Observações sobre os fatos do cotidiano. Uma pitada de bom humor extraída das vinculações da mídia e blogosfera. ESTE BLOG TEM LADO. FICA À ESQUERDA.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
quinta-feira, 28 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Padrão Globo.
"Sr Dinheiro", do Fantástico, não paga a prestação há 18 anos do apartamento onde mora.
"Sr Dinheiro" no Fantástico, ensina famílias a pagar dívidas
Consultor de economia doméstica do “Fantástico”, da Rede Globo, Luís Carlos Ewald é réu na Justiça do Rio de Janeiro. Há 18 anos, ele não paga a prestação do apartamento onde mora, na Gávea. A Delfin Crédito Imobiliário conseguiu o leilão da unidade. Mas, “por má-fé e torpeza”, segundo consta na ação, Ewald permanece no imóvel. (Da IstoÉ)
"Sr Dinheiro" no Fantástico, ensina famílias a pagar dívidas
Consultor de economia doméstica do “Fantástico”, da Rede Globo, Luís Carlos Ewald é réu na Justiça do Rio de Janeiro. Há 18 anos, ele não paga a prestação do apartamento onde mora, na Gávea. A Delfin Crédito Imobiliário conseguiu o leilão da unidade. Mas, “por má-fé e torpeza”, segundo consta na ação, Ewald permanece no imóvel. (Da IstoÉ)
domingo, 24 de abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
Vanzolini, 87 anos, sempre dando a volta por cima
FELIZ PÁSCOA A TODOS!
Hoje e amanhã, para meus amigos leitores paulistanos, uma dica imperdível. O genial e boa-praça Paulo Vanzolini – que nasceu em São Paulo, beliscou o Rio na infância e voltou pra paulicéia – comemora seus 87 anos, como sempre, dando a volta por cima , no Casa da Francisca.
Não sei por aí, mas aqui as músicas de Vanzolini – um doutor em Zoologia, titulado em Harvard, fundador da Fapesp – estão sempre rondando a cidade, onde houver um violão e bons amigos.
No Museu de Zoologia da Usp, Vanzolini organizou uma das maiores coleções de répteis do mundo. Mas na MPB, o cobra é ele! Escute só ele com o nosso querido e inesquecível Jamelão, e curta como cariocas e paulistas, ao menos da dor de cotovelo, são unha e carne.
Postado por Brizola Neto
Hoje e amanhã, para meus amigos leitores paulistanos, uma dica imperdível. O genial e boa-praça Paulo Vanzolini – que nasceu em São Paulo, beliscou o Rio na infância e voltou pra paulicéia – comemora seus 87 anos, como sempre, dando a volta por cima , no Casa da Francisca.
Não sei por aí, mas aqui as músicas de Vanzolini – um doutor em Zoologia, titulado em Harvard, fundador da Fapesp – estão sempre rondando a cidade, onde houver um violão e bons amigos.
No Museu de Zoologia da Usp, Vanzolini organizou uma das maiores coleções de répteis do mundo. Mas na MPB, o cobra é ele! Escute só ele com o nosso querido e inesquecível Jamelão, e curta como cariocas e paulistas, ao menos da dor de cotovelo, são unha e carne.
Postado por Brizola Neto
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Intelectuais israelenses apoiam Estado palestino
Sob gritos de “traidora’, a atriz israelense Hanna Maron, que perdeu uma perna num ataque palestino, leu uma declaração de intelectuais israelenses que apoiam a criação de um Estado palestino.
O evento foi realizado [ontem]diante do Hall da Independência em Tel Aviv, onde foi proclamada a independência de Israel em 1948.
A declaração foi assinada por dezenas de intelectuais, acadêmicos e personalidades públicas israelenses, em apoio à criação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967, que determinam a Faixa de Gaza como território palestino.
Os signatários, dentre os quais estão pelo menos 20 ganhadores do Prêmio Israel (o mais importante do país), afirmam que não se trata de um novo plano político, e sim de uma forma de apresentar à sociedade uma visão alternativa à postura do governo israelense
Via O Globo
Publicidade israelense
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Uma agencia de publicidade israelense fazendo propaganda de um carro que atropelou duas crianças palestinas.
O texto em hebraico diz:vamos ver quem pode nos enfrentar.
O atropelador foi um colono judeu que sequer prestou socorro às vitimas.
Sinceramente, se os publicitários israelenses entendem que esse tipo de anuncio vende, o que esperar do restante da sociedade judaica?
É triste, muito triste...
Se voce acha que é apenas uma foto montada assista ao video abaixo:
Postado por Georges Bourdoukan
quinta-feira, 21 de abril de 2011
BOM FERIADO.
Choro chorado para Paulinho Nogueira.
Um choro lindo para curtir no feriado. Boa Páscoa a todos.
Um choro lindo para curtir no feriado. Boa Páscoa a todos.
Pinga Ni Mim
DoLaDoDeLá
Quem tem liberdade tem tudo.
A gente faz piada, ri das propagandas de cerveja, mas por trás de tanta gente bonita, feliz, cantando na praia, celebrando a vida, o amor e a felicidade existe o perigo da dependência ao álcool. E o grupo mais vulnerável é justamente aquele que mais precisa de bons exemplos: os jovens. O álcool é a droga que mais causa dano à nossa sociedade. Já excedi muitas vezes e me arrependo de algumas delas. Hoje não sou contra bebida alcólica, bebo com certa frequência, mas moderadamente. No entanto, moderação não é uma palavra do vocabulário dos adolescentes, sempre tão dispostos a superar barreras e limites. Na Alemanha, por exemplo, a moda entre as meninas é embeber absorventes ínternos em vodca e em seguida inserir em suas partes íntimas. O argumento é que a droga é assimilada mais rapidamente pela mucosa, sem impregnar o hálito. A mania teria começado nos EUA, entre jovens menores de idade, impossibilitados de comprar álcool, e ganhou o nome de "slimming". Mas uma nova febre já chegou ao Brasil. A maluquice de pingar vodca nos olhos, para supostamente aumentar a sensação de embriaguez. É o "vodka eyeballing", que desidrata o globo ocular, queima a córnea e pode até causar cegueira. Em Campinas um estudante universitário acaba de fazer um transplante de córnea, mas vai carregar sequelas pelo resto da vida. Ele teria sido influenciado por um cantor de rock, num vídeo do YouTube. Agora, que belo exemplo, quando um senador da República é flagrado embriagado e se recusa a fazer o teste do bafômetro, não é mesmo?
http://maureliomello.blogspot.com/
Quem tem liberdade tem tudo.
