segunda-feira, 23 de maio de 2011

Milagre ! Irmã Dulce salva Cerra de sufocamento


Na foto, o milagre ! À esquerda, às gargalhadas, o deputado Aleluia (Foto: Raul Spinassé | Agência A Tarde)




Como se sabe, o Padim Pade Cerra, o do aborto (no Chile, tudo bem !), o amigão do Papa e do Bispo de Guarulhos, beatificou a Irmã Dulce.

Não fosse ele, o Papa não se teria convencido da santidade da beata da Bahia.

Foi ele quem pediu a beatificação da santa.

Na cerimônia da beatificação, lá estava o Padim.

Só que choveu.

E o Padim quase se sufoca.

Ao colocar a capa de plástico, atrapalhou-se.

Meteu os pés pelas mãos.

E só por um milagre não se fez sufocar em público.

Um milagre da Irmã Dulce, certamente.

Perceba, amigo navegante, como a cena, comovente, patética, emocionou a plateia.

Á esquerda da foto, o José Carlos Aleluia, aquele que escreveu ao reitor de Coimbra para protestar contra o título de professor Honoris Causa ao Nunca Dantes.

Aleluia se diverte.

Atrás do beato Padim, outros também riem a mais não poder.

O fotógrafo Raul Spinassé do jornal A Tarde, como se sabe, corre sério perigo.

Ou ser demitido, ou receber a maldição eterna do Padim Pade Cerra.

Ele é um jenio !


Paulo Henrique Amorim

sábado, 21 de maio de 2011

PROTESTO JOVEM NA EUROPA "MOVIMIENTO 15 M"

Acompanhe ao vivo as manifestações em Madri. 24 horas


AQUI

http://www.ustream.tv/channel/motionlook




Principal Cartel (Cartaz) no metro sol, no "Movimiento 15 M” ou dos  “Acampados de Sol”: “La revolución estaba en nuestros corazones y ahora vuela libre por las calles”
No somos antisistema,  el sistema está contra nosotros
Fin a la espiral del silencio
Techo y trabajo sin ser esclavo
Inmigrantes, vosotros sois el mar de Madrid
No es crise, es estafa
Plaza SOLución
Liberté, egalite, fraternité
Banqueros ladrones, culpable de la crises
Stop New World Order
The people have the power
Familas trabajdoras exigimos: solucionen hipotecas
Yahoo

Rebelião jovem faz Madri sumir do mapa.



Há dias venho registrando aqui o que só – perdoem – mal e porcamente a imprensa brasileira vem mostrando: a força das rebeliões jovens que, partindo da Espanha, estão se espalhando pela Europa.



Leia aqui porque Não há lugar para os jovens no Velho Mundo.


Hoje é a BBC que divulga – e só a Folha reproduz, os outros jornais nem chamadinha da página de noticiário internacional – que “cerca de 25 mil manifestantes desafiaram uma proibição do governo da Espanha e continuaram acampados durante a noite desta sexta-feira em uma praça da capital, Madri”.

A proibição decretada pela Justiça entrou em vigor à meia-noite, mas as multidões continuaram no local, e a polícia não entrou em ação para desmobilizar o protesto, diz


A manifestação começou há seis dias na praça Puerta del Sol, de Madri, com jovens espanhóis sentando-se e preparando acampamento no local, para protestar contra o indice de 45% de desemprego entre a população jovem do país.

O pior cego não é o que não quer ver. É o que não quer que vejam.





sexta-feira, 20 de maio de 2011

O agito na Espanha não é como o agito no Egito?





ocês se lembram como, há três meses, a mídia passava o dia focada nas manifestações da “Primavera Árabe” no Egito, com imagens ao vido e gravadas da Praça Tahir, no Cairo.
Tudo certo, muito bom, informação é sempre fundamental.
Por isso fico me perguntando por que as manifestações de jovens em Madri e outras cidades espanholas, que enchem há quatro dias a Porta do Sol t~em tão pouco espaço e ficam quase escondidas da opinião pública mundial.
Se no Egito era o governo de Hosni Mubarak que proibia a concentração, na Espanha é a própria Justiça quem o fez, por causa da proximidade das eleições. inutilmente, porém, porque você pode ver neste pequeno vídeo que gravei agora à tarde, que a rua encheu mesmo assim.
Aliás, a manifestação é transmitida ao vivo na internet e apesar de o sinal cair muitas vezes, você pode ver aqui. E lembre-se que lá são três horas a mais.

