Já nos meados do século XIX Karl Marx escreveu profeticamente que a tendência do capital ia na direção de destruir as duas fontes de sua riqueza e reprodução: a natureza e o trabalho. É o que está ocorrendo. A capacidade de o capitalismo adaptar-se a qualquer circunstância chegou ao fim.
por Leonardo Boff,
Tenho sustentado que a crise atual do capitalismo é mais que conjuntural e estrutural. É terminal. Chegou ao fim o gênio do capitalismo de sempre adaptar-se a qualquer circunstância. Estou consciente Vde que são poucos que representam esta tese. No entanto, duas razões me levam a esta interpretação.
A primeira é a seguinte: a crise é terminal porque todos nós, mas particularmente, o capitalismo, encostamos nos limites da Terra. Ocupamos, depredando, todo o planeta, desfazendo seu sutil equilíbrio e exaurindo excessivamente seus bens e serviços a ponto de ele não conseguir, sozinho, repor o que lhes foi sequestrado. Já nos meados do século XIX Karl Marx escreveu profeticamente que a tendência do capital ia na direção de destruir as duas fontes de sua riqueza e reprodução: a natureza e o trabalho. É o que está ocorrendo.
A natureza, efetivamente, se encontra sob grave estresse, como nunca esteve antes, pelo menos no último século, abstraindo das 15 grandes dizimações que conheceu em sua história de mais de quatro bilhões de anos. Os eventos extremos verificáveis em todas as regiões e as mudanças climáticas tendendo a um crescente aquecimento global falam em favor da tese de Marx. Como o capitalismo vai se reproduzir sem a natureza? Deu com a cara num limite intransponível.
O trabalho está sendo por ele precarizado ou prescindido. Há grande desenvolvimento sem trabalho. O aparelho produtivo informatizado e robotizado produz mais e melhor, com quase nenhum trabalho. A consequência direta é o desemprego estrutural.
Milhões nunca mais vão ingressar no mundo do trabalho, sequer no exército de reserva. O trabalho, da dependência do capital, passou à prescindência. Na Espanha o desemprego atinge 20% no geral e 40% e entre os jovens. Em Portugal 12% no país e 30% entre os jovens. Isso significa grave crise social, assolando neste momento a Grécia. Sacrifica-se toda uma sociedade em nome de uma economia, feita não para atender as demandas humanas, mas para pagar a dívida com bancos e com o sistema financeiro. Marx tem razão: o trabalho explorado já não é mais fonte de riqueza. É a máquina.
A segunda razão está ligada à crise humanitária que o capitalismo está gerando. Antes se restringia aos países periféricos. Hoje é global e atingiu os países centrais. Não se pode resolver a questão econômica desmontando a sociedade. As vítimas, entrelaças por novas avenidas de comunicação, resistem, se rebelam e ameaçam a ordem vigente. Mais e mais pessoas, especialmente jovens, não estão aceitando a lógica perversa da economia política capitalista: a ditadura das finanças que via mercado submete os Estados aos seus interesses e o rentismo dos capitais especulativos que circulam de bolsas em bolsas, auferindo ganhos sem produzir absolutamente nada a não ser mais dinheiro para seus rentistas.
Mas foi o próprio sistema do capital que criou o veneno que o pode matar: ao exigir dos trabalhadores uma formação técnica cada vez mais aprimorada para estar à altura do crescimento acelerado e de maior competitividade, involuntariamente criou pessoas que pensam. Estas, lentamente, vão descobrindo a perversidade do sistema que esfola as pessoas em nome da acumulação meramente material, que se mostra sem coração ao exigir mais e mais eficiência a ponto de levar os trabalhadores ao estresse profundo, ao desespero e, não raro, ao suicídio, como ocorre em vários países e também no Brasil.
As ruas de vários países europeus e árabes, os “indignados” que enchem as praças de Espanha e da Grécia são manifestação de revolta contra o sistema político vigente a reboque do mercado e da lógica do capital. Os jovens espanhóis gritam: “não é crise, é ladroagem”. Os ladrões estão refestelados em Wall Street, no FMI e no Banco Central Europeu, quer dizer, são os sumossacerdotes do capital globalizado e explorador.
