Esta foto chocante, publicada na edição de hoje do caderno Planeta, do Estadão, chamou-me a atenção para a necessidade de que se ponha fim a uma das maiores hipocrisias ambientais do mundo, que é a burla à proibição do abate de baleias que, embora em vigor desde 1986, continua existindo pela caça disfarçada – aliás, nem disfarçada, como a foto prova – para a captura com finalidades científicas, que é praticada pelo Japão, pela Noruega e pela Islândia.
O Brasil, felizmente, é um dos países mais avançados neste tipo de proteção. Não apenas encerramos a caça baleeira em 1986, ano da moratória internacional, como, ano passado, o presidente Lula baixou um decreto que torna as águas territoriais brasileiras um santuário para baleias e golfinhos e habilita o Governo brasileiro a pressionar pelo respeito – que não existe – à proibição da caça em todo o hemisfério sul do planeta. E é justamente nas águas do Sul que a captura e abate de baleiras é mais realizada pelo Japão, o principal transgressor dos acordos internacionais.
Incrível é como um atentado ambiental como este não desperte no mundo desenvolvido, tão preocupado com o meio-ambiente, nenhum tipo de reação mais dura, como gostam de ter em relação aos países mais pobres.
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