Dá vergonha que situações como a que se retrata no vídeo acima aconteçam.
Dá vergonha que se precise que a Al Jazeera, lá da Arábia, seja quem nos mostra este drama.
É a história de Jesse, um menino que “agarrava barcos”, como vários outros fazem, no Rio Tajaparu, no Pará, por onde passam cerca de 75% da mercadoria e transporte humano movimentado na rota entre Belém até Macapá.
Ele “fisgava” os barcos, com um gancho e cordas, para subir nas embarcações para vender palmitos, bananas e ingás.
Alguns reais e muito risco.
Embora a matéria, naturalmente, explore o exótico e o trágico, o exótico e o trágico estão lá, nas próprias imagens.
Este é o Brasil “com miséria” que nossas elites não gostam de ver.
Nós também não gostamos de ver, mas isso não se faz fechando os olhos.
O Poder Público tem de agir fortemente sobre esta siatuação. O “Brasil sem miséria” que a presidenta lançou, deve ir buscar estes meninos e meninas, expostos ao perigo das hélices dos barcos e ao risco, maior ainda e quase sempre fatal, da degradação de suas infâncias.
São meninos e meninas valentes: ah, como o são!
Será que não podemos deixá-los ter a chance de “agarrar” outro barco, o da educação, e que isso represente os seis ou sete reais que levam para casa arriscando a vida ao “fisgar” as embarcações que passam, velozes, para vender suas frutas e palmitos?
Nenhum comentário:
Postar um comentário