Ao agravar-se a crise, crescerão as multidões, pelo mundo afora, que não aguentam mais as consequências da superexploracão de suas vidas e da vida da Terra e se rebelam contra este sistema econômico que faz o que bem entende e que agora agoniza, não por envelhecimento, mas por força do veneno e das contradições que criou, castigando a Mãe Terra e penalizando a vida de seus filhos e filhas.
O parlamento da Grécia finalmente aprovou um pacote para tirar o país da crise. O governo socialista, firme na decisão de atender aos anseios populares, conquistou uma expressiva vitória. O plano do governo inclui, entre outras medidas: - Controle do fluxo de capitais. - Responsabilização criminal dos banqueiros que entraram no jogo da pirâmide com o dinheiro dos outros. - Estatização dos bancos que só sobreviveram à quebradeira com as benesses concedidas pelo governo conservador. - Não pagamento de dívida nenhuma contraída junto aos bancos estrangeiros que também participaram da jogatina que jogou o mundo na pior recessão desde 1929. - Aumento de impostos para os muito ricos. - Isenção de impostos para os muito pobres. - Imediata assistência aos desempregados pela crise. Vai ter uma espécie de bolsa-família, planos de requalificação profissional, crédito para abrir microempresas, abertura de frentes de trabalho, etc. Os banqueiros continuam fazendo protestos nas ruas. Com amplo apoio da população, a polícia tem reprimido a banqueirada de forma implacável.
Se não puder ver agora, veja mais tarde, mas assista.
Dá vergonha que situações como a que se retrata no vídeo acima aconteçam.
Dá vergonha que se precise que a Al Jazeera, lá da Arábia, seja quem nos mostra este drama.
É a história de Jesse, um menino que “agarrava barcos”, como vários outros fazem, no Rio Tajaparu, no Pará, por onde passam cerca de 75% da mercadoria e transporte humano movimentado na rota entre Belém até Macapá.
Ele “fisgava” os barcos, com um gancho e cordas, para subir nas embarcações para vender palmitos, bananas e ingás.
Alguns reais e muito risco.
Embora a matéria, naturalmente, explore o exótico e o trágico, o exótico e o trágico estão lá, nas próprias imagens.
Este é o Brasil “com miséria” que nossas elites não gostam de ver.
Nós também não gostamos de ver, mas isso não se faz fechando os olhos.
O Poder Público tem de agir fortemente sobre esta siatuação. O “Brasil sem miséria” que a presidenta lançou, deve ir buscar estes meninos e meninas, expostos ao perigo das hélices dos barcos e ao risco, maior ainda e quase sempre fatal, da degradação de suas infâncias.
São meninos e meninas valentes: ah, como o são!
Será que não podemos deixá-los ter a chance de “agarrar” outro barco, o da educação, e que isso represente os seis ou sete reais que levam para casa arriscando a vida ao “fisgar” as embarcações que passam, velozes, para vender suas frutas e palmitos?
Há muito tempo, no Reino da Cornualha, havia um príncipe, por todos tido como muito sábio e galanteador. Seu nome, Fernandus, O Príncipis.
Mas, numa época, uma nuvem de pó tomou conta da Cornualha e um outro Fernandus, O Aspirantis, chegou ao poder. Alucinado pela quantidade de pó aspirado, Fernandus passou de Aspirantis a Aspiradus, até que fosse destronado por um golpe comandado (à sorrelfa), por Sarneysus, O Longus.
Em seu lugar assumiu Francus, o Topetus, que cometeu o erro histórico (historicus errus est) de nomear Fernandus, O Príncipis, ministro da Cornualha.
Seguiu-se longo período de trevas (trevus períodus longus est), em que Fernandus, O Príncipis, tornou-se Fernandus, o Régis, que reinou por dois terços de glosa.
