Supremas videocassetadas
Videocassetadas no STF (Supremo Tribunal Federal) deveria ser apenas um ministro cochilando, um café derramado, um assessor deixando cair uma pilha de pastas, alguma gafe, enfim coisas prosaicas do cotidiano, sem maiores consequências.
Mas, infelizmente, surgem videocassetadas no STF justamente onde não poderia haver: erros rudimentares na sentença dos juízes (que se declaram possuidores de notória sabedoria).
O vídeo acima é uma dessas videocassetadas, e está longe de ser a única. Quem já tomou conhecimento dos recursos dos réus do julgamento do "mensalão" identificou dezenas de outras.
É por isso que desde o começo pedimos um julgamento com o devido rigor não só com os réus, mas também com os fatos, com as provas, com a individualização de condutas, e com a sobriedade que exigia distanciamento da campanha eleitoral, distanciamento de versões fantasiosas plantadas insistentemente no noticiário, e sobretudo distanciamento de fazer um julgamento político e não criminal.
Aliás, notório saber seria não se deixar pautar por pressões da mídia, e sim pautar a mídia com a verdade dos acontecimentos, de acordo com as provas e com as situações realistas em que os acontecimentos ocorreram. Nem mais, nem menos.
Pelo jeito, quem fará esse serviço de revelar notório saber jurídico, e o trabalho de esclarecer a verdade dos fatos, serão os advogados de defesa ao reapresentarem as provas ignoradas que contradizem as sentenças.
Deve ser por isso que a velha mídia e os juízes do STF perderam a pressa em julgar os recursos. Será um festival de supremas videocassetadas
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