A gente faz piada, ri das propagandas de cerveja, mas por trás de tanta gente bonita, feliz, cantando na praia, celebrando a vida, o amor e a felicidade existe o perigo da dependência ao álcool. E o grupo mais vulnerável é justamente aquele que mais precisa de bons exemplos: os jovens. O álcool é a droga que mais causa dano à nossa sociedade. Já excedi muitas vezes e me arrependo de algumas delas. Hoje não sou contra bebida alcólica, bebo com certa frequência, mas moderadamente. No entanto, moderação não é uma palavra do vocabulário dos adolescentes, sempre tão dispostos a superar barreras e limites. Na Alemanha, por exemplo, a moda entre as meninas é embeber absorventes ínternos em vodca e em seguida inserir em suas partes íntimas. O argumento é que a droga é assimilada mais rapidamente pela mucosa, sem impregnar o hálito. A mania teria começado nos EUA, entre jovens menores de idade, impossibilitados de comprar álcool, e ganhou o nome de "slimming". Mas uma nova febre já chegou ao Brasil. A maluquice de pingar vodca nos olhos, para supostamente aumentar a sensação de embriaguez. É o "vodka eyeballing", que desidrata o globo ocular, queima a córnea e pode até causar cegueira. Em Campinas um estudante universitário acaba de fazer um transplante de córnea, mas vai carregar sequelas pelo resto da vida. Ele teria sido influenciado por um cantor de rock, num vídeo do YouTube. Agora, que belo exemplo, quando um senador da República é flagrado embriagado e se recusa a fazer o teste do bafômetro, não é mesmo?
http://maureliomello.blogspot.com/
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Amor e Revolução tem que mostrar imprensa golpista
Antes de chegar ao ponto que o título deste texto anuncia, proponho ao leitor que examine artigo do único colunista da grande imprensa que me parece ter algum escrúpulo, Paulo Moreira Leite, da revista Época. O texto aborda a novela do SBT Amor e Revolução, trama que vem esquentando o clima político no Brasil.
—–
Amor e Revolução
Paulo Moreira Leite
19/04/2011
Fico feliz em constatar que a Censura sofreu uma derrota importante. Militares da reserva tentaram proibir a novela “Amor e Revolução”, do SBT, mas foram derrotados. Acho ótimo.
“Amor e Revolução” é uma novela com vários defeitos mas não se pode deixar de registar sua coragem. Não há notícia, na história da TV brasileira, de um retrato tão cru (e em certa medida cruel) da violência ocorrida nos porões do regime militar. O folhetim exibe cenas de tortura como nunca se viu, sem tratá-la como um evento incomum, mas como um dado banal da luta política no período.
É chocante, mas não deixa de ter seu mérito. O resgate de um fato verdadeiro é sempre um valor positivo — por mais que seja doloroso e inconveniente.
Outro aspecto é que a TV brasileira tem uma dívida histórica com a memória do país. As grandes redes de TV cresceram e se consolidaram durante o regime militar. Não é possível definir uma relação de causa e efeito entre o governo dos generais e a construção das redes nacionais — este processo era inevitável do ponto de vista do progresso das comunicações e iria ocorrer de qualquer maneira.
Mas ele assumiu formas peculiares em nosso país e isso se explica pelas relações promíscuas entre os canais de TV e o regime.
A Censura era uma força determinante no noticiário das emissoras, no foco da cobertura e na escolha dos assuntos. Vivia-se sob um regime de força e é assim que as coisas ocorrem numa ditadura. Mas não só. Havia também o interesse.
O regime militar favorecia e protegia seus amigos e punia quem resistisse. Um dos momentos máximos deste poder autoritário residia no momento de conceder as célebres concessões de rádio e TV. Ganhava-se uma concessão em troca de um currículo de boa vontade. Aliados do governo Goulart foram punidos e perseguidos até que tiveram de entregar os pontos.
O próprio SBT, que exibe Amor e Revolução, enquadra-se nessa categoria. Nos tempos da ditadura, chegou a criar um programa apenas para falar bem de João Figueiredo, um dos presidentes do regime militar. Considerando que desde 1988 o país tem uma nova Constituição, que proibe toda forma de censura, a iniciativa de fazer uma novela sobre um periodo tão marcante é até um pouco tardia.
Num momento em que o Planalto defende a aprovação da Comissão da Verdade, que pretende auxiliar na apuração dos crimes do regime militar, um folhetim desse tipo parece muito mais do que uma simples coincidência.
Mas não deixa de ser elogiavel.
A questão é a novela em si. Já ouvi gente dizendo que a intenção é boa. Eu acho muito fraca. O enredo não tem a envergadura de um processo histórico e trata os conflitos da época de forma simplória e reducionista. Os conflitos lembram filmes de bangue-bangue. Os diálogos são bisonhos e as disputas ideológicas, que envolvem pessoas que ajudaram a decidir o destino do país em determinado momento, são um campeonato de chavões — entre amadores.
Quem quiser entender por que o Brasil passou 20 anos sob um regime militar não irá aprender muita coisa — ou será obrigado a acreditar que tudo se resume a um conflito entre mocinhos e vilões.
Concordo que é fácil distinguir entre o certo e o errado quando se trata de comparar uma democracia com uma ditadura. Não é preciso entrar em discussões “complexas”. Mas tomar partido não basta, vamos combinar.
Os fatos da época estão lá mas não há contexto. Os personagens ficam deslocados, determinadas situações deixam de fazer sentido. Generais e estudantes de 64 fazem discursos como se estivessem em 1968. Um casal apaixonado cultiva flores no maior estilo hippie no mesmo sítio onde se preparam ações armadas.
Novelas são formas legítimas de entretenimento. Mas, quando pretendem falar de processos históricos, precisam ter uma noção mais clara de uma realidade em seu conjunto político, economico, cultural. Caso contrário, fica difícil acreditar naquilo que se vê no vídeo.
—–
Eis-me de regresso, leitor amigo, para comentar um texto, digamos, 70% honesto – o que não é marca desprezível, em se tratando da origem que tem.
