quarta-feira, 30 de julho de 2014

"Dilma: Na crise, não recorremos ao FMI"

Dilma: Na crise, não recorremos ao FMI" (EFE/Fernando Bizerra Jr)



A Presidenta Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (30) que a carga tributária no Brasil seja semelhante à dos países concorrentes no mercado global.

Dilma citou algumas ações  já tomadas em seu governo para melhorar o cenário e prometu ampliá-los. Entre eles, a forte desoneração de tributos, o crédito subsidiado, o direcionamento das compras governamentais, o foco na educação técnica e científica, o investimento na infraestrutura,  a diminuição da burocracia e o fortalecimento das parcerias privadas, incluindo as concessões.
Ela particiopu  de sabatina promovida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI):

Abaixo, algumas frases da Presidenta:


“Nós sabemos que nos últimos anos o Brasil mudou e tem muito ainda que caminhar”

“Durante muito tempo disseram que o Brasil não precisava de política industrial”

“Nós podemos e devemos fazer  uma política em favor da indústria brasileira”

“Desde 2003 o contingente de trabalhadores – na indústria naval – cresceu mais muito” 

“Ainda hoje muitos acreditam que a política industrial é um equivoco”

“O mundo vivenciou a partir de 2009 uma das mais profundas crises economicas” 

“A retração dos mercados das economias avançadas gerou uma forte capacidade ociosa”

“Ao mesmo tempo a queda da demanda desses países levou a uma contração na economia mundial”

Nós vemos hoje sinais modestos de recuperação nas economias avançadas” 

“Mais ainda é cedo pra comemorarmos”

“Me pergunto como teria sido se não tivéssemos adotados medidas anti cíclicas?”

“É bom lembrar que não só nos protegemos da crise, como tbém preparamos a base para retomada do crescimento” 

“Nos protegemos da crise e preparamos a base para o crescimento”

“Desoneração da folha de pagamento e torná-la permanente”

“Reduzimos tbém diante da crise o IPI para os automóveis, para a linha branca, móveis e material de construção”

“Aprimoramos o simples nacional” 

“Eu assumi o compromisso de criar a secretária especial pra micro e pequena empresa e convido todos pra sanção” 

“É fato também que muitos conspiram aberta ou envergonhadamente contra o financiamento do BNDES ou subsidios” 

“Diferente do Passado enfrentamos está crise sem recorrer ao FMI” 

“Tais posições ecoam o passado, quando o Estado brasileiro voltou às costas para o mercado nacional” 

“Recentemente estimulamos a abertura de capital de empresas médias” 

“Estabelecemos tanto margem de preferência nacionais e tbém uma política que se exige conteúdo local” 

“Estimulamos a indústria automotiva de forma transparente por meio do inovar auto”

“Criamos regimes especiais tanto no complexo especial da saúde, na área de tecnologia da informaçao e de defesa” 

“Nós fechamos esse ano contratando mais de 3 milhões e 700 mil casas” 

“Destaco tbém o imenso desafio que foi qualificar nossos trabalhadores” 

“Pronatec vai atingir 8 milhões de matrículas”

“Destaco a parceria e a importância do SENAI nesse programa (Pronatec)” 

“Nós estamos aliando a necessidade de formar trabalhadores com as demandas do setor produtivo” 

“Na inovação nós fizemos o renova Brasil que tem a ordem de 39 bilhões de reais”

“Nós daremos prioridade pra agenda da reforma tributária”

“Mas iremos perseguir essa reforma mesmo quando a conjuntura não for a mais favorável” 

“Nós sabemos da importância de conduzir as mudanças na legislação, inclusive”


“Queremos fazer um marco regulatório do trabalho compatível com o século XXI”

“Fazer a terceirização correta, mas sem precarizar o trabalho” 

“O constante aprimoramento dos modelos de regulação que já tem mais de décadas” 

“Queria destacar q as aprovações dos royalties do petróleo vão garantir um salto histórico” 

“A educação é um dos caminhos fundamentais de aumento da competitividade do Brasil e de cidadania” 

“Nenhum um país se transformou em uma nação desenvolvida sem aparelhar seu modelo de Estado” 

“É necessário simplificar processos. Um Brasil sem burocracia é uma necessidade para a competitividade” 

“Concentraremos esforços pra avançarmos em modelos de negócio com vários blocos de países” 

“Aqueles que acreditam que o acordo contingente de reservas do Brics foi feito contra o FMI enganam-se”

“Expectativas pessimistas bloqueiam as realizações”

“As avaliações absurdamente negativas de realizar a Copa exemplificam o que eu estou dizendo”

“Tivemos outros surtos de pessimismo como a tempestade perfeita” 

“Outra afirmação era que o Brasil iria passar por uma crise de energia. A última crise de energia foi em 2000 e 2001″ 

“No caso da energia elétrica o meu governo investiu o equivalente ao que era investido em 8 anos do que o presidente antes de Lula fez”

“Não vamos ter racionamento agora e não teremos no futuro”

“Fechamos 2013 com uma das taxas de crescimento em sétimo lugar” 