A midia tenta esconder.

Embrião da revolução pela nova ordem polítca social.
A OTAN e os EUA bonbardearão Madri?







 Proíbem concentrações no final de semana: protestos continuam e alastram pela Europa
Diário Liberdade- Dezenas de milhares de pessoas somaram-se à luta por uma mudança política e social nas cidades espanholas e também em Paris, Dublin, Lisboa e Berlim. Outras capitais europeias se somarão nesta sexta-feira.

O movimento, que está acampado na Porta do Sol da capital Madri, cumpriu nesta quinta-feira o quinto dia consecutivo de protestos, desafiando proibições e conseguindo milhares de pessoas se somarem à luta por uma mudança política e social no Estado espanhol e na Europa.
Os manifestantes, "unidos por uma vocação de mudança" – alguns defendem uma "refundação do sistema democrático", enquanto outros pedem uma "revolução", uma "mudança de sistema" – estão decididos a permanecer nas praças desafiando uma nova proibição da Junta Eleitoral Central para as concentrações previstas sábado e domingo, devido à jornada eleitoral municipal do dia 22, resenhou Telam.
Entretanto, em Madri, a decisão já está feita, os acampados, que pela noite tiveram que suspender a assembleia em função da chuva, já contam com mais de 90.500 assinaturas de apoio ao protesto, enquanto no Facebook mais de 203 mil pessoas "curtiram" a "Democracia Já". Também em Barcelona, mais de 50 mil cidadãos se envolveram massivamente a favor do protesto com suas assinaturas.
Inicialmente batizado como "Movimento dos Indignados" ou "Movimento do 15-M", nome dado em função do dia que começaram os protestos convocados pela plataforma "Democracia real já", avançou cada dia mais nesta semana.
A maioria está composta por jovens estudantes e desempregados ou empregados precarizados que gritam por estarem cansados de serem tratados como mercadorias políticas, e resistem serem rotulados sob alguma etiqueta política, rejeitando siglas partidárias e sindicais.
"Toma a praça" é seu novo lema e tem páginas web (http://tomalaplaza.net) onde se expressam abertamente e comunicam suas decisões.
A eles se somaram desempregados, trabalhadores da educação, da saúde, profissionais autônomos e precarizados que se consideram vítimas de uma crise econômica que eles não provocaram.
Pouco a pouco o protesto passa pelo rechaço da classe política em geral, e principalmente os dois grandes partidos espanhóis, o social liberal PSOE e o de extrema direita PP.
Frente as eleições, muitas assembleias coincidiram que cada um deverá fazer o que lhe disser sua consciência, votar ou não, ou em branco, ou aos partidos menores, mas não há posição comum.
Como proposta concreta, na Porta do Sol assembleia votou nesta quinta-feira o requerimento de mudança na lei eleitoral para instituir uma "circunscrição única", proposta contraditória que significaria uma centralização política contrária aos direitos nacionais das nações submetidas pelo atual regime monárquico espanhol. Essa proposta, surgida em Madri, já foi rejeitada por alguns acampamentos, como o de Compostela, capital da Galiza.
O programa que está tentando canalizar as reivindicações dos "indignados" tem mais de vinte pontos que devem ser consensualizados, por isso o intenso trabalho da assembleia, que até agora não concluiu uma tabela reivindicativa definitiva.
Entre as diversas propostas em pauta, encontra-se uma lei de responsabilidade política contra os corruptos (como a Ficha Limpa no Brasil), a regulação dos alugueis de habitações, espaços dignos de moradia com baixo custo, até votar entre a atual monarquia parlamentar imposta por Franco e a reinstauração de uma III República. Não temos notícia de que a defesa do elementar direito de autodeterminação das nações peninsulares sob domínio espanhol esteja sendo incorporado às reivindicações das diferentes assembleias.
As assembleias debatem esses pontos nos acampamentos que se instalaram em numerosas cidades do Estado espanhol, mais de 50, entre elas, Barcelona, Sevilha, Bilbao, Granada, Valência, Zaragoza, Vigo, León, Logroño e Murcia.