Desde que estreou, no início do mês, que a novela do SBT Amor e Revolução vem sofrendo um processo que pretende desestimular o público de assisti-la. E quem empreende tal processo é a grande imprensa por razões que todos conhecem, ou seja, essa imprensa era aliada dos ditadores.
A argumentação contra a novela tem sido risível. Pode ser usada contra qualquer novela da Globo, aliás, mas só é usada contra a do SBT. Falam dos diálogos “ginasianos”, segundo um colunista da Folha de São Paulo, ou “bizonhos”, segundo o articulista da Época. A novela também conteria imprecisões históricas e seria maniqueísta, agora na visão do jornal e da revista.
Alguém, por acaso, já assistiu a um simples capítulo da novela “das oito” da Globo, por exemplo? Se verossimilhança da trama for o requisito, a novela Amor e Revolução encerra muito mais. Aquele mundinho das tramas globais tem sempre mais de 80% de brancos de aparência européia em um país em que mais da metade da população é descendente de negros. Os ricos todos, salvo o vilão de plantão, amam pobres e não são racistas, como quer Ali Kamel.
Se Paulo Moreira Leite, indiretamente empregado da Globo, quer ser realmente honesto – e ele parece que tentou ser o mais honesto dentro de suas circunstâncias de simples homem empregado em um império de comunicação –, tem que reconhecer que se formos tão exigentes com as novelas do seu patrão quanto estão sendo com a do SBT, nenhuma se salva.
O que mata essas novelas são os modelos transformados, de improviso, em atores. Essa garotada bonitinha, branquinha, loirinha, de olhinhos clarinhos e sobrenome europeu pode ser muito boa para tirar fotos, mas para dramaturgia, é um desastre. São inexpressivos, artificiais. Tudo o que sai de suas bocas, de suas expressões faciais e da linguagem corporal, soa falso.
Nesses quesitos, a novela do SBT tem tantos ou mais bons atores, que convencem, quanto as novelas da Globo.
Jaime Periard, o delegado Aranha, é assustador. Cada vez que aparece no vídeo, com sua perversidade infindável, faz o telespectador ficar tenso. O mesmo acontece com os perturbadores Filinto Guerra (Nico Puig), Fritz (Ernando Tiago) e general Lobo Guerra (Reinaldo Gonzaga). Os vilões são sempre os melhores.
Mas há, também, a convincente interpretação do eterno Claudio Cavalcanti, que interpreta o líder camponês Geraldo, uma espécie de João Pedro Stédile dos anos 1960. Em (bem) menor escala, pode-se, com alguma boa vontade, encontrar outras interpretações passáveis, ainda que sem brilho.
E todos esses colunistas da grande imprensa implicaram com um suposto “maniqueísmo” da trama da emissora de Senor Abravanel. Essa mania desses colunistas de ficarem repetindo todos as mesmas opiniões polêmicas é que responde pelos 30% do artigo de Paulo Moreira Leite que são a mais pura empulhação.
Maniqueísmo? Ora, vá se catar, Paulo! Que maniqueísmo? Você consegue fazer um filme sobre o regime de Hitler apontando defeitos nos que o combateram? A ferocidade, a demência, a vilania dele foi tão grande que qualquer menção a eventuais defeitos dos que o combateram se tornaria absolutamente irrelevante.
Imprecisões históricas? Que imprecisões? Os detratores da incômoda novela falam que não havia tortura nos primeiros anos do golpe. É piada. Quem quiser pode ler os relatos de leitores que viveram a ditadura colocados em todos os posts que escrevi sobre essa novela. Havia tortura de “comunistas” antes e depois do golpe, não só depois do AI-5.
A relevância e a coragem dessa novela, porém, foram muito bem admitidas pelo nosso estimado Paulo Moreira Leite – seu nível de honestidade intelectual, nas suas circunstâncias, chega a ser comovente.
Depois da tentativa de militares de pijama de censurarem a novela na Justiça, então, é que ela começa a ganhar a importância que tantos lhe negaram, inclusive na esquerda, quando este blog já dizia o que viria por ali. Hoje, por exemplo, vários jornais informam que, ao fim do capítulo, vai ao ar parte do longo depoimento gravado por José Dirceu. Vejam, abaixo, nota da Folha de São Paulo.
—–
Em novela, Dirceu relata maus-tratos sofridos no Dops
VERA MAGALHÃES
DE SÃO PAULO
Vai ao ar hoje, no encerramento do capítulo da novela “Amor e Revolução”, do SBT, o depoimento gravado pelo ex-ministro José Dirceu sobre sua prisão pela ditadura, em 1969, e o período em que viveu exilado em Cuba e clandestino no Brasil.
Já gravaram para a trama de Tiago Santiago nomes como Criméia Almeida, ex-guerrilheira do Araguaia, e Rose Nogueira, que dividiu a cela no Dops com a presidente Dilma Rousseff.
A participação de Dirceu é menos dramática. Ele faz uma distinção entre a época em que foi preso, quando a tortura ainda não era corrente, e o recrudescimento posterior. “Quando chegamos ao Dops houve uma sessão de pancadaria, de chutes.”
Ele narra que foram para o 4º RI, unidade do Exército em que Lamarca esteve preso, onde teria havido mais maus-tratos. “A comida era uma lavagem, a cela era pra ter pneumonia e tuberculose. Percebemos que aquilo já era prenúncio do que estaria pra começar de tortura e da ditadura”, diz Dirceu no vídeo, ao qual a Folha teve acesso.
Ele descreve as condições do congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), que levou à prisão de cerca de 800 participantes, em 1969, como “precárias”.
“Nós recebemos a informação de que o lugar estava cercado e decidimos não sair. Fomos todos presos”, conta Dirceu, que está inelegível após ser cassado pela Câmara, sob acusação de ter chefiado o mensalão. Ele é réu na ação penal do STF (Supremo Tribunal Federal).
Seu depoimento, de uma hora, deve ser usado em outros capítulos. A novela do SBT, que vai ao ar às 22h, estreou no último dia 5, com média de audiência de 7 pontos na Grande São Paulo.
