar livre nas ruas era ser vagabundo e isso era tratado como crime. Tocar violão no botequim, jogar cartas na rua ou reunir-se em pequenos grupos nas esquinas tornava-se alvo certo para a PM.
Talvez ele não saiba, mas eu frequentei fila para comprar feijão. A inflação de 80% ao mês faziam os preços acordarem de um jeito e ao fim do dia ser quase o dobro do que era pela manhã. Já na idade adulta para se conseguir um emprego era outra luta. Se ficasse desempregado o tempo médio para se conseguir um novo emprego era de aproximadamente 18 meses. Os salários não passavam de 80 dólares e, não raro, trabalhadores viajavam pendurados nas portas e janelas dos trens de tão lotados eram.
Talvez você não saiba, mas a escola pública foi construída para reproduzir esse estado de coisas e assim ela sempre foi de péssima qualidade porque servia aos pobres e pobres não tinham direito a uma educação de qualidade porque o saber liberta. E diferente do que era até o ensino médio, as universidades públicas sempre foram de excelência, mas aí só pertenciam aos ricos, uma vez que poucos eram os pobres que chegavam a frequentar o ensino universitário.
Então veio um governo popular e democrático que jurou que todos os brasileiros teriam 3 refeições diárias; que o ensino seria universalidado; que teria mais empregos para os trabalhadores; que teríamos mais crédito para ter bens e serviços até então negados para os mais pobres; que brasileiros e brasileiras teriam direito à moradia etc. Como não apostar numa proposta assim Brito?
Lula assumiu o poder em 2003. Alguns anos depois criou o Bolsa Família e os mais pobres passaram a almoçar e jantar, outros incluíram o café da manhã. Criou o Prouni para que pobres pudessem ir à faculdade e fazer o ensino universitário (chamado de ensino superior porque para ricos, e então superior à maioria dos brasileiros que só alcançavam o ensino médio. Por isto que a maioria dos professores do Brasil só tinha o magistério (médio) para lecionar na escola pública). Eu mesmo fui à faculdade com 44 anos e hoje, graças ao Prouni e aos impostos dos brasileiros tenho o ensino universitário. Lula criou ainda mais de 10 milhões de empregos com uma política de valorização do produto brasileiro, de incentivo às indústrias, ao comércio; abriu linhas de créditos para o setor de serviços; criou o programa Minha Casa-Minha Vida e quem morava em palafitas teve o direito de ter sua casinha melhorada.
Eu apostei e deu certo. Quando a gente vê brasileiros e brasileiras indo às compras, felizes com seus empregos e apostando em algo novo buscando melhorar condições de vida a gente pode sorrir e dizer: Foi uma luta dura, mas os partidos de esquerda (PT, PC do B, PDT, PSB e alguns outros) começaram tudo isto. Não fosse por eles nós pobres ainda estaríamos retraídos submetidos ao sub emprego, sub salário, educação ainda super precarizada e sem perspectiva de acesso aos bens e serviços.
Quem quiser saber mais sobre como o Rildo pensa, visite o seu blog pessoal.
Por: Fernando Brito
Assinar:
Postagens (Atom)