“Proponho que não nos deixemos levar por esse pessimismo” 

“Temos a menor taxa de juros da história recente da República”


“Vamos entrar em um  novo ciclo” 

“Os orgãos de consultoria tinham se desestruturado, porque os engenheiros preferiam trabalhar na tesouraria dos bancos” 

“Se você me perguntar: é preciso avançar ainda mais?” Eu direi: sim, é preciso avançar ainda mais”

“Nós asseguramos a competitividade e houve uma mudança significativa nas concessões que fizemos”

“Não se fazia concessão pra insvetir, faziam concessão para manter” 

“As demandas por investimento no Brasil são imensas. É importante parcerias com o setor nacional e internacional” 

“Não tenho dúvida que o Brasil precisa de uma reforma política e só a faremos se tiver participação popular” 

“Para tornar os processos entre o legislativo e o executivo mais transparentes” 

“Nós temos que controlar o conteúdo nacional e as bases porque é uma forma de competirmos em condições de igualdade” 


“Em 2003 tinha estaleiro no Brasil mais tinha nos máximo 1000 empregados e não produzíamos navios, produzíamos grama” 

“É fundamental política de crédito, política de compra governamental” 

“Nós vamos ter que inovar. Nós temos um trabalhador que tem que ser formado hoje” 

“Temos que dar formação e fazer com que ele atinja um padrão” 

“Eu acredito que na questão da infraestrutura básica é a questão da difusão da banda larga” 

“A difusão da banda larga é uma típica parceria público privada” 

“Na verdade o que nós precisamos mesmo é de assegurar que os investimentos sejam atraidos por projetos consistentes” 

“Nós temos não de olhar a situação como é hoje. Eu luto por uma internet que tenha de chegar ao padrão da Coréia do Sul (50 Mega de velocidade )”

“Eu acredito que não se fará reforma trabalhista no Brasil sem falar com trabalhador, Congresso e empresários”

“Eu acho que a principal coisa que temos que propor é a discussão. A judicialização em qualquer área é muito perigosa” 

“O governo federal não é contra a terceirização, mas sem precarizar o trabalho”

“Nós nos dispomos a ensejar o diálogo” 

“Acho que somos hj um país maduro que juntos podemos dar esse espaço à frente” 

“Acho que a base da nossa relação (com empresários) tem que ser o diálogo”

“Nós assumimos um compromisso com o crédito em condição similares” 

“Subsidiar o crédito é garantir competitividade”

“Eu assumo aqui nosso compromisso com a questão da educação” 

“Nossa prioridade: universalização da internet”

“Brasil sem burocracia. Me comprometo a desburocratizar o país”

“Não to falando de Estado mínimo não, viu?” 

“É uma ingenuidade supor que isso signifique Estado mínimo, nem tão pouco Estado máximo. É Estado eficente”

“Fizemos um conjunto de medidas pra impedir que a crise significasse a deterioração do país” ”  

“A reforma tributária envolve não só o Congresso, mas estados e municípios” 

“Já a reforma política só será feita com ampla participação popular, por isso a defesa do plebiscito”

“Fizemos um conjunto de medidas pra impedir que a crise significasse a deterioração do país”

“Eu assumo esse compromisso de discutir as 42 propostas da indústria”

AEROPORTOS E COLISÕES TUCANAS


Conversa Afiada reproduz agudo artigo de Saul Leblon, na Carta Maior

AEROPORTOS E COLISÕES TUCANAS


Na série de escaramuças que marca o jogo pesado entre Aécio e Serra, a reportagem da Folha sobre o aeroporto em Cláudio pode ter sido um ponto fora da curva.
por: Saul Leblon

Há exatamente quatro anos, em 29 de julho de 2010, o jornal ‘O Globo’ noticiava a evidência de um  racha profundo nas fileiras tucanas, a minar a campanha  do então candidato à presidência da República pelo PSDB, José Serra.

Aspas para o Globo de 29-07-2010:

‘O candidato a presidente pelo PSDB, José Serra, terá uma estrutura independente em Minas Gerais para impulsionar sua campanha no Estado (…). A estratégia foi montada para fazer frente a algumas dificuldades. A decisão foi tomada após descontentamento com o ritmo da campanha no Estado, onde o ex-governador Aécio Neves, que recusou-se  a ocupar a vaga de vice na chapa de Serra, é a principal liderança do PSDB…’

Corta para o coquetel de autógrafos de  Serra, no Rio, na semana passada, dia 23 de julho de 2014, no lançamento de seu livro de memórias, “50 anos Esta Noite”.

Aécio Neves não compareceu ao evento, onde Serra comentou  laconicamente o episódio que há dez dias faz sangrar seu velho rival e agora o  candidato do PSDB à presidência. 

‘Um programa de construção de aeroportos no interior de repente bate na família. Não quer dizer que houve favorecimento..’ disse olímpico sobre a obra de R$ 14 milhões feita por Aécio na fazenda de um tio,  paga com dinheiro público.

‘Eu não tenho parentes no interior. Se tivesse, poderia ter acontecido…’, observou  Serra com irônica ambiguidade.