—–Por sua importância, por todos os créditos que o colunista da própria imprensa golpista admitiu, Amor e Revolução precisa resolver sua única distorção histórica grave, a ocultação do papel da grande imprensa do Rio e de São Paulo que Paulo Moreira Leite admite só em alguma medida porque não trata claramente da conspiração de seus patrões com os militares e os americanos.
As benesses que o corajoso colunista da Época relata que a imprensa golpista recebeu da ditadura e a participação dessa imprensa naquela ditadura – que ele não relata –, tudo tem que ir para a telinha. Silvio Santos e o próprio autor da trama, Tiago Santiago, não podem conspurcar iniciativa tão boa com omissão tão escandalosa que nem o colunista do PIG ousou cometer por completo
http://www.blogcidadania.com.br/
terça-feira, 19 de abril de 2011
O álcool dispara? É o mercado, sem estatal pra segurar
O Globo de hoje traz chamada de primeira página afirmando que as usinas de cana-de-açúcar estão aumentando em 16% o preço do álcool em pleno início de safra, quando estes deveriam cair.
Quando se fala em usinas, nossa tendência é imaginar grandes usineiros, com seu chapelões e caras de “coronel”. Nada disso. Usineiros, hoje, são executivos, grande parte deles de grupos estrangeiros, embora do ponto de vista do poder que usufruem tenham algo de senhores de engenho.
Os 30 maiores grupos concentram quase 60% de toda a produção sucroalcooleira. E a presença estrangeira – sem considerar a gigante Cosan, associada à Shell – supera um quarto do total. A Petrobras tem, sim, participação, mas associada a grupos privados. Anos-luz distante do quase monopólio que exerce no petróleo.
E não pensem que as multis não querem posições estratégicas na produção de etanol no Brasil. Agora mesmo, a British Petroleum comprou de 83% da Companhia Nacional de Açúcar e Álcool.
Como o preço do açúcar teve uma estúpida elevação no mercado internacional – quase duplicou, em um ano - as usinas aumentaram sua produção deste produto, em detrimento do álcool. Enquanto a produção de açúcar aumentou 16,86%, a de etanol subiu 7%, apenas.
Como a demanda, com a elevação da renda e o acréscimo de carros flex na frota nacional, sobe sem parar, os grandes grupos, claro, jogam com os preços o quanto podem.
É o que dá a total liberdade de mercado. Sem a “jurássica” Petrobras para segurar preços, paga-se o preço dos lucros de mercado.
Foi mais do que bem-vinda a decisão de Dilma Rousseff de colocar a produção de álcool sob a ficalização e controle da ANP. Mas precisa ser colocada em prática já.
http://www.tijolaco.com/
segunda-feira, 18 de abril de 2011
FAÇA O QUE EU DIGO...
aiu no Globo:
Aécio Neves tem carteira de habilitação apreendida em blitz da Lei Seca
Foto: Amigos do Presidente Lula
RIO – O senador Aécio Neves (PSDB-MG) teve a Carteira Nacional de Habilitação apreendida durante uma blitz da Lei Seca, realizada na madrugada deste domingo, no Leblon. O parlamentar foi parado por volta das 3h, na esquina das ruas Bartolomeu Mitre e General San Martin, e optou por não fazer o teste do bafômetro. Os fiscais da blitz constataram que a carteira de Aécio estava com a data de validade vencida. O documento foi apreendido, e o senador foi multado em R$ 957,70.
Aécio só foi liberado ao chamar um amigo para dirigir o seu carro, uma Land Rover.
sábado, 16 de abril de 2011
TREM BALA
Trem-bala
Já reparou? Os gênios que decretaram que o Brasil não pode ter trem-bala são os mesmos reclamões que enchem o saco com a lenga-lenga do caos aéreo.
O trem-bala vai desafogar dois aeroportos que não têm mais como crescer: Congonhas e Santos Dumont. Vai também aliviar Guarulhos, Galeão e Viracopos - três dos mais movimentados do país.
Os gênios ficam calculando quantas estações de metrô dava para contruir com a grana do trem-bala. Quantos quilômetros de trem urbano. Por aí. Podiam fazer outras contas. Quantos hospitais. Quantas escolas. Quantos museus do ciclo do café. Quantas cervejarias. Demagogia pouca é bobagem.
O caso é que o Brasil não pode ter trem-bala. Não pode ter Copa do Mundo, nem Olimpíada. Não pode ter classe média ascendente. Não pode ter fábrica de Ipads. Não pode exportar mais aço e menos ferro. Não pode dar pitaco na política internacional.
Bom mesmo era o Brasil de antigamente, um bucólico país rural. Os jecas-tatus sabiam direitinho qual era o seu lugar.
http://blogjoelbueno.blogspot.com/
http://blogjoelbueno.blogspot.com/
sexta-feira, 15 de abril de 2011
O Dia que Durou 21 Anos, na íntegra
O Dia que Durou 21 Anos” de Flávio e Camilo Tavares, com documentos e imagens inéditos da conspiração que derrubou o presidente João Goulart, com a participação do Governo dos EUA, comprovada através de documentos. São três episódios, de 26 minutos cada. Uma peça imperdível para quem quer conhecer nossa história.
Assista na íntegra:
Primeira Parte
Segunda parte
Terceira parte
Assista na íntegra:
Primeira Parte
Segunda parte
Terceira parte
quinta-feira, 14 de abril de 2011
FHC, drogado e prostituído
Os jovens acima tentaram ler o artigo de FHC mas desistiram)
Sim, viver é perigoso, sobretudo ler um artigo de Fernando Henrique numa bela tarde ensolarada do Rio de Janeiro. Sobrevém-me o desejo imperioso de abandonar essa vida sóbria de blogueiro político, tornar-me um roqueiro barrada pesada, quinze quilos mais magro, o corpo tatuado, viciado em drogas e cheio de piriguetes fáceis a meu redor. Ou então passar os dias na praia, fumando maconha.
Se a política já é considerada chata pela maioria dos jovens, textos assim contribuem efetivamente para afastá-los ainda mais desse mundo. Agora entendo a juventude transviada. Agora entendo porque o jovem paulistano e carioca de classe média alta prefere cheirar cocaína a discutir política. O "papel" colombiano é menos tóxico do que este "Papel da oposição", título do artigo de FHC.
E olha que me refiro apenas ao estilo, a esse acacianismo sem-vergonha, repetindo chavões & clichês, a essa falta de originalidade, a essa debilidade politica confessa, que força o autor a apegar-se, como o lacaio mais covarde do reino, ao rabo do alazão que a mídia usa em seus ataques...
