Observações sobre os fatos do cotidiano. Uma pitada de bom humor extraída das vinculações da mídia e blogosfera. ESTE BLOG TEM LADO. FICA À ESQUERDA.
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
A despedida de Cesária Évora
Cesária Évora se despede dos palcos
A cantora anunciou o encerramento de sua atividade por motivos médicos. Ela foi responsável por tornar conhecida internacionalmente a morna, gênero musical de Cabo Verde
EXPECTATIVA DE VIDA DAS MULHERES: 30 ANOS
...era vidro e se quebrou
Esses seres exóticos que se auto-intitulammasculinistas e que eu chamo carinhosamentede mascus acreditam que a vida pras mulheres acaba aos 30 anos. Até os 30, elas têm poder (sexual, que é o único poder que as mulheres podem ter), são como sereias, encantam os machos, e podem escolher com quem querem ficar. No entanto, assim que a mulher soprar as trinta velinhas do seu bolo de aniversário, ela, tal qual Cinderela à meia noite, perde todo seu feitiço (imagino a desgraça: a moça sabendo que, no dia seguinte, já não terá mais 29 anos, e vendosua vida desabar. Dá pra fazer um filme de ficção científica sobre o tema). Ela vira umabalzaca. Tudo cai. Ela se torna um traste. E aí, segundo os mascus, ela ataca homens sós na rua, à noite, desesperada por sexo (o que é um tanto estranho, já que, segundo mascus, mulher não gosta da fruta). Mas os homens honrados não dão bola pras balzacas. Eles gritam “Bem-feito!”.Eles querem mais é que elas colham o que plantaram. Se a mulher tivesse se comportado respeitavelmente quando jovem, estaria casada (o sonho de toda mulher), com filhos, cuidando da casa, com um marido que a sustente e a traia de vez em quando, mas quando homem casado sai com outras não é traição, é necessidade fisiológica, e quem não entende deve consultar qualquer artigo da psicologia evolucionista que comprova o instinto do macho em espalhar sua sementinha. Mas não. As mulheres abriram mão desse verdadeiro paraíso na Terra (casa, comida e roupa lavada por ela; filhos, marido que a sustente e saia com outras) quando cometeram a atrocidade de escolher com quem queriam transar. E mulher é que nem criança, é da natureza irracional dela, escolhe mal pacas, mas não é pra odiá-la por isso, já que mulher não foi feita pra ser odiada, e sim pra ser adestrada. Então, depois dos 30, o que pode uma mulher fazer, além de ficar sozinha e miserável reclamando dos homens, dizendo que nenhum presta? Mas pros homens não: a vida pra eles começa aos 30. Agora sim eles, que se esforçaram tanto na juventude, que trabalharam e estudaram duro, que inclusive se aprimoraram em academias de ginástica pradesenvolverem seus músculos (é verdade, gente, tá cheio de mascu que é fisioculturista), podem aproveitar o que plantaram. Sabe todas aquelas mulheres que negaram sexo pra eles quando elas eram gostosas e eles eram jovens e meigos, porém pobrinhos? Agora eles não querem mais! Agora eles podem escolher! Eles têm o poder! Agora sim vai chover mulher com menos de 30 anos na horta deles! It's raining women! Aleluia! E só um paspalho pra abrir mão desse harém e casar com apenas uma.Marriage strike e forever alone, vamos nós!