Foi um período nefasto do Reino da Cornualha, quando todos os bens foram privatizados (privatizados fuderus est), mas a grande lábia (financeirus lábius est) de Fernandus fazia com que o povo o visse como um grande rei (regis narizus grandis est) e a corte imperial (empresarius, bancus e corporativus midius est) lucrassem horrores com a miséria que se abateu sobre o reinado.
Mas, o que nunca se soube é que todo esse sofrimento da Cornualha poderia ter sido evitado, se um simples caso amoroso (cercas pulatus est) fosse levado ao conhecimento da população.
Fernandus, O Régis, também era um conhecido galanteador (vaselinus est) e costumava convencer as mulheres que dele se aproximavam (de empregadas domésticas a jornalistas) de que não havia nada de mal em terem uma conversa privada (coitus qui loucurus est) com ele.
De uma dessa conversas privadas, teria ficado grávida (marias chuteirus versonis politicus est) uma jornalista da principal rede de comunicação (povus nom bobus Globus est).
Desespero no reino. Fernandus era casado com uma homóloga (casadíssimus est) e o escândalo poderia abreviar seu reinado, o que traria enorme prejuízo à corte (empresarius, bancus e corporativus midius est).
A jornalista foi enviada para longe, em missão incerta e não sabida (mordomias infinitus desde que de bicus caladus est). Assim foi feito.
O povo foi mantido em real ignorância (R$, moeda Real est) e Cornualha (para outros Cornuália ou terras Brasílias est) quase foi à bancarrota, até que o reinado de Fernandus, Coitus Ocultus, chegou ao fim.
Só então, passado seu período de governo (herança malditus est) e logo após a morte de sua esposa, Fernandus, de novo Príncipis, resolveu assumir a paternidade.
Mas, agora, exames de DNA (porras sua nom erus) mostraram que o filho que Fernandus reconheceu não era dele. Mais um erro de avaliação (cagadas grandis est) do homem a quem tanto se elogiava sabedoria e boa prosa (vaselinus KY est).
Se o caso fosse esclarecido na época tudo poderia ser diferente, e Fernandus, O Cornus Régis, seria apenas expulso de casa pela esposa (patroa portu da rua est) e talvez apeado do governo, tal e qual o outro Fernandus, e o povo da Cornualha não se sentiria chifrado sem ter sido traído.
Dura lex, sed lex, no cabelo só Gumex (pentelhus outrus paparam jornalista, papagaius comis milhus periquitus fama est), e o povo pagou o exílio da jornalista (mordomias infinitus desde que de bicus caladus est) e agora o chifre de Fernandus, o Cornus.
Tudo isso aconteceu no reino da Cornualha, mas para a imprensa livre e democrática (corporativus midias canalhus est) é como se nada tivesse acontecido (Nom erus uma vez est).
Pesquisa realizada na última 6º feira, segundo a Reuters, mostra que 75% da população, ¾ da sociedade grega, é contra a política de arrasa-terra acertada pelo governo Papandreu com os credores, em troca de mais uma tranche de 12 bi de euros, recursos basicamente destinados a pagar débitos a vencer. Eles precisam tampar seus ouvidos para todas as críticas que estão recebendo e fazer o seu trabalho",disse Miltiadis Papaioannou, ministro da Justiça da Grécia, aos parlamentares sobre as medidas que serão submetidas ao Congresso dias 29 e 30. Além de privatizações, aumento de impostos, cortes de salários e aposentadorias, o ‘ajuste' estabelece a demissão em massa de 150 mil funcionários públicos, 22% de todo efetivo, com piora dos serviços essenciais. Greve geral marcada para os dias 27 e 28 pretende destampar os ouvidos parlamentares para que possam ouvir as ruas.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) sofreu um acidente na sexta-feira (17) quando montava a cavalo. Segundo a assessoria dele, o parlamentar estava nas proximidades da fazenda de seus familiares no município de Cláudio, centro-oeste mineiro, quando caiu do cavalo. Após a queda, o senador foi submetido a atendimento médico e realizou exames de imagem em Belo Horizonte. Ele foi atendido pelo ortopedista Rodrigo Lasmar. Os exames médicos indicaram fraturas em costelas e na clavícula direita. A título de ilustração
Hoje, faz um ano da morte de José Saramago, talvez a maior expressão da literatura de língua portuguesa da atualidade. A homenagem que se presta ao homem que teve hoje suas cinzas depositadas em frente ao rio Tejo, pela sua viúva, a espanhola Pilar del Río diante do local onde funcionará a Fundação José Saramago e ao lado da oliveira de que ele fala em seu livro “As pequenas Memórias”, trazida de sua aldeia natal, Azinhaga do Ribatejo e replantada em Lisboa. Ouça, aí em cima, as palavras de Saramago sobre a democracia e a limitação dos poderes do povo.