Especulações sobre a origem da denúncia veiculada em 20/07, pela  ‘Folha de SP’,  de notórias afinidades com o serrismo, ganharam lastro extra a partir do editorial  publicado pelo diário da família Frias , no último domingo, 27-07.

O texto com  sugestivo título, ‘O pouso do tucano’, desmonta as explicações de Aécio para o escândalo e lança uma comprida sombra sobre o futuro de sua candidatura:

‘Mais econômico, na verdade, teria sido não fazer obra nenhuma. A demanda por voos em Cláudio é pequena, e o aeroporto de Divinópolis fica a 50 km de distância. Ainda que todo o processo tenha sido feito de maneira legal, como sustenta Aécio Neves, restará uma pista de pouso conveniente para o tucano e seus parentes, mas de questionável eficiência administrativa. Não é pouca contradição para um candidato que diz apostar na união da ética com a qualidade na gestão pública’.

Mas o principal subtexto das suspeitas quanto à fonte da denúncia remete ao recheio mineiro da derrota  sofrida por  Serra nas eleições presidenciais de 2010, quando as urnas sepultaram de vez suas pretensões ao cargo máximo da política brasileira.

Numa disputa marcada logo no  início pela colisão frontal com Aécio, que postulava a mesma indicação no PSDB, Serra terminaria abatido fragorosamente pelo ‘poste’,  Dilma Rousseff,  que teve  56,05% dos votos, contra 43,9% do ‘experimente’ ex-governador de São Paulo.

Um tônico inesperado da derrota foi  a desvantagem ampla de Serra nas urnas de Minas Gerais.

No  segundo maior colégio eleitoral do país – de onde Aécio conquistou uma vaga no Senado, arregimentando 7,5 milhões de votos– Serra obteve um apoio inferior a sua média nacional ( 41,5%).

O de Dilma, ao contrário, foi sugestivamente superior (58,4%).

Seria um erro atribuir o resultado ao boicote de Aécio, abstraindo assim a tradicional força do PT em Minas Gerais e o prestígio conquistado pelos investimentos do governo Lula (que teve 65% dos votos de Minas em 2006 e 66,5% em 2002) .

A verdade, porém, é que a derrota consagrava um processo de desidratação interna do candidato do PSDB, que remontava à própria  dificuldade inicial de preencher a vaga de vice em sua chapa, reservada até o último minuto como um prêmio de consolação que Aécio rechaçou.

A recusa, mineiramente dissimulada na protocolar promessa de ‘não poupar esforços pelo candidato’, era o troco à forma  como o ex-governador de São Paulo impusera seu nome ao partido, sem abrir espaço para uma consulta às bases, inédita entre tucanos, reivindicada pelo rival .

A disposição bélica das fileiras serristas de atropelar o adversário mineiro com um misto de fatos consumados e jogo baixo ficaria evidente logo no início de 2009.

Um artigo famoso, publicado em fevereiro daquele ano na página 3 do jornal O Estado de S. Paulo, dava o peso e a medida do fair play que ordenaria o confronto a partir de então.

Assinado pelo editorialista do jornal, Mauro Chaves, reconhecidamente ligado aos tucanos, mas sobretudo a Serra, o texto trazia  no  título a octanagem do arsenal disponível, caso Aécio insistisse em desafiar a vontade ‘bandeirante’.

“Pó, pará, governador?”, diziam as garrafais, num  trocadilho com o suposto uso de droga por parte do político mineiro.

Era o gongo de uma série de rounds subterrâneos.

Eles incluiriam acusações mútuas sobre dossiês mortíferos engatados de um lado e de outro em um embate fraticida que quase paralisaria o PSDB.

Sobre Serra pairavam suspeitas de ter mobilizado  ex-delegados  da polícia federal para municiar o paiol contra Aécio.

A ira do mineiro envolveria garras não menos afiadas.

Uma delas, Andrea Neves,  cabo-de- guerra do irmão para golpes de bastidores e controle da mídia, estaria associada à contratação de repórteres, antes até, em 2008,  pelo jornal Estado de Minas, para investigar a vida de Serra e de sua família.

Com resultados suculentos, diga-se.

O livro ‘A privataria Tucana’, de Amaury Ribeiro  Jr, seria um subproduto desse mutirão.

O nebuloso episódio de uma reunião  ocorrida em junho de 2010, da qual teriam participado  Amaury, arapongas e Luiz Lanzetta  –membro da pré-campanha de Dilma,  atiçaria as evidência de um tiroteio cerrado nos  bastidores da campanha tucana.

Denunciado por um alcagueta presente, o encontro  teria tratado de  informações comprometedoras envolvendo  lavagem de dinheiro, paraísos fiscais, Verônica Serra (filha do tucano) e a irmã do banqueiro Daniel Dantas, Veronica Dantas.

Na Polícia Federal, Amaury confirmou que pagou R$ 12 mil a um despachante paulista para obter as informações sobre os tucanos, entre setembro e outubro de 2009. O jornalista não revelou quem o contratara, nem quem financiou a  investigação, iniciada como pauta do Estado de Minas.

