segunda-feira, 21 de outubro de 2013

R$1 Trilhão em 30 anos



resultado

Os números finais do leilão de Libra

21 de outubro de 2013 | 16:56

Antes de comentar o resultado do leilão, publico os cálculos das participações do Estado, do consórcio e da Petrobras no rateio do petróleo do campo de Libra, segundo o resultado do leilão.
Prevalece nos cálculos a oferta média do edital, calculada para poços com vazão de 10 mil barris diários e preço do petróleo a 100 dólares o barril.
Receita bruta por barril (A) US$ 100
Royalties (B=15%*A) US$15
Custos de Extração (C)  US$30
Receita líquida (D=A-B-C) US$ 55
Óleo Governo (E=41,65%*D) – US$ 22,91
Óleo Consórcio (F=D-E)  US$ 32,09
Imposto Renda (G=25%*F)   US$ 8,02
CSLL (H=9%*F)   US$ 2,89
Lucro Final do Consórcio (I=F-G-H) US$ 21,18 (30,2%)
Parcela da Petrobras no Lucro do Consórcio (40%) – US$ 12,05
Fatia do Governo s/ dividendos (L=B+E+G+H)  US$ 48,82 (69,8%)
Dividendos governamentais sobre lucro da Petrobras(48%) – US$ 5,76
Fatia do Governo com dividendos da Petrobras – US$ 53,05 (75,79%)
Receita governamental sobre reserva estimada de 10 bilhões de barris = 488,2 bilhões de dólares.
Custo de produção ( equipamentos, pessoal, insumos, dutos, sondas, navios-tanque, etc) – 300 bilhões de dólares.
Lucro do consórcio: 211,8 bilhões de dólares, sendo 120,5 bilhões da Petrobras, dos quais 48% (57,84 bilhões) correspondem a dividendos governamentais.

Por: Fernando Brito
Segunda-feira, 21 de outubro de 2013 às 16:42

Brasil terá ganho de R$ 1 trilhão com Campo de Libra

Consórcio formado pelas empresas Shell, Total, CNPC, CNOOC e Petrobras foi o vencedor da 1ª rodada de licitação do pré-sal, do Campo de Libra, localizado na Bacia de Campos. Créditos: Fernando Frazão / ABr
Consórcio formado pelas empresas Shell, Total, CNPC, CNOOC e Petrobras foi o vencedor da 1ª rodada de licitação do pré-sal, do Campo de Libra, localizado na Bacia de Campos. Créditos: Fernando Frazão / ABr
O consórcio formado pela Petrobras, pelas empresas chinesas CNPC e CNOOC, a anglo-holandesa Shell e a francesa Total arrematou, na tarde desta segunda-feira (21), no Rio de Janeiro, a concessão para exploração de petróleo e gás natural do Campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Campos. O grupo propôs ofertar à União a parcela mínima de 41,65% do óleo excedente a ser produzido no local. Segundo a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Magda Chambriard, em 30 anos, o Campo de Libra trará como resultado para o governo brasileiro um montante na ordem de R$ 1 trilhão.
CNPC, CNOOC e Petrobras têm 10% do grupo cada uma. Shell e Total têm 20% cada. Os 30% restantes também cabem à Petrobras, que entra como operadora do consórcio. O grupo vai pagar um bônus de R$ 15 bilhões de reais ao governo e planeja um investimento mínimo de R$ 610 milhões no campo, que tem 1,5 mil km quadrados. Chambriard disse que a participação de empresas de três continentes mostra o sucesso do leilão. “Fazem parte do consórcio vencedor as empresas com o 2º, 3º, 7º, 8º, e 10º maior valor de mercado do mundo entre as petroleiras. Sucesso maior que esse é difícil de imaginar”, afirmou Chambriard.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse estar satisfeito com o resultado do leilão. “Nunca houve no mundo um bônus de assinatura tão grande como este. Esse consórcio vai realizar investimentos pesados. Só comparece a um leilão como esse quem acredita no potencial. Portanto, foi êxito total”, afirmou. Antes da realização da primeira rodada do leilão do pré-sal, Lobão congratulou os participantes, afirmando que Libra será um divisor de águas entre o passado e o futuro em matéria de exploração de petróleo no país. “Esse é um tempo novo que se abre no Brasil”, disse o ministro sobre a primeira licitação brasileira sob o modelo de partilha.
O ministro lembrou que, com a descoberta do pré-sal, o Brasil mais do que dobrou seu estoque de petróleo certificado. “Saímos de 12 bilhões e superamos os 25 bilhões de barris de petróleo certificado. E há expectativa de aumentarmos ainda mais”, disse Lobão.
campo-de-libra350Segundo ele, a vantagem deste campo, que está entre os maiores do mundo, é que há recursos imensos concentrados em uma pequena área, à disposição do povo brasileiro. A ANP estima que Libra tenha entre 8 e 12 bilhões de barris recuperáveis de petróleo. Por isso mesmo, explicou Lobão: “Gastamos tanto tempo com estudos, na Presidência da República e no ministério, a respeito deste assunto. Queríamos uma lei que fosse capaz de servir melhor aos mais legítimos interesses do povo brasileiro”.
Com esse leilão, acrescentou o ministro, “queremos praticar aquilo que o povo deseja: colocar o Brasil entre os países mais desenvolvidos em educação e saúde do mundo, com geração de empregos na indústria naval, em serviços e em toda a sociedade”.