Ernesto Guevara de la Serna, conhecido por Che Guevara ou El Che (Rosário, Argentina, em 14 de Junho de 1928 - La Higuera, Bolivia, 9 de Outubro de 1967), guerrilheiro revolucionário e homem político
"Lutam melhor os que têm belos sonhos."
"Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira."
"A farda modela o corpo e atrofia a mente."
"Sonha e serás livre de espírito... luta e serás livre na vida."
"Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros."
"Ser jovem e não ser revolucionário é uma contradição genética."
"Derrota após derrota até a vitória final."
"Não quero nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar."
"O conhecimento nos faz responsáveis."
"As tantas rosas que os poderosos matem nunca conseguirão deter a primavera."
"O revolucionário deve sempre ser integral. Ele deverá trabalhar todas as horas, todos os minutos de sua vida, com um interesse sempre renovado e sempre crescente. Esta é uma qualidade fundamental."
"Acima de tudo procurem sentir no mais profundo de vocês qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo. É a mais bela qualidade de um revolucionário."
"Deixe o mundo mudar você e você poderá mudar o mundo."
"Os grandes só parecem grandes porque estamos ajoelhados."
"Prefiro morrer de pé que viver sempre ajoelhado."
"A sabedoria só nos chega quando não precisamos mais dela."
"Hasta la vitória, siempre!"
"Déjeme decirle, a riesgo de parecer ridículo, que el revolucionario verdadero está guiado por grandes sentimientos de amor.."
"Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás."
"Retroceder Sim, Render-se Jamais."
"Se o presente é de luta , o futuro nos pertence."
"O socialismo não é uma sociedade beneficente, não é um regime utópico, baseado na bondade do homem como homem. O socialismo é um regime a que se chega historicamente e que tem por base a socialização dos bens fundamentais de produção e a distribuição equitativa de todas as riquezas da sociedade, numa sitação de produção social. Isto é, a produção criada pelo capitalismo: as grandes fábricas, a grande pecuária capitalista, a grande agricultura capitalista, os locais onde o trabalho humano era feito em comunidade, em sociedade; mas naquela época o aproveitamento do fruto do trabalho era feito pelos capitalistas individualmente, pela classe exploradora, pelos proprietários jurídicos dos bens de produção."
Ele é um chato. Recluso, anti-social, cheio de manias, hipocondríaco. Se ele for falar com você, vai colocar a mão em concha sobre a boca, para não ser contaminado pelos seus germes. Tente assistir a um show dele. Todo ano bissexto tem. Ou teria. Na hora "h", ele pode reclamar da acústica, do ar-condicionado, ou simplesmente resolver que não está a fim. Bye, bye, show. Você tem sorte, porque é só fã, não é amigo do cara. Ele tem o costume de telefonar no meio da madrugada, para se queixar de uma dor de estômago ou para perguntar quem é o autor de um samba perdido da década de 30.
E daí? O cara é um gênio. Inventou uma batida toda especial no violão, uma maneira própria de cantar, uma divisão diferente dos tempos... resumindo: inventou a bossa nova. Tudo o que ele canta se transforma em ouro e cada gravação que ele faz é a definitiva.
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira completa hoje 80 anos. Viva o João!