Essas frases foram compiladas de vários blogs e fóruns mascus e ajeitadas aqui pra compor uma narrativa. Como você pode ver, mascus vivem num universo alternativo. Pra mim a prova definitiva é que, no mundo deles, mulheres não são atacadas em ruas escuras à noite. Não,elas é que atacam pobres homens indefesos! Eu juro que não tô inventando porque não tenho criatividade pra tanto. Mas algumas coisas até fazem sentido, dentro da ótica misógina da nossa sociedade. O mundo em que habitamos prega que mulher deve ser bonita acima de tudo. Que essa é sua missão. Ao mesmo tempo, dita que beleza é algo que só as mulheres jovens (e magras, e brancas) têm. As mais velhas podem apenas aspirar a ser belas. Mas não conseguirão! (mas não desistam, implora a propaganda, que desconhece o raciocínio mascu). E, pro homem, beleza não importa. O que importa é dinheiro e poder, porque é isso que atrai todas as mulheres. Logo, se seguirmos essa lógica, uma mulher com mais de 30, tipo, sei lá, a Sharon Stone em Instinto Selvagem(ela estava acabadérrima aos 34 anos, quando fez o filme), não tem mais razão de viver. É como na Idade Média, em que a expectativa de vida ia até os 30. É esquisito, eu sei, que mulheres vivam cronologicamente mais que homens, mas este é o nosso destino: seremos zumbis chorando pela juventude perdida durante meio século de sobrevida. Nossa vida, vida mesmo, acabou aos 30. E daí que vamos viver até os 80? Pra que viver, se nenhum homem vai sequer nos dar bom dia? E o quê que a gente pode fazer sem homem, não é mesmo? Nada! Não consigo pensar em nenhuma coisinha! Todos ospotes de geleia ficarão fechados para sempre! Game over!
É triste a vida das mulheres. A gente tem certeza absoluta que Gisele Bunchen (já com 31 anos), se não estivesse casada com um cara que ganha muito menos que ela (explica-se: ela já estava desesperada vendo o relógio biológico bater, eteve que aceitar o primeiro Tom Brady que apareceu), atacaria esses mascus na rua escura à noite. E eles iriam recusá-la! Ou senão transar com ela, mas nunca, jamais, sob hipótese alguma, casar com uma balzaca dessas (até porque só mangina aceita filho de outro pra cuidar). E o que dizer de Marisa Tomei (46 anos), Halle Berry (45), Demi Moore (48), Sandra Bullock (47), Monica Bellucci (46), Catherine Zeta-Jones (42), Catherine Deneuve (67), Julie Christie (70), só pra citar algumas velhinhas horrendas que há muito já viram sua felicidade acabar? Não deram pra homens honrados quando eles ainda queriam vocês? Agora sofram!
Se nem essas estrelas que ainda têm emprego porque vivemos numa sociedade b*cetista conseguem conquistar o coração dolorido dos mascus, que chance temos nós, balzacas comuns? Nenhuma. Só nos resta sentar no meio fio e chorar por termos deixado passar esses ótimos partidosquando ainda podíamos escolher. Agora, acabou. Nunca mais poderemos ter essas espécimes supremas da evolução humana em nossas vidas. Chuif.
É triste a vida das mulheres. A gente tem certeza absoluta que Gisele Bunchen (já com 31 anos), se não estivesse casada com um cara que ganha muito menos que ela (explica-se: ela já estava desesperada vendo o relógio biológico bater, eteve que aceitar o primeiro Tom Brady que apareceu), atacaria esses mascus na rua escura à noite. E eles iriam recusá-la! Ou senão transar com ela, mas nunca, jamais, sob hipótese alguma, casar com uma balzaca dessas (até porque só mangina aceita filho de outro pra cuidar). E o que dizer de Marisa Tomei (46 anos), Halle Berry (45), Demi Moore (48), Sandra Bullock (47), Monica Bellucci (46), Catherine Zeta-Jones (42), Catherine Deneuve (67), Julie Christie (70), só pra citar algumas velhinhas horrendas que há muito já viram sua felicidade acabar? Não deram pra homens honrados quando eles ainda queriam vocês? Agora sofram!
Se nem essas estrelas que ainda têm emprego porque vivemos numa sociedade b*cetista conseguem conquistar o coração dolorido dos mascus, que chance temos nós, balzacas comuns? Nenhuma. Só nos resta sentar no meio fio e chorar por termos deixado passar esses ótimos partidosquando ainda podíamos escolher. Agora, acabou. Nunca mais poderemos ter essas espécimes supremas da evolução humana em nossas vidas. Chuif.
A SINCERIDADE DO "MERCADO"
A entrevista de um operador de mercados, Alessio Rastani, na BBC, está causando furor no mundo. O cidadão teve uma crise de sinceridade e disse que sonha com uma recessão para ganhar mais dinheiro.