Na época do mensalão (...) ainda havia indignação diante das denúncias que a mídia fazia e os partidos ecoavam no Parlamento.
O pior, no entanto, nem é o estilo, mas o conteúdo. FHC disfarça, mas não prega outra coisa senão defender que o PSDB abrace de vez uma postura reacionária, direitista; que esqueça as duras condições em que ainda vive a maior parte da população, e apele descaradamente para o egoísmo perverso que está sempre emergindo e se renovando na psicologia social das classes médias. Qual um feiticeiro, o tucano pede a seus correligionários que busquem catarro de barata e pentelhos de rato nas casas dos "pequenos produtores e profissionais liberais de tipo antigo e novo", para lançar no caldeirão da política nacional, prometendo que dali surgirá o elixir que os tornarão poderosos e vencedores novamente.
O povo?
O povo que se dane!
O artigo de FHC chegou cercado de sensacionalismo midiático, incluindo manchete na Folha.
Mas é tanta besteira que nem a mídia consegue mais defendê-lo. Ele disse isso aí mesmo. Confiram o trecho:
Enquanto o PSDB e seus aliados persistirem em disputar com o PT influência sobre os “movimentos sociais” ou o “povão”, isto é, sobre as massas carentes e pouco informadas, falarão sozinhos. Isto porque o governo “aparelhou”, cooptou com benesses e recursos as principais centrais sindicais e os movimentos organizados da sociedade civil e dispõe de mecanismos de concessão de benesses às massas carentes mais eficazes do que a palavra dos oposicionistas, além da influência que exerce na mídia com as verbas publicitárias.
Ué, o PSDB não governa metade do país? Não tem acesso às massas através dessas instituições? É tão doloroso assim fazer o bem ao povo?
Entretanto, apesar do meu sarcarsmo meio irritado, não subestimo ninguém; nem Serra, nem FHC, nem Aécio Neves. A mídia é o quarto poder onde se instalou o Leviatã, depois que os liliputianos apearam-no, através do voto, do poder que exercia sobre os três poderes institucionais. E esses políticos tem a mídia por trás, no sentido político e pornográfico da expressão. E a grande mídia, infelizmente, ainda tem muito poder.
A única bandeira concreta defendida por FHC, afora suas platitudes enervantes, é defender a descriminalização da maconha, por incrível que pareça. E pede que o PSDB assuma esta bandeira, o que seria deveras engraçado, em vista do namoro do partido com segmentos ultraconservadores da sociedade. Mesmo neste caso, porém, é uma postura tímida, pelo menos em comparação a do governador Sérgio Cabral (RJ), que vai muito mais longe e defende a liberação e legalização das drogas, no Brasil e no mundo inteiro.
FHC devia defender também a liberação do uso da anfetamina, sobretudo para jovens que pretendam ler seus artigos, pois seria uma excelente maneira de evitar que durmam no meio do texto. Pensando bem, deixemo-los dormir. Não perderão nada.
http://oleododiabo.blogspot.com/
Escrito por Miguel do Rosário
quarta-feira, 13 de abril de 2011
CHUPA ESTA , PIG (Partido da Imprensa Golpista)
A Dilma foi visitar a China, começou a cornetagem. Ela não vai ter coragem de falar em direitos humanos. Essa viagem não vai dar em nada. A China e o Brasil não têm interesses em comum. A China não vai abrir a boca sobre o Conselho de Segurança da ONU.
Aí sai o comunicado conjunto dos dois países. A China apoia a aspiração brasileira a ter assento permanente no Conselho de Segurança.
E tem mais: Brasil e China vão cooperar em ciência e tecnologia. A China quer nossos produtos manufaturados. A China vai comprar aviões da Embraer. A empresa que fabrica Ipads na China vai abrir filial aqui. Etc, etc, etc.
Os entendidos não entendem nada.
Hoje de manhã, na CBN, o desconforto do Carlos Alberto Sardenberg dava pena. Afinal, ele tinha garantido que a missão diplomática da Dilma ia dar num rotundo fracasso. No desespero, ele tentou minimizar:
- É importante dizer que a fábrica de Ipads que vem para cá é só uma montadora. O importante é o desenho da máquina. O desenho vai continuar nos Estados Unidos.
O Sardenberg quer que a Apple saia do Vale do Silício e venha para o Vale do Jequitinhonha...
Postado por Joel Bueno
China investirá R$ 18,9 bilhões em produção de telas para iPad e celulares no Brasil
Silvia Salek
Enviada especial da BBC Brasil à China
O projeto é um dos mais importantes anunciados durante a visita
A presidente Dilma Rousseff anunciou na China um projeto de investimento na área de tecnologia da informação no Brasil pela Foxconn de US$ 12 bilhões (cerca de R$18,9 bilhões) em seis anos.
O investimento seria para a instalação da produção de telas usadas em equipamentos como celulares de terceira geração e iPads. A Foxconn é o maior fornecedor de produtos da Apple na China.
Se o investimento for concretizado, a fábrica será primeira do tipo do Hemisfério Ocidental.
Dando mais detalhes sobre o projeto, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, disse que o investimento vai gerar 100 mil empregos, entre eles para 20 mil engenheiros. Além disso, a Foxconn, que ainda não escolheu local para o investimento no Brasil, construiria uma ” cidade do futuro” para 400 mil pessoas, onde seria instalada a fábrica.
“Precisa de fibra ótica, infraestrutura, banda larga. É algo extremamente sofisticado”, disse Mercadante, listando parte do que o governo ainda precisaria fazer.
Ele destacou ainda que o acordo para o investimento inclui pontos fundamentais para o governo como transfer ência de tecnologia e sócio brasileiro (o que ainda não foi definido). Este sócio entraria com parte dos recursos, mas, segundo o ministro, a Foxconn está disposta a investir “pesado”.
O volume de investimento prometido pela Foxconn, que seria distribuído ao longo de um período, equivale a quase o total de investimentos da China no Brasil em todo o ano de 2010, quando o país, segundo levantamento da entidade americana Heritage Foundation, que acompanha o destino final dos investimentos chineses, recebeu cerca de US$ 13 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) de investidores diretos vindos da China.