Parece até um golpe palaciano, daqueles que aconteciam na Itália pré-renascentista. O PT ajudou a derrubar Palocci, mas tudo bem. Quer dizer, sei lá. Talvez ele mesmo não suportasse mais ser pintado diariamente como um monstro de sete cabeças, o que deve provocar sérios danos à sua família (e digo isso sabendo que ele não é um santo, que pode inclusive ter culpa no cartório). Talvez a Dilma tenha entendido - e acho que é o mais provável - que deveria contratar alguém mais rápido no gatilho: a senadora Gleisi Hoffman tem um perfil mais guerreiro que Palocci, o qual não enfrenta a mídia nem ninguém. Desejo sorte e sucesso à senadora, de quem tenho excelente impressão. É um grande quadro do PT, talvez o mais interessante da atual legislatura. O ambiente político tornou-se muito mais bélico, Palocci é pacato demais. O governo perdeu uma batalha, mas não a guerra, que apenas começou. Bem vinda, senadora, morituri te salutant. Os que vão morrer te saúdam!
No dia 4 de junho de 1937, Pablo Picasso terminava a obra que, tragicamente, se tornou sua pintura mais conhecida. O bombardeio de Guernica, pelos aviões Stuka da aviação nazista, em apoio aos franquistas que derrubaram a república Espanhola, ocorrida pouco mais de um mês antes, em 26 de Abril de 1937.
Lena Gieseke,uma artista nova iorquina que trabalha com computação em 3D, fez uma versão em 3D em forma de vídeo, que permite que nós tenhamos uma versão dramática e superimpressionante da obra de Picasso, que vi no site Há Vida em Letras e resolvi trazer para vocês.
Governo lança programa com meta de erradicar miséria até 2014
O objetivo é elevar a renda e as condições de bem-estar da população. O Brasil Sem Miséria vai localizar as famílias extremamente pobres e incluí-las de forma integrada nos mais diversos programas de acordo com as suas necessidades. Para isso, o governo seguirá os mapas de extrema pobreza produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O Brasil Sem Miséria levará o Estado às pessoas mais vulneráveis onde estiverem. A partir de agora, não é a população mais pobre que terá que correr atrás do Estado, mas o contrário”, afirma ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.
Busca ativa -- Na estratégia da busca ativa, as equipes de profissionais farão uma procura minuciosa na sua área de atuação com o objetivo de localizar, cadastrar e incluir nos programas as famílias em situação de pobreza extrema. Também vão identificar os serviços existentes e a necessidade de criar novas ações para que essa população possa acessar os seus direitos.
Mutirões, campanhas, palestras, atividades socioeducativas, visitas domiciliares e cruzamentos de bases cadastrais serão utilizados neste trabalho. A qualificação dos gestores públicos no atendimento à população extremamente pobre faz parte da estratégia.
O plano engloba ações nos âmbitos nacional e regional. Na zona rural, por exemplo, incentiva o aumento da produção por meio de assistência técnica, distribuição de sementes e apoio à comercialização. Na área urbana, o foco da inclusão produtiva é a qualificação de mão-de-obra e a identificação de emprego. Além disso, as pessoas que ainda não são beneficiárias do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) serão incluídas nestes programas de transferência de renda.
O plano vai priorizar a expansão e a qualificação dos serviços públicos em diversas áreas, assegurando, por exemplo, documentação, energia elétrica, alfabetização, medicamentos, tratamentos dentário e oftalmológico, creches e saneamento. Os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) serão os pontos de atendimento dos programas englobados pelo Brasil Sem Miséria. As sete mil unidades existentes no País funcionam em todos os municípios e outros pontos serão criados.
Romper a linha da miséria – O plano, direcionado aos brasileiros que vivem em lares cuja renda familiar é de até R$ 70 por pessoa, cumpre um compromisso assumido pela presidenta Dilma Rousseff. Do público alvo do Brasil Sem Miséria, 59% estão no Nordeste, 40% têm até 14 anos e 47% vivem na área rural.