“Não ligamos muito para como vão consertar a economia. Nosso trabalho é ganhar dinheiro com isso”.
“Os governos não controlam o mundo. O (banco) Goldman Sachs controla o mundo. O Goldman Sachs não liga para esse resgate, nem os grandes fundos.”
“Estou confiante que esse plano (de recuperação da Grécia) não vai funcionar, independentemente de quanto dinheiro (os governos) puserem. O euro vai desabar”
“Em menos de 12 meses, ativos ( dinheiro, economias) de milhões de pessoas vão desaparecer”.
A entrevistadora da BBC agradeceu a sinceridade …
Rastani disse o que todo mundo sabe e ninguém tem coragem de dizer.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
GRÉCIA E O CALOTE.
GRÉCIA: ROUBINI RECOMENDA CALOTE '
Até o final de setembro, as ruínas da Antiguidade talvez despontem como a última dimensão intacta da sociedade grega. A esperança de que os ministros das finanças do euro, reunidos na Polônia neste fim de semana, pudessem redefinir a estratégia de socorro às economias falidas da UE esfumou-se. Em rota de colisão com os apelos do próprio emissário de Obama ao encontro, Timothy Geithner, que pediu a inversão da ênfase em cortes para um programa emergencial de incentivos, a ortodoxia personificada em Angela Merkel reafirmou a doutrina da purgação: os que precisam de ajuda terão que extraí-la de seu próprio metabolismo exaurido. Aportes de recursos prometidos pelo acordo de resgate assinado com Atenas em 21 de julho somente desembarcarão nos cofres gregos mediante exudações adicionais de sangue, suor e lágrimas. E isso terá que acontecer nos próximos dias. Ou horas. Nouriel Roubini é taxativo e recomenda o calote para o país com saída do euro. Não há salvação na ortodoxia. O Estado grego já não tem mais dinheiro para pagar salários e aposentadorias. O PIB anualizado cravou uma queda superior a 7% n 2º trimestre; há 3 anos a economia grega encontra-se em recessão.O desemprego oficial tangencia os 17%. O número de suicídios saltou 40% desde o início da crise. Cidadãos desesperados se imolam em praça pública ateando fogo ao próprio corpo. A Roche suspendeu a entrega de medicamentos para tratamento de câncer aos hospitais. Motivo: falta de pagamentos. É sobre essa montanha desordenada de desespero e falência branca que a cegueira ortodoxa exige um novo degrau de cortes e renúncias. Não há qualquer remoto vestígio de racionalidade ou coerência macroeconômica nisso. Estamos no terreno das trevas, diria Maria da Conceição Tavares,ali onde a ganancia se sustenta exclusivamente pela coerção e o aniquilamento. E Papandreu sinaliza sua adesão ao butim. Depois de atear fogo ao próprio corpo, o que mais resta à sociedade grega senão ir às ruas e reassumir o controle do seu próprio destino?
(Carta Maior; 2ª feira,19/09/ 2011)
sábado, 17 de setembro de 2011
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
PENSE UM POUCO
Um soldado de Israel pisa sobre uma criança palestina.
Antes ele agrediu a mãe que carregava um bebê.
Você deve estar se perguntando.
O que Israel tem a ver com os Estados Unidos?
Tudo.
Inclusive sua sobrevivência.
A crueldade e a brutalidade praticadas pelos soldados de Israel são uma herança da pior ditadura que já surgiu neste infeliz planeta.
Sim!
Os Estados Unidos são uma ditadura brutal e cruel.
E você não se dá conta porque eles dominam a mídia e a indústria de entretimento.
Assista ao vídeo abaixo
Pergunta:
O que leva um ser humano a agir com tanta brutalidade?
Ou tamanha crueldade?
Invadem e saqueiam nações soberanas.
Assassinam centenas de milhares de seres humanos.
Pense um pouco.
Reflita um pouco.
Será que você consegue?
Um abraço.
POSTADO POR GEORGES BOURDOUKAN ÀS
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
sábado, 10 de setembro de 2011
PARA REFLETIR...
