Basta! chega de juizes votando como se estivessem em palanque eleitoral. Chega de juizes emperucados se elogiando mutuamente como se estivessem nos salões de Luiz XVI. Chega de transmissão ao vivo e a cores para que comportamentos desabridos se extravasem, como a dar carne fresca e sangue a malta esfomeada, deixando-se afogar na empafia de seus poderes transitorios de uma sessão de julgamento e nas plumas de suas vaidades como num coliseu romano ou teatro de can can.
Chega de arranca rabos, pitos e esporros, proprios de uma sala de aula de curso maternal. Chega de demonstrações de erudição e de cultura decorada em apartes baseados em citações e proverbios trazidos a priori com o unico fito é de aparecer e serem julgados como os salvadores da patria da moralidade e de primus inter paris do poder constituido.
Chega de juizes pautados por articulistas de jornal e que fazem exatamente o que lhes é mandado fazer pelos gurus midiáticos de plantão, advogados de jornal ou jornalistas do direito.
Tudo por um colegio de julgadores sobrios que se atenha aos autos e que nos traga segurança, firmeza e isenção em suas decisões, como tinhamos antigamente.
E ao fim e ao cabo poucos se salvam.
Por eduardo oliveira
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