O fato é que, nesse processo, a candidatura presidencial de Serra desidratava de dentro para fora do partido. Seu caminho para as urnas lembrava um trem fora dos trilhos, com poucas chances de ser devolvido ao leito original.

Em julho de 2010, a percepção de que estaria sendo cristianizado por fileiras amplas do tucanato era muito forte.

O termo ‘cristianização’ colava em sua trajetória como o bolor  nos  corredores  abafados dos hotéis de estação.

A expressão vem do nome do político mineiro, Cristiano Machado que, a exemplo de Serra, havia imposto sua candidatura ao partido (o PSD) nas eleições presidenciais de 1950.

Cristiano foi abandonado pelos companheiros, que acabaram apoiando Getúlio Vargas.

O termo “cristianização” passou a designar o candidato ‘escondido’ pela sigla, que teme o contágio tóxico que sua impopularidade acarreta às demais candidaturas.
Assim foi com Serra.

Em 2010, a três meses das urnas do 1º turno,  a maior parte do material de campanha de Aécio Neves, candidato ao Senado por MG, e o de Anastásia, seu candidato ao governo do Estado,  omitia a imagem de Serra em santinhos e adesivos.

O alto comando serrista busca desesperadamente formas de fazer com que a campanha demotucana encontrasse motor próprio em MG.

Além de um comitê exclusivo,  os serristas tiveram  que montar  40 subcomitês  distribuídos por todo o estado, na tentativa de algo quixotesca de contornar o boicote silencioso sofrido  no  segundo maior colégio eleitoral do país, por parte de seu ‘aliado’ e líder local, Aécio Neves.

No melancólico reconhecimento da derrota final para Dilma, em 1º de novembro de 2010, Serra diria que o “povo” não quis que sua eleição fosse “agora” e se despediu do eleitor com um “até logo”.

No breve discurso ao lado da família, o tucano agradeceu o empenho do partido, festejou a eleição de Alckmin, porém não citou uma única vez o senador eleito por Minas Gerais, Aécio Neves.

A queda de braço não terminaria ali.

Aécio rapidamente ocuparia o vácuo da derrota pavimentando a sua candidatura dentro de um PSDB de joelhos, com o serrismo acuado.

O mineiro aplastou o desafeto em todas as frentes de comando.

Tomou a presidência do partido em primeiro lugar. E negou a Serra até mesmo a direção do medíocre, mas rico, Instituto Teotônio Vilela, o think tank do PSDB.

Humilhado, Serra  engoliu um cargo honorífico no Conselho Político do partido, um enxerto  criado pela Executiva Nacional, mas no qual, ainda assim, seria minoritário.

A partir de então, experimentaria a mesma ração de fatos consumados e menosprezo que dispensara ao oponente em 2010.

Braço direito de Aécio Neves no Senado, o impoluto Cassio Cunha Lima, distribuía patadas em seu nome dirigidas diretamente ao estômago de Serra.

Em outubro  do ano passado, enquanto Serra se comportava como se ainda pudesse pleitear a  candidatura tucana ao Planalto –ou mudaria para o PPS, sugeriam seus ventríloquos  na mídia–  Cunha lima  desembarcou em São Paulo.

O emissário de Aécio conversou com FHC, Geraldo Alckmin e outros graúdos bicos curtos e  longos.

Não procurou Serra. E ainda disparou um recado recebido com espanto pelas viúvas do ex-governador na mídia:

‘Não vamos mais repercutir o que Serra diz. A imprensa que faça isso. Deixa ele falar, nós vamos ignorar’ (revista Veja; 25/10/2013).

Serra ouviu e registrou em sua volumosa  agenda mental  encapada com  o ditado: ‘a vingança é um prato que se come frio’.

Dois meses depois, 48 horas antes de Aécio lançar sua bisonha ‘cartilha’,  na qual não mencionaria uma única vez o pré-sal nos 12 pontos que comporiam  suas propostas de governo, Serra retirou o prato da geladeira.

E disparou um artigo na ‘Folha de SP’, em 15/12/2013.

O tema: o consumo de drogas.

O primeiro parágrafo: ‘O debate sobre o consumo de cocaína no Brasil pode e deve ser uma pauta em 2014’.

Desde então, aconselhados por Fernando Henrique e o pelotão dos ‘interesses maiores’, os desafetos  baixaram os punhais. Uma trégua acomodatícia  foi costurada pelos seguidores dos dois lados com a linha grossa da conveniência.

Aécio trouxe o braço direito de Serra, Aloysio Nunes,  para ocupar a vaga de vice em sua chapa. Serra recolheu-se à disputa por uma cadeira no Senado, com a promessa de um ministério, se Aécio for eleito.

As farpas refluíram; parecia que o PSDB cicatrizaria as profundas fendas  internas.

Até que no 17 de julho agora, uma quinta-feira, surgiu a notícia da defecção de um serrista graúdo afastado de um cargo de confiança na campanha de  Aécio.

Xico Graziano, conhecido pela mão pesada com que exerce a fidelidade aos próprios interesses, foi defenestrado do pomposo cargo  de ‘chefe da estratégia de redes’ da candidatura Aécio.