A etapa superior das corporações é o Estado Terrorista
A etapa superior do capitalismo foi o imperialismo.
A etapa superior do imperialismo foi neo-imperialismo.
A etapa superior do neo-imperialismo são as corporações.
A etapa superior das corporações é o Estado terrorista.
A etapa superior do Estado terrorista é o caos.
E do caos surgirá uma nova humanidade
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Trevas nos EUA: Perry vem aí!
por Rodrigo Vianna
A eleição de Obama – como todos sabem – foi uma reação aos terríveis anos Bush. Reação tênue. No dia mesmo que ele foi eleito, escrevi aqui que a direita nos Estados Unidos tinha sofrido uma derrota política, mas que numericamente seguia fortíssima. Depois da catástrofe dos anos Bush, os republicanos conseguiram mais de 45% dos votos totais em 2008: “o conservadorismo republicano está mais vivo que nunca. Vai se reagrupar. A direita religiosa, os intervencionistas, os imperialistas, os racistas, a horda de bárbaros que levou Bush ao poder segue firme. Despreza o que o mundo possa pensar, desconfia dos negros, dos latinos, e vai partir pra cima de Obama assim que se passarem os cem dias tradicionais de trégua no início de governo.” (foi o que escrevi em 2008).
Passada a eleição, Obama consumiu capital político para aprovar a reforma de Saúde, e nas outras áreas avançou muito pouco. Na verdade, o aparelho de Estado nos EUA parece dominado por uma sinistra aliança de interesses militares/financeiros/petroleiros (aqui no Brasil, acontece algo parecido – tal o consenso financista que domina o país; só agora, Dilma parece chacoalhar esse consenso, com a estratégia para baixar juros e reduzir o poderio dos rentistas que vivem dos títulos públicos).
No poder, Obama foi acuado pela direita, que cresce sob patrocínio do Tea Party – movimento que no Brasil Serra tentou mimetizar na eleição do ano passado, com o debate sinistro e falso (até porque - sejamos honestos – Serra não é de extrema direita, e nem é um homem religioso) que envolveu aborto e Igrejas de todos os tipos.
No debate da economia, Obama também capitulou: para evitar a moratória e conseguir no Congresso novo teto para a dívida pública, cedeu aos conservadores e evitou aumentar impostos dos mais ricos. A ideologia anti-impostos é dominante no país do Tea Party. Obama – que já foi acusado de “socialista” por aprovar um sistema público de saúde – corria o risco de ser comparado a Lênin ou Trotsky se subisse imposto, ou se aumentasse os gastos do Estado (como fez Lula diante da crise).
Parece piada. Mas a situação é dramática. Com a economia patinando, Obama corre riscos de perder a reeleição para um republicano. Que tipo de republicano? Vejam bem a situação: o homem que hoje lidera a corrida no partido adversário de Obama é um tal de Rick Perry. Ele é governador do Texas – Estado que legou ao mundo o inefável Bush Jr.
Perry aos poucos vai desbancando o até agora favorito Mitt Romney – considerado muito “moderado”. Romney é mórmon, religioso, mas não é suficientemente direitista para o gosto atual dos republicanos. E sabem por que? Porque aprovou, quando foi governador de Massachusetts, uma reforma no sistema de saúde semelhante à reforma de Obama. Ou seja: Romney é suspeito de “socialismo”.
Por isso, cresce o favoritismo de Perry. O governador do Texas é adepto de teses estranhas… No começo do ano, pediu “vigília religiosa” para que voltasse a chover no Estado. Poderia ter contratado o Cacique Cobra Coral aqui no Brasil! Depois, reuniu 30 mil pessoas para uma corrente de orações: “Orem por nossa economia! Orem por nossa economia, nossos negócios, nossos empregos!”
Esse é o homem que pode comandar a maior potência militar do planeta. Ele é visceralmente contra o aborto, contra a união gay. E acha que a economia pode reagir na base da fé. Pra completar, num debate pela TV essa semana, disse que aquecimento global é “bobagem”.