A maior parte desses investimentos, 85%, foram para áreas de recursos naturais, como petróleo e mineração.
Comemoração
A promessa de investimento da Foxconn foi comemorada pelo governo como mais um êxito na tentativa de atrair para o Brasil investimentos para a geração e maior valor agregado.
A presidente citou ainda os investimentos, também no ramo da tecnologia da informação, da Huawei e da ZTE, entre US$ 300 milhões (R$ 473 milhões) e US$ 400 milhões (R$ 630 milhões) e também um investimento de US$ 300 milhões (R$ 473 milhões) na construção de uma planta de processamento de soja na Bahia.
A presidente comemorou também o documento assinado por ela e o presidente chin ês, Hu Jintao, que assume o compromisso de tentar atender à principal demanda do Brasil nesta viagem: a diversificação da relação entre Brasil e China.
Em dois discursos, antes de se encontrar com Hu Jintao, Dilma Rousseff destacou a necessidade de se inciar um novo capítulo na relação com a China com investimentos em áreas que agreguem valor à cadeia produtiva brasileira e mais abertura no mercado chinês a produtos brasileiros que não sejam apenas commodities.
Em um de seus discursos, no semin ário empresarial do qual participou, a presidente chegou a dizer que nenhum país pode alcançar a prosperida à custa de outros.
O documento, assinado pelos dois presidentes, faz várias referências – menos incisivas – à questão.
“A parte chinesa manifestou disposição de incentivar suas empresas a ampliar a importação de produtos de maior valor agregado do Brasil”, diz o documento.
Na área de investimentos, o memorando diz que os dois lados “comprometeram-se a ampliar e a diversificar investimentos rec íprocos em particular na indústria de alta tecnologia, automotiva, nos setores de energia, mineração, logística, sob forma de parcerias entre empresas chinesas e brasileiras”. Também falaram da importância de “estratégias comuns para agregar valor a produtos alimentares agrícolas”.
Se na busca por mais equilíbrio na relação entre os dois países houve avanços, pelo menos nas promessas expressas pelo documento, em outros pontos importantes da relação bilateral, não houve novidades.
Questão pendente
O Brasil não reconheceu o status da China como economia de mercado, uma questão pendente, desde que o governo Lula prometeu o reconhecimento do status em 2004. Entre analistas chineses, havia expectativa de que, com uma solução para o caso da Embraer na China, o Brasil cedesse e pudesse mudar a posição de protelar o reconhecimento oficial.
Um acordo permitiu que a Embraer mantivesse sua fábrica em Harbin, na China, após conseguir licença do governo para produzir no país jatos executivos Legacy, que não competem com o objetivo do governo chinês de desenvolver seu próprio avião comercial de grande porte.
O documento, no entanto, diz que ” a parte brasileira reafirmou o compromisso de tratar de forma expedita a questão do reconhecimento da China como economia de mercado”.
Do lado chinês, não houve apoio explícito à candidatura do Brasil a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU em uma eventual reforma da organização.
A diplomacia brasileira, no entanto, interpretou como um bom sinal palavras presentes no texto como “A China atribui alta importância à influência e ao papel que o Brasil, com maior país em desenvolvimento do Hemisfério Ocidental, tem desempenhando em assuntos regionais e internacionais, e compreende e apoia a aspiração brasileira de vir a desempenhar papel mais proeminente nas Nações Unidas”.
O documento prev ê ainda a ida de uma missão empresarial chinesa ao Brasil no primeiro semestre de 2011 para, segundo o memorando, promover a diversificação do comércio bilateral e investimento recíproco.
Dilma Rousseff e a delegação brasileira, que ficam na China até sábado, assinaram mais de 20 acordos de cooperação em diversas áreas.
Aí sai o comunicado conjunto dos dois países. A China apoia a aspiração brasileira a ter assento permanente no Conselho de Segurança.
E tem mais: Brasil e China vão cooperar em ciência e tecnologia. A China quer nossos produtos manufaturados. A China vai comprar aviões da Embraer. A empresa que fabrica Ipads na China vai abrir filial aqui. Etc, etc, etc.
Os entendidos não entendem nada.
Hoje de manhã, na CBN, o desconforto do Carlos Alberto Sardenberg dava pena. Afinal, ele tinha garantido que a missão diplomática da Dilma ia dar num rotundo fracasso. No desespero, ele tentou minimizar:
- É importante dizer que a fábrica de Ipads que vem para cá é só uma montadora. O importante é o desenho da máquina. O desenho vai continuar nos Estados Unidos.
O Sardenberg quer que a Apple saia do Vale do Silício e venha para o Vale do Jequitinhonha...
Postado por Joel Bueno
China investirá R$ 18,9 bilhões em produção de telas para iPad e celulares no Brasil
Silvia Salek
Enviada especial da BBC Brasil à China
O projeto é um dos mais importantes anunciados durante a visita
A presidente Dilma Rousseff anunciou na China um projeto de investimento na área de tecnologia da informação no Brasil pela Foxconn de US$ 12 bilhões (cerca de R$18,9 bilhões) em seis anos.
O investimento seria para a instalação da produção de telas usadas em equipamentos como celulares de terceira geração e iPads. A Foxconn é o maior fornecedor de produtos da Apple na China.
Se o investimento for concretizado, a fábrica será primeira do tipo do Hemisfério Ocidental.
Dando mais detalhes sobre o projeto, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, disse que o investimento vai gerar 100 mil empregos, entre eles para 20 mil engenheiros. Além disso, a Foxconn, que ainda não escolheu local para o investimento no Brasil, construiria uma ” cidade do futuro” para 400 mil pessoas, onde seria instalada a fábrica.
“Precisa de fibra ótica, infraestrutura, banda larga. É algo extremamente sofisticado”, disse Mercadante, listando parte do que o governo ainda precisaria fazer.
Ele destacou ainda que o acordo para o investimento inclui pontos fundamentais para o governo como transfer ência de tecnologia e sócio brasileiro (o que ainda não foi definido). Este sócio entraria com parte dos recursos, mas, segundo o ministro, a Foxconn está disposta a investir “pesado”.