Nos bastidores afirma-se que Xico Graziano perdeu o posto  por uma questão prosaica: incompetência.

Seu projeto de site de campanha teria sido avaliado como um fiasco pela cúpula da candidatura.

Depois se soube que um  outro  site já estaria pronto e seria lançado em seguida.

Quem supervisionou o trabalho paralelo e empurrou Xico para a ladeira da campanha foi a irmã do mineiro, Andrea Neves.

Três dias depois do episódio, no domingo, a ‘Folha’ estamparia a  denúncia do aeroporto construído por Aécio na fazenda do ‘tio Múcio’, com gastos de R$ 14 milhões do tesouro de Minas Gerais.

Na série de escaramuças desse histórico pode ser um ponto fora da curva.

Uma desprezível coincidência.

A ver. 



Clique aqui para ler “Dudu e Aecioporto: arrancada pós-Copa empaca”.

Aqui para ler “Cinco perguntas sobre o aecioporto. Vamos conversar, Aécio ?”.

Aqui para ler “PSDB começa a querer Cerra”.

E sobre as polêmicas das drogas, clique aqui e aqui para ler.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Aécio e Dudu. A arrancada pós-Copa “foi pro saco”

Tudo deu errado para Aécio e Dudu. A arrancada pós-Copa “foi pro saco”

29 de julho de 2014 | 18:33 Autor: Fernando Brito
caosaereo
A Alemanha fez a sua parte, com aquele “sacode” que levamos na semifinal.
Mas, no resto, a estratégia da oposição de capitalizar a natural frustração com a derrota esportiva e, ao menos, reverter as perdas que tiveram com o fato de a Copa do Mundo, apesar das previsões catastróficas da mídia, não funcionou.
Aécio despencou de seu discurso moralista com o aeroporto de família em Cláudio.
A seca do Alckmin, que tinha sumido da midia, voltou com força depois da ação do Ministério Público que manda racionar a água. Como advertiu, preocupada, a Folha, não apenas é conversa de elevador como já virou, hoje, assunto de matérias locais na Globo, com o povão reclamando da falta de água.
Sobrava o terrorismo econômico, mas a inflação em queda trabalha para  desmontar o cenário e a traulitada dada na carta do Santander ainda ajudou a evidenciar a gula “mercadista”.
Até o insuspeito Clóvis Rossi diz, hoje, na Folha ( o mais lido do dia) que “além de patético, o comportamento de tais agentes de mercado é covarde”.
Afinal, e todo mundo sabe, ganharam muito dinheiro com  o Brasil e com a expansão econômica do Brasil.
De maneira mais apropriada à sua elegância, Rossi repete o que disse aqui quando chamei de “mentira deslavada” os pedidos de desculpas do banco espanhol:  ”é o clássico modelo de atirar pedras e esconder a mão”.
Mesmo a “mãozinha” do Ministro José Jorge, do TCU – Jorge foi Ministro do Apagão de Fernando Henrique – no caso da refinaria de Pasadena deu errado, porque não atingiu a figura da Presidente.
Até o coadjuvante Eduardo Campos e sua partner Marina O que é que estou fazendo aqui Silva tiveram que se defrontar com a “saia-justa” da sua nova política que explicou que estava montando uma provinciana “Casa de Eduardo” em Osasco para “ganhar unzinho”. Campos não representa nada eleitoralmente em termos nacionais – esperem as pesquisas mais adiante – e está a caminho de tomar uma tunda de proporções homéricas até mesmo em Pernambuco, onde até o s prefeitos do PSB estão debandando para a candidatura Armando Monteiro,  do PTB mas apoiada – e apoiando – Lula.
A esta altura, sei não, acho que a tucanagem morre de saudades de José Serra.
E eu lembro da frase do Millor Fernandes: mais importante do que ser genial é estar cercado de medíocres.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

O SUS é ruim?