O resultado de tudo isso, eu comentava há pouco com um amigo blogueiro que viveu nos EUA: o mundo ainda terá saudade da época em que a direita norte- americana era comandada por Bush Jr. Ele era cínico, obtuso, parceiro das petroleiras, implantou a doutrina do “ataque preventivo” e ajudou a quebrar o país. Mas, ao que se saiba, nunca disse que era preciso rezar para combater seca e recessão.
Os tempos, ao que parece, não são mais de ”conservadores ilustrados” – como Churchill, De Gaulle… Mas de conservadores fundamentalistas, histriônicos, abobalhados.
Obama é o mal menor a essa altura. Mas a turma que ajudou a elegê-lo está insatisfeita com as hesitações do presidente. Obama não terá o povo na rua para a reeleição. A esperança dos democratas é que o perfil extremado dos republicanos espante o eleitor centrista, que não quer o país entregue nas mãos de loucos religiosos.
Mas isso tudo é teoria. Porque no meio do caminho há a pior crise econômica desde o crash de 29. O mundo sabe o que pode resultar dessa mistura de crise econômica, desemprego e orgulho nacional ferido. Esse coquetel, na Alemanha dos anos 30, deu no que sabemos.
Tempos de trevas estão a caminho. Pior: trevas num país que tem força militar para fazer muito estrago pelo mundo. Em nome da fé e da “civilização cristã”.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
domingo, 4 de setembro de 2011
VAIDADE E BURRICE
O rabo-de-cavalo que derrubou a rival de Maurren Maggi
Nunca a expressão “por um fio de cabelo” teve um significado tão verdadeiro e ao mesmo tempo cruel. Na disputa da final do salto em distância entre as mulheres, Nastassia Mironchyk-Ivanova fez aquele que pode ser apontado como o melhor salto de sua carreira, porém um simples rabo de cavalo parece ter tirado o ouro da atleta da Belarus no Mundial de atletismo.
A final da modalidade, que teve a brasileira Maurren Maggi em um dia infeliz, consagrou no fim de semana passado a norte-americana Brittney Reese com o primeiro lugar depois de cravar 6m82 em seu melhor salto. Neste sábado, entretanto, o jornal La Gazetta dello Sport exibiu uma imagem curiosa retirada da transmissão da rede de televisão RAI: Natassia teria superado a campeã com um salto de 6m90, não fosse o tal “fio de cabelo”.
A atleta da Belarus fez o melhor salto do Mundial de Daegu, mas pelas regras da competição, o cálculo é feito com base na parte do corpo mais próxima a tocar a areia. Ou seja, seu rabo de cavalo. Ou seja, o salto de Natassia foi registrado como 6,74, o suficiente para um modesto quarto lugar. Fica a dica para a Maurren Maggi, que também adora exibir seu rabo de cavalo nas competições: um cabelo bem preso, uma touca ou uma visita ao cabeleireiro na véspera de um Mundial pode valer a medalha de ouro.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
EXCLUSIVO .
FLAGRAMOS O REPÓRTER DA VEJA TENTANDO SE INFILTRAR NO QUARTO DE ZÉ DIRCEU
Se for crime, puna!
Editorial do jornal Brasil de Fato
Bom seria se, seguindo o exemplo vindo do Reino Unido, o país aproveitasse para reexaminar o papel e regulamentação da mídia, visando fortalecer nossa democracia
Há poucos meses ficou provado que o tabloide News of the World, de propriedade do australiano Rupert Murdoch, um magnata das comunicações, há anos promovia escutas telefônicas ilegais de pessoas influentes na política britânica. Por causa da prática criminosa o seu proprietário teve que fechar o tabloide, prestar esclarecimentos no parlamento e viu alguns diretores e jornalistas da empresa serem presos. O pedido de desculpas do magnata e todo seu poderio econômico e político foram insuficientes para evitar sua condenação na opinião pública. O escândalo, com repercussão mundial, fez com que a população continuasse exigindo a punição dos responsáveis pelo crime e que o país promova um reexame amplo do papel e da regulamentação da mídia no Reino Unido.
