Após quase 20 anos de governos tucanos, não será mais exclusiva do morro a situação descrita na marchinha "Lata d'água".
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ESTUDO TÉCNICO DENUNCIA “ATENTADO” DO GOVERNO DO PSDB AO CANTAREIRA
Ao contrário do que a mídia e a oposição fazem em relação aos reservatórios das hidrelétricas, a equipe deste blog não torce para que falte água em São Paulo. Mas, também ao contrário do que fazem a mídia e a oposição, a equipe deste blog não tenta esconder e manipular a realidade.
Vejam, a imprensa faz alarde com qualquer redução dos reservatórios das hidrelétricas no país, pregando e torcendo pelo racionamento de energia. Faz editorial atrás de editorial atacando o governo federal por causa de um risco que o governo já esclareceu ser inexistente.
Mas quando é com os amigos tucanos, a mídia é outra. No máximo publica a notícia bem escondida. É o que fazem a Folha e o Estadão de hoje.
Ontem, o Consório PCJ, que reúne prefeituras, empresas e entidades de mais de 40 cidades, denunciaram “equívocos de planejamento e ações” no sistema Cantareira feito pela Sabesp, comandada pelos tucanos há 20 anos. A informação está num estudo técnico divulgado pelo grupo.
O Cantareira abastece diretamente quase 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo e outros 5,5 milhões no interior.
O Consórcio PCJ diz que a Sabesp optou por não reduzir a dependência do Cantareira e de atentar contra a vida útil do sistema.
“Infelizmente, cometeu-se um erro histórico de planejamento e optou-se pela segunda grande alternativa apontada pelos estudos, que foi a construção do sistema Cantareira”, afirma o consórcio.
O grupo diz que a estatal paulista continuou tirando água do sistema no mesmo ritmo mesmo sabendo do risco para a vida útil do Cantareira, em dezembro, janeiro e fevereiro, levando os reservatórios a níveis “altamente críticos”.
O nível de armazenamento do Cantareira está em 16%, um dos menores da história. O consórcio acrescenta que há uma “falsa impressão” de que a região está “protegida e que possui um sistema interligado que garante seu abastecimento”.
Está aí, portanto, uma grave denúncia de um estudo técnico feito por dezenas de cidades. E a notícia é dada com discrição pelos jornais. O Estadão até que deu chamada no pé da primeira página, mas, como fez a Folha, não cita o PSDB nenhuma vez. Parece que a Sabesp, como já dissemos aqui, não tem comando, não é submetida ao governo estadual.
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