Blog da Cidadania por Eduardo Guimarães

O SUS é ruim? Pois saiba que é bem melhor do que parece

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Meu genro Isac chegou às portas do hospital da Escola Paulista de Medicina, em São Paulo, nas primeiras horas da manhã da última terça-feira (23). A fila dobrava o quarteirão e ele mal se aguentava em pé. Havia dois dias que passara a sentir formigamentos nos membros superiores e inferiores, dificuldade para movê-los e até para respirar, além de fraqueza extrema.
Por ser jovem (34 anos) e estar em excelente forma física – até por conta de ser fisioterapeuta e de já ter sido professor de academias de ginástica –, nunca se incomodou em pagar um plano de saúde para si, preferindo pagar para a esposa e para a filha nascida recentemente. Assim, nada mais lhe restava além de hospitais financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Por ser profissional da área de saúde, o rapaz já intuía o diagnóstico que lhe seria dado logo em seguida: Síndrome de Guillain Barré. Antes de prosseguir, pois, vale reproduzir explicações sobre essa doença extraídas de artigo publicado no site do médico Drauzio Varella.
—–
“A síndrome de Guillain-Barré, também conhecida por polirradiculoneuropatia idiopática aguda oupolirradiculopatia aguda imunomediada, é uma doença do sistema nervoso (neuropatia) adquirida, provavelmente de caráter autoimune, marcada pela perda da bainha de mielina e dos reflexos tendinosos. Ela se manifesta sob a forma de inflamação aguda desses nervos e, às vezes, das raízes nervosas.
O processo inflamatório e desmielizante interfere na condução do estímulo nervoso até os músculos e, em parte dos casos, no sentido contrário, isto é, na condução dos estímulos sensoriais até o cérebro.
Em geral, a moléstia evolui rapidamente, atinge o ponto máximo de gravidade por volta da segunda ou terceira semana e regride devagar. Por isso, pode levar meses até o paciente ser considerado completamente curado. Em alguns casos, a doença pode tornar-se crônica ou recidivar (…)
A síndrome de Guillain-Barré deve ser considerada uma emergência médica que exige internação hospitalar já na fase inicial da evolução. Quando os músculos da respiração e da face são afetados, o que pode acontecer rapidamente, os pacientes necessitam de ventilação mecânica para o tratamento da insuficiência respiratória (…)”
—–
Apesar da longa fila e da torturante espera no meio da rua até chegar ao atendimento na sala de espera daquele hospital, em poucas horas o rapaz já estava sendo atendido nos corredores repletos de pacientes em macas da unidade de emergência.
Não é bonito de ver o pronto atendimento dos hospitais públicos brasileiros. Pelo contrário, é chocante. Meu genro presenciou a morte de uma paciente na maca ao lado da sua, enquanto os jovens médicos tentavam, desesperadamente, revivê-la.
Pessoas amputadas, pessoas gritando de dor, parentes em desespero… Não é nada bonito. Muito ao contrário, induz quem vê aquelas cenas a considerar o SUS um sistema caótico e ineficiente.
A imagem que as unidades de emergência dos hospitais públicos – mesmo os de grande porte, como o hospital supracitado – passam à sociedade, porém, induz a uma visão errônea, como o blogueiro pôde comprovar ao acompanhar o que de fato acontece nesses locais.
Sim, o pronto atendimento dos hospitais públicos é caótico e maltrata quem está sofrendo. Não há conforto na porta de entrada. Mas, lá dentro, há medicina, sim. E de um nível que pode compensar a falta de “hotelaria” nessas instituições.
Um dos fatos mais interessantes sobre a vantagem do SUS sobre a medicina privada dos planos de saúde é a questão dos exames. Pude fazer essa comparação porque minha quarta filha, Victoria, padece de uma grave enfermidade neurológica e frequenta intensamente hospitais paulistanos tidos como “de excelência”, sobretudo o hospital Santa Catarina.
Para os médicos avaliarem o estrago que a doença promoveu em meu genro ele teve que fazer uma bateria de exames a partir do momento de sua admissão via SUS no hospital da Escola Paulista de Medicina. Exames caros, como tomografia e outros.
Se o rapaz tivesse um plano de saúde caro como o de minha filha (citada acima), todos aqueles exames exigiriam muita burocracia e muita briga porque os planos de saúde regateiam “autorização” para exames e procedimentos dispendiosos.
No SUS, não. É feito tudo que precisa ser feito e a família do paciente não tem que brigar como acontece com planos de saúde, tendo que ameaçá-los de processos ou até tendo que mover tais processos para obter o que tentam não oferecer apesar de serem obrigados por lei.
Para que se tenha uma ideia, em 2009 a minha filha Victoria só conseguiu fazer um determinado procedimento em um hospital “de excelência”, da rede credenciada do caríssimo plano de saúde, porque fui à Justiça. Mas entre o vai e vem para chegar à decisão judicial passaram-se 45 dias, com a menina exposta a infecção hospitalar etc.
No SUS, não teria havido esse drama.
Mas o que mais me surpreendeu nesse episódio do meu genro foi o tratamento que passou a receber após os médicos decidirem por sua internação.
Em primeiro lugar, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na qual foi internado não perde em nada para as dos tais “hospitais de excelência” da rede privada. Ao menos em recursos clínicos, estrutura, atendimento dos médicos etc. Só não tem luxo – televisão, frigobar, refeições em bandejas elegantes etc.
Vagando pelos corredores do hospital, surpreendi-me com a limpeza, com o foco dos profissionais, enfim, com uma qualidade da instituição que o atendimento emergencial esconde.
Além disso, surpreendi-me com a educação e a atenção dos profissionais. No primeiro dia da internação do meu genro, ele estava cercado de profissionais atenciosos e simpáticos.
Mas não é só. O tratamento da Síndrome que acometeu o rapaz requer imunoglobulina humana, que, claro, os planos de saúde têm que fornecer. Mas isso porque são pagos. E caros. Além disso, devido ao alto custo daquele medicamento, na saúde privada os planos de saúde provavelmente dificultariam o fornecimento – já passei por isso com a minha filha.
Imunoglobulina humana é um medicamento caríssimo. Em pesquisa na internet, descobri que custa cerca de mil reais cada dose.
Meu genro precisava de 30 doses, que, somadas, dão para comprar um carro popular zero quilômetro. O hospital não tinha, mas o SUS disponibiliza. A única dificuldade é que a família do paciente tem que ir buscar em unidades de fornecimento de medicamentos – vide, no alto da página, foto da caixa de isopor com as 30 doses que obtive para o rapaz.
Não é por outra razão que, hoje, enfermos de países vizinhos vêm ao Brasil buscar socorro no SUS. Apesar da falta de conforto em nosso sistema público de saúde, em outros países – inclusive em países ricos como os Estados Unidos – quem adoecer e não tiver um plano de saúde até pode obter atendimento, mas se endivida até o pescoço.
Falta muito para o SUS oferecer, além da boa medicina que já fornece, também um mínimo de conforto. Todavia, é um sistema que funciona. E funciona tão bem que, mesmo pagando um caro plano de saúde, é bem provável que, se o problema de que você padecer for muito grave, talvez tenha que terminar o tratamento no sistema público.
É uma obrigação deste que escreve divulgar este relato para que aqueles que têm uma ideia errada do SUS reflitam se vale mesmo a pena pagar fortunas por planos de saúde privados se você tem direito a um sistema que, apesar do déficit de conforto, funciona bem.
Até porque, a filosofia exclusivamente capitalista do sistema privado pode vir a ser fatal para o paciente. Ao regatear “autorizações” para exames e outros procedimentos clínicos, os planos de saúde podem até matar o paciente. No SUS, você não correrá esse risco.
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21 Comentário