“Só foi possível reduzir a desigualdade e a pobreza no Brasil, nos últimos anos, por que o governo adotou ações que aliam crescimento econômico com inclusão social, como o aumento do emprego, a valorização do salário mínimo, a ampliação dos programas sociais e a expansão do crédito. Os resultados obtidos – 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza e 36 milhões subiram para a classe média – comprovam que as medidas foram acertadas. Com o Brasil Sem Miséria, vamos juntar o mapa da extrema pobreza com o da geração de oportunidades e permitir que milhões de brasileiros rompam a linha da miséria”, destaca a ministra Tereza Campello.
Meta é qualificar 1,7 milhão de pessoas nas cidades
As iniciativas de inclusão produtiva urbana vão reunir estímulo ao empreendedorismo e à economia solidária, oferta de cursos de qualificação profissional e intermediação de mão-de-obra para atender às demandas nas áreas públicas e privadas, totalizando dois milhões de pessoas.
Além da qualificação, o trabalho de inclusão produtiva abrangerá a emissão de documentos, acesso a serviços de saúde, como o Olhar Brasil, para exame de vista e confecção de óculos, e o Brasil Sorridente, para tratamento dentário, microcrédito e orientação profissional.
Catadores – O plano prevê ainda o apoio à organização produtiva dos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Para este público, está prevista a melhoria das condições de trabalho e a ampliação das oportunidades de inclusão socioeconômica. A prioridade é atender capitais e regiões metropolitanas, abrangendo 260 municípios.
O Brasil Sem Miséria também apoiará as prefeituras em programas de coleta seletiva com a participação dos catadores de materiais recicláveis. O plano vai capacitar e fortalecer a participação na coleta seletiva de 60 mil catadores, até 2014, viabilizar a infraestrutura para 280 mil e incrementar cem redes de comercialização.
Número de agricultores familiares em situação de extrema pobreza atendidos pelo PAA será quadruplicado
Uma das metas do Brasil sem Miséria para a zona rural é aumentar em quatro vezes o número de agricultores familiares, em situação de extrema pobreza, atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Subirá de 66 mil para 255 mil até 2014. Com a expansão, a participação dos agricultores muitos pobres no conjunto dos beneficiários do PAA será elevada de 41% para 57%. Atualmente, 156 mil agricultores vendem sua produção para o programa e a meta é ampliar para 445 mil até o final do atual governo.
Para acompanhar os agricultores, haverá uma equipe de 11 técnicos para cada mil famílias. Consta ainda do plano o fomento de R$ 2,4 mil por família, ao longo de dois anos, para apoiar a produção e a comercialização excedente dos alimentos. O pagamento será efetuado por meio do cartão do Bolsa Família.
Além disso, 253 mil famílias receberão sementes e insumos, como adubos e fertilizantes. Ampliar as compras por parte de instituições públicas e filantrópicas (hospitais, escolas, universidades, creches e presídios) e estabelecimentos privados da agricultura familiar também é objetivo do plano.
750 mil famílias terão cisternas; 257 mil receberão energia elétrica
O acesso à água para o consumo e a produção é outra ação que se fortalece com o Brasil sem Miséria. De acordo com o plano, a construção de novas cisternas para o plantio e criação de animais vai atender 600 mil famílias rurais até 2013. Também haverá um “kit irrigação” para pequenas propriedades e recuperação de poços artesianos.
No caso da água para o consumo, a proposta é construir cisternas para 750 mil famílias nos próximos dois anos e meio. Desde 2003, o governo destinou recursos para a construção de 340 mil cisternas na região do semiárido.
Outra iniciativa é a implantação de sistemas complementares e coletivos de abastecimento para 272 mil famílias. Todas essas ações irão contemplar populações rurais dispersas ou que vivem em áreas mais adensadas e com acesso a fontes hídricas.
O plano definiu também que mais 257 mil famílias terão acesso à energia elétrica até 2014. Esse quantitativo foi obtido a partir de cruzamento dos dados da população extremamente pobre, levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o cadastro das empresas de energia.