O volume de investimento prometido pela Foxconn, que seria distribuído ao longo de um período, equivale a quase o total de investimentos da China no Brasil em todo o ano de 2010, quando o país, segundo levantamento da entidade americana Heritage Foundation, que acompanha o destino final dos investimentos chineses, recebeu cerca de US$ 13 bilhões (cerca de R$ 20 bilhões) de investidores diretos vindos da China.
A maior parte desses investimentos, 85%, foram para áreas de recursos naturais, como petróleo e mineração.
Comemoração
A promessa de investimento da Foxconn foi comemorada pelo governo como mais um êxito na tentativa de atrair para o Brasil investimentos para a geração e maior valor agregado.
A presidente citou ainda os investimentos, também no ramo da tecnologia da informação, da Huawei e da ZTE, entre US$ 300 milhões (R$ 473 milhões) e US$ 400 milhões (R$ 630 milhões) e também um investimento de US$ 300 milhões (R$ 473 milhões) na construção de uma planta de processamento de soja na Bahia.
A presidente comemorou também o documento assinado por ela e o presidente chin ês, Hu Jintao, que assume o compromisso de tentar atender à principal demanda do Brasil nesta viagem: a diversificação da relação entre Brasil e China.
Em dois discursos, antes de se encontrar com Hu Jintao, Dilma Rousseff destacou a necessidade de se inciar um novo capítulo na relação com a China com investimentos em áreas que agreguem valor à cadeia produtiva brasileira e mais abertura no mercado chinês a produtos brasileiros que não sejam apenas commodities.
Em um de seus discursos, no semin ário empresarial do qual participou, a presidente chegou a dizer que nenhum país pode alcançar a prosperida à custa de outros.
O documento, assinado pelos dois presidentes, faz várias referências – menos incisivas – à questão.
“A parte chinesa manifestou disposição de incentivar suas empresas a ampliar a importação de produtos de maior valor agregado do Brasil”, diz o documento.
Na área de investimentos, o memorando diz que os dois lados “comprometeram-se a ampliar e a diversificar investimentos rec íprocos em particular na indústria de alta tecnologia, automotiva, nos setores de energia, mineração, logística, sob forma de parcerias entre empresas chinesas e brasileiras”. Também falaram da importância de “estratégias comuns para agregar valor a produtos alimentares agrícolas”.
Se na busca por mais equilíbrio na relação entre os dois países houve avanços, pelo menos nas promessas expressas pelo documento, em outros pontos importantes da relação bilateral, não houve novidades.
Questão pendente
O Brasil não reconheceu o status da China como economia de mercado, uma questão pendente, desde que o governo Lula prometeu o reconhecimento do status em 2004. Entre analistas chineses, havia expectativa de que, com uma solução para o caso da Embraer na China, o Brasil cedesse e pudesse mudar a posição de protelar o reconhecimento oficial.
Um acordo permitiu que a Embraer mantivesse sua fábrica em Harbin, na China, após conseguir licença do governo para produzir no país jatos executivos Legacy, que não competem com o objetivo do governo chinês de desenvolver seu próprio avião comercial de grande porte.
O documento, no entanto, diz que ” a parte brasileira reafirmou o compromisso de tratar de forma expedita a questão do reconhecimento da China como economia de mercado”.
Do lado chinês, não houve apoio explícito à candidatura do Brasil a uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU em uma eventual reforma da organização.
A diplomacia brasileira, no entanto, interpretou como um bom sinal palavras presentes no texto como “A China atribui alta importância à influência e ao papel que o Brasil, com maior país em desenvolvimento do Hemisfério Ocidental, tem desempenhando em assuntos regionais e internacionais, e compreende e apoia a aspiração brasileira de vir a desempenhar papel mais proeminente nas Nações Unidas”.
O documento prev ê ainda a ida de uma missão empresarial chinesa ao Brasil no primeiro semestre de 2011 para, segundo o memorando, promover a diversificação do comércio bilateral e investimento recíproco.
Dilma Rousseff e a delegação brasileira, que ficam na China até sábado, assinaram mais de 20 acordos de cooperação em diversas áreas.
terça-feira, 12 de abril de 2011
"Uma das donzelas virou presidente; estávamos certas"
Este vídeo, que peguei no blog do Miro, um depoimento de Rose Nogueira ao SBT, é muito emocionante, porque através dele podemos imaginar o sofrimento de Dilma Rousseff, nossa presidente, na chamada Torre das Donzelas, onde algumas mulheres foram presas e torturadas durante a ditadura. A mesma ditadura que a Folha chamou de "branda". Podemos entender porque Dilma tem uma visão de direitos humanos menos, digamos, "política" do que Lula, e, como explicou Marco Aurélio Garcia, mais combativa e rigorosa em relação à tortura, seja em Guantánamo, Arábia Saudita, Irã, ou nas prisões brasileiras.
Miguel do Rosário
Miguel do Rosário
segunda-feira, 11 de abril de 2011
domingo, 10 de abril de 2011
sábado, 9 de abril de 2011
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Luto eterno pela inocência perdida
Miguel do Rosário
Não tenho o que comentar sobre essa tragédia ocorrida no Rio. Nem acho que existam explicações satisfatórias. Para mim, é algo que emerge lá do fundo negro e diabólico da alma humana. A única resposta para isso é o amor, a arte, o carinho, a poesia. Não adianta culpar os filmes americanos, a internet, a mídia, o governo, a educação. Esses monstros surgem do nada, imprevisivelmente, nas melhores famílias. Nas cidades mais pacatas e nos países mais desenvolvidos. Infelizmente, um deles nasceu aqui.
Evidentemente, muitas besteiras serão ditas. Preconceitos vêm à tôna. Intelectuais darão opiniões apressadas, porque raramente admitem que não sabem, que estão tão perplexos como nós.