  1. Importante o seu testemunho, Eduardo, pois os planos de saúde, como você disse, são empresas capitalistas. Elas se negarão, até onde puderem, a prestar assistência médica ao seu “segurado”.
    • Valeu, Roberto
    • Há uma campanha permanente contra o SUS e certamente apoiada pelos planos de saúde.
      E o SUS é desqualificado de tal maneira que, mesmo com as demora em conseguir consulta pelos planos de saúde, dificilmente se consegue uma consulta para o dia seguinte ou mesmo a semana seguinte ao dia solicitado. Elas sempre acham que se pelo plano de saúde tá demorando, imagine pelo SUS.
  2. Eduardo, valeu pelo post. É importante lembrar que o SUS tem qualidades e defeitos, mas o que a mídia capitalista quer é, obviamente, mostrar apenas os defeitos para, em seguida, defender a privatização da saúde (e defender os lucros dos empresários gananciosos do setor de saúde).
    Como se a gente já não tivesse visto esse (péssimo) filme em relação à educação e a outros importantes serviços prestados pelo Estado Brasileiro…
    Um grande abraço, Fábio Faiad.
  3. Se o SUS fosse tão ruim quanto prega a grande mídia e a oposição , o Obama não viria aqui para criar um sistema igual nos EUA onde não existe saúde pública de atendimento , lá se voce não tem o tal seguro social que é pago e caro voce morre na porta do hospital , e não adianta ficar chamando a imprensa , e ficar dando piti , lá ninguem esta nem ai para voce.
  4. Ano passado padeci de uma doença rara também: (doença de Crohn), o SUS quem me atendeu, mesmo tendo plano privado de saúde, os remédios são regulados pelo ministério da saúde, como moro no interior do MS demorou um pouco até estes medicamentos estarem em minhas mãos, pois depende de processos e pareceres técnicos de médicos. Mais tirando isso não tenho do que reclamar também.
  5. Edu, sempre que preciso uso o posto de saúde que tem no meu bairro (em Florianópolis/SC). O ambiente é limpo e organizado, e os enfermeiros são muito gentis e os médicos fazem bom atendimento. Ao meu ver, o maior é que a estrutura não é suficiente para atender a demanda da população.
    Claro, há uma certa demora nos atendimentos que não são de emergência, certa vez fiquei 1h30min esperando para ser atendida. Mas esse é o tempo médio de espera também para quem usa planos de saúde. Meus amigos que vão no Hospital da Unimed, também tem que esperar cerca de uma hora até serem atendidos. E em consultas particulares, raramente somos atendidos no horário marcado.
    Em muitos municípios o SUS é ruim porque é mal gerido.
    Fico feliz que seu genro tenha conseguido atendimento. Torço por ele e por sua família.
  6. Tive um experiencia parecida aqui no município de Resende, onde resido. Minha filha apresentava um problema na garganta e imediatante levei para o pronto atendimento do luxuoso hospital do meu plano de saúde, com uma linda sala de espera, confortável, com televisão, poltronas,etc.Para resumir, o atendimento foi equivocado, o quadro de minha filha piorou e quem resolveu foi uma unidade pública de uma UPA, onde foi feito o diagnostico correto, os exames na hora e ainda sai com a medicação. Estes tais planos de saúde são uma grande picaretagem, pois quando você mais precisa eles dificultam ao máximo o atendimento e a rede pública é que , no fundo, cuida dos casos mais graves, principalmente relacionados com acidentes. Mais o que importa é saber como esta o seu genro???
  7. Relato detalhado da rotina do SUS, com suas deficiências gravíssimas, mas também com suas características inalcançáveis pelo sistema privado dos planos de saúde. Os caríssimos tratamentos realizados pelo SUS em todo o País é impressionante. Eu tenho uma sobrinha que há uns 10 anos também precisou de tratamento muito caro pelo SUS – Doença de Kawasaki – e o obteve. Claro, muitos problemas de hotelaria como você citou, mas a obtenção de um tratamento integralmente pago pelo SUS, e a atenção de médicos experientes e dedicados.