Nessa semana, aqui no Brasil, a revista Veja, da Editora Abril, está nas bancas com uma matéria de capa acusando o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, como sendo o poderoso chefão, dentro do PT e que conspira no governo Dilma. O conteúdo da reportagem não vai além do estilo panfletário e completamente dissociado da verdade, como costumeiramente a Veja trata todas as organizações que divergem da concepção político-ideológico da família Civita, proprietária da revista. A reportagem não tem um fiapo de informação, é só opinião, como afirma o jornalista Paulo Henrique Amorim. Não merece credibilidade uma vez que, como é sabido, a Veja mente.
Mas a forma como a reportagem foi construída merece sim a atenção da opinião pública brasileira. Como está registrado em Boletim de Ocorrência (BO) numa delegacia de polícia da Capital Federal, o repórter da revista tentou invadir o quarto do hotel onde Dirceu se hospeda.
Talvez agora a Veja saiba a diferença entre as ações de invadir e de ocupar. Tudo indica, ainda em investigações preliminares, que para ilustrar o que chama de reportagem, o jornalista instalou ilegalmente uma câmera para obter imagens dos hospedes e freqüentadores do hotel. Não há limites ao escárnio com que a semanal dos Civita trata o Estado de Direito. O sentimento de completa impunidade lhe permite praticar um jornalismo que confabula com a ilegalidade.
A mídia em geral, em colusão com a prática criminosa da revista, não dedicou uma linha para informar a opinião pública do fato ocorrido. Uma abismal diferença de quando houve a quebra do sigilo da declaração de imposto de renda de um político tucano. Essa é a liberdade de imprensa defendida pelos proprietários dos meios de comunicação. Liberdade para filtrar os acontecimentos, amplificando ou escondendo os fatos, de acordo com seus interesses próprios.
A ficha corrida da Veja é tão extensa quanto de longa data. Um grupo empresarial que cresceu sob a sombra protetora da ditadura militar, tanto aqui quanto na Argentina. Que não hesita em atacar a honra das pessoas, da forma mais vil, para atingir seus objetivos, como fez com o delegado da Policia Federal Paulo Lacerda, responsabilizado, nas páginas da revista, por ter grampeado os celulares do então presidente do STF Gilmar Mendes, e alguns parlamentares. Em momento algum apareceu o áudio dessa gravação ou qualquer outra prova de que havia ocorrido o grampo. Lacerda perdeu seu cargo na Policia Federal, a revista e seus capangas– usando palavras de um inflamado discurso do Ministro do STF Barbosa – da mentira montada permanecem completamente impunes.
O próprio presidente Lula foi vítima do exercício da mentira nas páginas da publicação do Grupo Abril. Hora o acusaram de ter vínculos econômicos com as Farcs, grupo revolucionário da Colômbia, hora de ter contas secretas em paraísos fiscais. Novamente, nada foi provado e repetiu-se a impunidade.
Até quando a população brasileira vai ser desrespeitada por essa forma de fazer jornalismo da família Civita? Quantas vezes ainda veremos essa revista abrir sua caixa de maldades, durante um processo eleitoral, às sextas-feiras, para abastecer o Jornal Nacional da Rede Globo e tentar influir determinantemente no resultado eleitoral, sem que as autoridades tomem quaisquer providências? A palavra está com quem tem o dever de apurar e, se comprovado, punir as práticas criminosas, inclusive as da mídia.
Bom seria se, seguindo o exemplo vindo do Reino Unido, o país aproveitasse para reexaminar o papel e regulamentação da mídia, visando fortalecer nossa democracia. Daquele país, em artigo de Martin Wolf publicado no Financial Times, vêm indicativos da necessidade de rever as leis de privacidade e difamação; regulamentação da imprensa; concentração da propriedade por veículos e sobre diferentes mídias; papel da mídia pública; financiamento público da mídia em geral e da produção de notícias em particular. Já seria um começo a ser seguido pelo nosso país. Se a distância ou a língua britânica servem de empecilho junto às autoridades, por que não seguir o exemplo da vizinha Argentina com sua Ley de Medios? Com a palavra o Ministro das Comunicações. Mas antes, com palavra o Ministro da Justiça, no caso da tentativa de invasão de um quarto de hotel na Capital Federal.
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