Posted: 21 Oct 2013 07:08 AM PDT
Para Marco Antônio Martins Almeida, secretário de Petróleo e Gás Natural do Ministério de Minas e Energia, o Brasil dá um grande passo nesta segunda-feira (21), com o leilão do Campo de Libra. Em conversa com o Blog do Planalto, o secretário classificou a área, que inicia o modelo de partilha, como um marco.
“Nós poderemos falar que o Brasil é um antes do novo modelo de partilha, e será outro depois do novo modelo de partilha [...] O Brasil dá um grande passo para o seu desenvolvimento, para o desenvolvimento da sua sociedade, e para a melhoria da condição de vida de toda a população”, afirmou.
O Campo de Libra está localizado a 170 km do litoral do estado do Rio de Janeiro, na Bacia de Santos, e possui uma área de cerca de 1,5 mil km quadrados – a maior ofertada em leilão em todos os tempos, no mundo inteiro. De acordo com Marco Antônio, só a parcela do óleo lucro pode chegar a R$ 730 bilhões ao longo do contrato de 35 anos. O secretário disse que a expectativa é de que, após a assinatura do contrato ao final do ano, a produção de petróleo tenha início entre cinco e oito anos.
A estimativa é de que o óleo recuperável na área leiloada varie de 8 a 12 bilhões de barris, com pico de produção de 1,4 milhão de unidades por dia, em 15 anos. Para efeito de comparação, a produção total do Brasil hoje chega a 2 milhões de barris por dia.
“A área de Libra vai propiciar um volume enorme de recursos para o governo brasileiro. Metade desses recursos deverá ser destinada para a saúde e educação, é a parcela do óleo lucro que fica com a União. A outra metade vai para um fundo social, que é um fundo soberano, cujo rendimento será aplicado nas diversas áreas do país: saúde, educação, combate à pobreza, mitigação das mudanças climáticas, coisas que são extremamente importantes para toda a sociedade brasileira”, explicou o secretário.
O novo modelo
No regime de partilha de produção, a gestão das reservas exploradas e parte do óleo extraído pelas empresas ficam garantidas à União. Marco Antônio explicou a diferença entre o novo modelo e o anterior:
“O regime de partilha é um regime normalmente utilizado em áreas que têm menos risco exploratório, e onde se espera descobertas de maior porte, como é o caso do pré-sal. Nas áreas com maior risco exploratório e com expectativas de descobertas menores, adota-se o regime de concessão”.

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