Comunidade Pinheirinho, ou a história do cãozinho que mamava na mãe morta. E outras mais
Por que tanta brutalidade?
A veterinária Veriane Araujo bem que tentou, mas não conseguiu salvar um cãozinho recém-nascido.
“Ele tentava mamar na mãe morta, mas não resistiu.
E ela conta mais:
"Os donos saíram corridos, muitos deixaram seus animais trancados em casa, para evitar que se perdessem. Quando as retroescavadeiras entraram, derrubando tudo, três dias depois, soterraram os bichos".
O depoimento dela pode ser lido na íntegra AQUI.
Salvar animais talvez seja a ultima oportunidade para a humanidade se redimir.
Mas, e os humanos?
A morte de seres humanos já não sensibiliza tanto.
As invasões do Iraque, Afeganistão, Líbia e Palestina já causaram a morte de milhões de seres humanos.
É a velha história.
Matar uma pessoa é crime, matar milhões é estatística.
Perspicazes foram os mexicanos que vivem nos Estados Unidos.
Quando foram ameaçados de expulsão, realizaram manifestações de rua ao lado de seus animais.
De gatos a cachorros, aves e até aquários levaram na passeata.
Os animais sensibilizaram. A expulsão foi revogada.
Na década de 1950 contava-se, em Minas, a história de um fazendeiro que precisava viajar para a cidade para comprar remédios para o seu filho de um ano. Ao montar no cavalo, chamou o seu fiel cachorro e pediu:
- Cuide do nenê e não deixe nenhum bicho chegar perto.
Partiu rezando para que nenhuma tragédia acontecesse durante sua ausência.
Ao retornar no dia seguinte, o cachorro saiu de casa balançando o rabo de alegria.
Ao ver que o animal estava com a boca cheia de sangue, gritou:
- Seu cachorro desgraçado, matou meu filho vai morrer também.
Puxou da espingarda e deu dois tiros no animal.
Ao entrar na casa viu que o bebê continuava vivo brincando no berço e ao seu lado no chão, havia uma onça morta.
O fazendeiro ficou desesperado e no chão ficou prostrado lamentando a morte de seu fiel companheiro.
Quem tem um cachorro, tem um amigo pra toda vida.
Infelizmente na Comunidade Pinheirinho, em São José dos Campos, os animais que não foram abatidos a tiros pela polícia, morreram sob os escombros das casas das cinco mil famílias que ali viviam.
Humanos, apenas humanos.
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