Bolsa Verde: R$ 300 para preservação ambiental
O governo federal vai criar um programa de transferência de renda para as famílias, em situação de extrema pobreza que promovam a conservação ambiental nas áreas onde vivem e trabalham. É o Bolsa Verde, que pagará, a cada trimestre, R$ 300 por família que preserva florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável. O valor será transferido por meio do cartão do Bolsa Família.
Mais 800 mil no Bolsa Família; limite de benefícios por filho aumentará de 3 para 5
O Brasil Sem Miséria vai incluir no Bolsa Família 800 mil famílias que atendem as exigências de entrada no programa, mas não recebem o recurso porque ainda não estão cadastradas. Para efetuar o cadastramento, haverá um trabalho pró-ativo de localização desses potenciais beneficiários. O governo pretende atingir essa meta em dezembro de 2013.
Outra mudança no programa é o limite do número de crianças e adolescentes com até 15 anos para o recebimento do benefício, que hoje é de R$ 32. Antes, independentemente do número de crianças na família, a quantidade máxima de benefícios era de três. Agora, passa para cinco. Com a alteração, 1,3 milhão de crianças e adolescentes serão incluídos no Bolsa Família. Hoje, são 15,7 milhões. Da população extremamente pobre, 40% têm até 14 anos.
Em abril, o governo reajustou em 45% o valor do benefício pago às crianças nesta faixa etária. Além da expansão do programa federal, o governo está em negociação com os estados e municípios para a adoção de iniciativas complementares de transferência de renda.
Aumento de oferta de serviços públicos com qualidade
A expansão e a qualidade dos serviços públicos ofertados às pessoas em situação de extrema pobreza norteiam o Brasil sem Miséria. Para isso, o plano prevê o aumento e o redirecionamento dos programas aliados à sensibilização, mobilização e qualificação dos profissionais que atuam em diversas áreas. As ações incluirão os seguintes pontos: documentação; energia elétrica; combate ao trabalho infantil; cozinhas comunitárias e bancos de alimentos; saneamento; apoio à população em situação de rua; educação infantil; Saúde da Família; Rede Cegonha; medicamentos para hipertensos e diabéticos; tratamento dentário; exames de vista e óculos; combate ao crack e outras drogas; e assistência social, por meio dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas).
Os números do Brasil sem Miséria
Retirar 16,2 milhões da extrema pobreza Renda familiar de até R$ 70 por pessoa 59% do público alvo está no Nordeste, 40% tem até 14 anos e 47% vivem na área rural Qualificar 1,7 milhão de pessoas entre 18 e 65 anos Capacitar e fortalecer a participação na coletiva seletiva de 60 mil catadores até 2014 Viabilizar a infraestrutura para 280 mil catadores e incrementar cem redes de comercialização Aumentar em quatro vezes, elevando para 255 mil, o número de agricultores familiares, em situação de extrema pobreza, atendidos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Equipe de 11 técnicos para cada mil famílias de agricultores Fomento semestral de R$ 2,4 mil por família, durante dois anos, para apoiar a produção e a comercialização excedente dos alimentos 253 mil famílias receberão sementes e insumos 600 mil famílias terão cisternas para produção 257 mil receberão energia elétrica Construir cisternas para 750 mil famílias nos próximos dois anos e meio Implantação de sistemas complementares e coletivos de abastecimento para 272 mil famílias Bolsa Verde: R$ 300 para preservação ambientalMais 1,3 milhão de crianças e adolescentes incluídos no Bolsa Família
Bolsa Família incluirá 800 mil
Agora é divertir-se com as críticas dos mafiosos da direita reacionária e seus jornais, revistas e tvs. A mídia e seus "especialistas" , "cientistas sociais" , analistas e colunistas certamente nos divertirão com suas "análises" tal qual fizeram com o Bolsa Família. Preparem-se para o Febeapa.(Festival de besteiras que assola o país)
Aqui a cerimônia de lançamento do BRASIL SEM MISÉRIA.