Não sei, realmente, o que dizer. Vou arriscar um poema:
nas entranhas, sufocado pelo sangue,
o verme se agita
sem amor, sem compaixão,
ele simplesmente se agita
e talvez gritasse,
se soubesse gritar
é quase isso, porém.
o berro de um verme
preso no meio das entranhas
ensanguentadas de uma criança
uma criança, meu deus,
tão linda como uma praia,
uma manhã de sol
de temperatura amena
e ar úmido
em frente ao mar sereno
o mar azul e livre
livre qual uma criança
sem entranhas
sem vermes
sem vida
falam em religiões,
em deus,
em doenças psiquiátricas,
mas esquecem do principal
das entranhas sujas
e dos vermes
estranhos que nelas
se debatem, ariscos,
quase felizes em sua agonia
de monstros em seu habitat
não haverá mais belas manhãs,
o Rio perdeu sua inocência
o Rio perdeu o amor
o Rio perdeu a esperança
A cidade se debruça
à bordo de suas montanhas,
vomita sobre todos nós
e depois chora
copiosamente.
chores também, você,
a sua vida perdida
o luto eterno
a morte que nos espreita
sem ligar se o dia é belo
ou se as meninas são belas
o rio morreu nesta quinta-feira
baleado na cabeça
por um psicopata filhodaputa
que pagará no inferno
dez milhões de anos
mastigado lentamente pelo próprio chefe
dos subterrâneos incendiados
inconsoláveis
acordaremos amanhã
semimortos
como zumbis,
e perambularemos pelas ruas
vazias de sentido
como quem vagueia
perplexo
por uma cidade destruída por uma bomba
e ainda cheia de radioatividade
vamos dormir então
por uns bons anos
tornarmo-nos alcóolatras
bater em nossos filhos
enganar os amigos
pois a moral e o amor já não tem sentido
expulsamos os anjos
do paraíso,
e os substituimos
por homens cínicos
e armados
as entranhas já estão corroídas
pelos vermes
pela tristeza
e pela maldade
adentremos o inferno,
as entranhas em fogo
o coração frio
sem ouvir os gritos
das crianças
sem ouvir nosso próprio grito
de desespero
e desesperança
mas depois fugiremos
de novo para cima
para a luz
e costuraremos o abdômem
rompido, por onde elas
as entranhas, nos escapavam
e talvez dormiremos
ao ar livre,
o coração batendo muito forte
por causa da fuga
e pela emoção também
de estarmos vivos
e sermos novamente pessoas boas
cidadãos notáveis
que culpam a mídia e o governo
e dormem um sono pesado
após a cachaça da terça-feira
mas acordarás de madrugada
para vomitar
assim como a cidade
vomita sobre você do alto dos picos da tijuca
então pegará os jornais pela manhã
pingando sangue, e na cozinha,
ralando cenoura e cortando o tomate,
esquecerás dos anjinhos
que nunca leram dante
as mocinhas bonitas
que podiam se tornar suas amigas
daqui a alguns anos.
concentrar-te-ás somente na faca
laminando o tomate
lentamente
cruelmente
eternamente.
Não tenho o que comentar sobre essa tragédia ocorrida no Rio. Nem acho que existam explicações satisfatórias. Para mim, é algo que emerge lá do fundo negro e diabólico da alma humana. A única resposta para isso é o amor, a arte, o carinho, a poesia. Não adianta culpar os filmes americanos, a internet, a mídia, o governo, a educação. Esses monstros surgem do nada, imprevisivelmente, nas melhores famílias. Nas cidades mais pacatas e nos países mais desenvolvidos. Infelizmente, um deles nasceu aqui.
Evidentemente, muitas besteiras serão ditas. Preconceitos vêm à tôna. Intelectuais darão opiniões apressadas, porque raramente admitem que não sabem, que estão tão perplexos como nós.
Não sei, realmente, o que dizer. Vou arriscar um poema:
nas entranhas, sufocado pelo sangue,
o verme se agita
sem amor, sem compaixão,
ele simplesmente se agita
e talvez gritasse,
se soubesse gritar
é quase isso, porém.
o berro de um verme
preso no meio das entranhas
ensanguentadas de uma criança
uma criança, meu deus,
tão linda como uma praia,
uma manhã de sol
de temperatura amena
e ar úmido
em frente ao mar sereno
o mar azul e livre
livre qual uma criança
sem entranhas
sem vermes
sem vida
falam em religiões,
em deus,
em doenças psiquiátricas,
mas esquecem do principal
das entranhas sujas
e dos vermes
estranhos que nelas
se debatem, ariscos,
quase felizes em sua agonia
de monstros em seu habitat
não haverá mais belas manhãs,
o Rio perdeu sua inocência
o Rio perdeu o amor
o Rio perdeu a esperança
A cidade se debruça
à bordo de suas montanhas,
vomita sobre todos nós
e depois chora
copiosamente.
chores também, você,
a sua vida perdida
o luto eterno
a morte que nos espreita
sem ligar se o dia é belo
ou se as meninas são belas
o rio morreu nesta quinta-feira
baleado na cabeça
por um psicopata filhodaputa
que pagará no inferno
dez milhões de anos
mastigado lentamente pelo próprio chefe
dos subterrâneos incendiados
inconsoláveis
acordaremos amanhã
semimortos
como zumbis,
e perambularemos pelas ruas
vazias de sentido
como quem vagueia
perplexo
por uma cidade destruída por uma bomba
e ainda cheia de radioatividade
vamos dormir então
por uns bons anos
tornarmo-nos alcóolatras
bater em nossos filhos
enganar os amigos
pois a moral e o amor já não tem sentido
expulsamos os anjos
do paraíso,
e os substituimos
por homens cínicos
e armados
as entranhas já estão corroídas
pelos vermes
pela tristeza
e pela maldade
adentremos o inferno,
as entranhas em fogo
o coração frio
sem ouvir os gritos
das crianças
sem ouvir nosso próprio grito
de desespero
e desesperança
mas depois fugiremos
de novo para cima
para a luz
e costuraremos o abdômem
rompido, por onde elas
as entranhas, nos escapavam
e talvez dormiremos
ao ar livre,
o coração batendo muito forte
por causa da fuga
e pela emoção também
de estarmos vivos
e sermos novamente pessoas boas
cidadãos notáveis
que culpam a mídia e o governo
e dormem um sono pesado
após a cachaça da terça-feira
mas acordarás de madrugada
para vomitar
assim como a cidade
vomita sobre você do alto dos picos da tijuca
então pegará os jornais pela manhã
pingando sangue, e na cozinha,
ralando cenoura e cortando o tomate,
esquecerás dos anjinhos
que nunca leram dante
as mocinhas bonitas
que podiam se tornar suas amigas
daqui a alguns anos.
concentrar-te-ás somente na faca
laminando o tomate
lentamente
cruelmente
eternamente.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
terça-feira, 5 de abril de 2011
sábado, 2 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Assinar:
Postagens (Atom)