  8. Fico feliz pelo seu genro, Edu! Isto que vc acabou de ralatar, eu já sabia desde 2008, pois não tenho plano de saúde e sou usuário do SUS, que me disponibiliza mensalmente os medicamentos que sou e serei obrigado a tomar até o fim de minha vida. O SUS funciona! Talvez, se os planos privados não sugassem tanto dos recursos públicos – sim, pois o mais caro nos serviços médicos, que é a estrutura, os planos de saúde particulares se utilizam do setor público – o Sistema Único de Saúde poderia funcionar melhor. Abraços.
  9. Meu irmão Wagner está obtendo alta neste momento do Hospital Brigadeiro, do SUS, onde ficou internado por quarenta dias.
    De acordo com a médica que conseguiu sua internação, o tratamento dele gira entre 500 mil e 1 milhão de reais, razão pela qual a mesma Santa Médica teve que bater o pé para que ele concluísse o tratamento hospitalizado!
    Estava ele com uma enorme septicemia devida a a outros tantos males de que padece.
    Acredite quem quizer, hoje pela manhã recebeu a visita de um médico do Hospatal do Mandaqui, também do SUS onde também se trata, médico esse que teve que brigar para visitá-lo.
    Nós da família só temos elogios a fazer ao tratamento que recebe nos dois hospitais, do SUS.
    Tal qual acontece com você Eduardo, já tive muita briga com meu plano de saúde que pago há 20 anos.
  10. Tive esses testemunhos com minha mãe, meu ex-pai e meu ex-sogro. Alguns profissionais meio tosco às vezes deixa impressão ruim, tanto que a primeira vez que minha mãe foi atendida no SUS de Caxias do Sul, ela queria voltar para o Oeste de SC, onde ela, meu pai (falecido) e meu sogro (falecido) foram muito bem atendidos até o final. A atenção era total. Agora parece que não viu mais o tal profissional e segue os atendimentos a contento. Sem pagar por muitos remédios de uso contínuo, já que ela de 82 anos.
  11. Muito importante o seu relato. Na maioria das vezes as reportagens, críticas, fotos e cobranças são realizadas ali, na entrada, na triagem dos pacientes. E aí, realmente, as imagens são chocantes.
    Poucas reportagens se aprofundam no principal, que é o atendimento de urgência, a qualidade dos exames, o fornecimento dos remédios.
    Vou utilizar bastante seu post, como resposta a comentários que colocam aquelas fotos de muitas pessoas aguardando atendimento e criticam o sistema.
    Claro, há falhas e o sistema ainda não é perfeito. Mas, como você bem esclareceu, não é tão ruim quanto pintam.
  12. Depois de uma pancada forte no pé, dirigi-me a uma UPA e fui bem atendido. Fiz uma série de exames de graça. Queriam me dar remédio de graça, injeção e outras coisas mais. Recusei, porque podia comprar. Se não fosse o atendimento naquela unidade pública, não sei o que aconteceria com o meu pé. Ah! Ainda possuía ar condicionado na unidade. Li uma notícia que o famigerado PIG visita 20 hospitais públicos e pega os 2 com mau atendimento. Em cima desses 2, faz aquelas matérias assustadoras. Os 18, eles ignoram, pois o atendimento é normal. PS: O SUS realiza milhares de operações bem sucedidas. PS2: Outro assunto, porém, importante: cuidado com os defensores dos ataques contra os palestinos. A direitalha quer criar, principalmente, um fato político no Brasil, para ajudar seu candidato. Eles são muito espertos.
  13. Tive uma experiência que comprova tudo o que seu post diz. Meu marido começou a perder a visão de um olho rapidamente. Fomos ao Hospital Cema, ao Hospital São Luiz e em 3 consultórios de médicos conveniados com o seu plano de saúde – Sul América. O problema se agravava e o diagnóstico era o mesmo: o perda da visão era causada pelo descolamento do gel vítreo, normal pela idade e logo se resolveria sem que fosse necessária nenhuma intervenção. Como o problema se agravava fomos ao Hospital Paulista. Diagnóstico, depois de vários exames: Inflamação numa artéria que irrigava o nervo óptico- problema gravíssimo e se não fosse o SUS, hoje ele estaria cego desse olho. A qualidade da medicina é tudo.
  14. O Plano CASSI do Banco do Brasil fornece essa medicação para os seus filiados quando precisam, digo isso porque um familiar meu teve essa mesma doença, tinha convenio com esse plano e ele não fez nenhuma objeção quando ele precisou, pelo que eu sabia esse remédio era bem mais caro. Segundo me informaram custava R$ 5.000,00 uma dose e precisava de sete doses por dia durante cinco dias…