A discussão e a mobilização social também conseguiu ultrapassar as fronteiras, chegando mais além na Europa. Na quarta-feira a chamada "Spanish Revolution" chegou a Londres, Paris, Dublin, Lisboa e México, onde os espanhóis manifestaram-se em frente às embaixadas de seu país.
Através do Twitter e do grupo de Facebook "Democracia real ya", a rebelião estendeu-se nesta quinta-feira a Berlim, e também foram convocadas manifestações em frente à Embaixada da Espanha em Paris e na Praça de Maio de Buenos Aires. Todos os jovens de Roma, Bruxelas, Birmingham e Edimburgo também foram chamados ao protesto.
O protesto dos indignados, surgido de forma espontânea, apropriou-se da campanha política das eleições municipais de domingo, em que o partido governante PSOE tentará reverter as pesquisas que prognosticam uma derrocada eleitoral frente o direitista PP.
Neste contexto, o presidente do governo do Estado espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, afirmou hoje que "há que escutar" o movimento 15-M porque "há razões para que expressem esse descontentamento e essa crítica", mas remarcou que "os países tem meios democráticos" para fazê-lo. Também Cayo Lara e Izquierda Unida lançam mensagens de apoio aos acampamentos.
Na mesma linha, o líder do PP, Mariano Rajoy, disse hoje que "a regra do jogo da democracia" consiste em "retirar os governos que não estão à altura" com "o voto livre, valente e decidido".
Por sua vez, a presidenta da Comunidade de Madri, Esperanza Aguirre, do PP, que acredita que a esquerda está tentando "manipular" este movimento contra seu partido, assegurou hoje que "a democracia pode ser o pior sistema, mas é o melhor dos conhecidos para derrotar os governos que se saem mal ou muito mal".
Esta tese da ala mais dura do PP, que vê uma nova teoria da conspiração diante das eleições, está se vendo refletir nos meios de comunicação afins aos conservadores, como El Mundo, ABC, La Razón, Libertad Digital e La Gaceta, entre outros.
Os manifestantes, no entanto, trabalham intensamente para contra-atacar este tipo de informação que "manipulam" o caráter deste protesto espontâneo, que cada vez tem mais adeptos.
Concentrações continuam também na Galiza
Na Galiza, onde as mobilizações partiram da mimetização com a convocatória espanhola, continuam sucedendo-se importantes concentrações de adesão à iniciativa mobilizadora surgida no dia 15 de maio. Centenas manifestaram-se nesta quinta-feira nas cidades de Vigo, Corunha, Compostela, Ferrol e Ponte Vedra.
Tal como Izquierda Unida e o PSOE a nível espanhol, e com a jornada de eleições à vista, o BNG saltou ao palco midiático galego expressando o seu apoio às concentrações, através de seu candidato à prefeitura da Corunha, e provocando uma polêmica interna no seio do Movimento 15M, contrário à participação de siglas políticas nas suas iniciativas.
Contudo, a maior manifestação convocada nesta quinta-feira na Galiza decorreu em Ferrol, às 20 horas, e não tinha relação com as convocatórias do Movimento 15M: mais de 5.000 operários e operárias navais marcharam pelas ruas da cidade industrial galega contra a ameaça de perda de milhares de postos de trabalho no setor... mais uma expressão da crise sistêmica que alastra na Europa capitalista.
Com informações de La Radio del Sur.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O CAVALEIRO DA TRISTE FIGURA





FHC e o cavaleiro da triste figura


Por Izaías Almada, no Blog da Boitempo:


Elevado à invejável condição de conselheiro da oposição venezuelana ao presidente Hugo Chávez (provavelmente a oposição mais incompetente e retrógrada da América Latina) e tal qual um Dom Quixote às avessas, o sociólogo e ex-senador da República,Fernando Henrique Cardoso, que durante oito anos ocupou a presidência da República Federativa do Brasil, tem aproveitado alguns espaços que lhe concede a mídia nativa para deitar falação sobre aquilo que entende ser ainda da sua competência, investindo contra moinhos da sua não tão rica imaginação.


Conhecido por sua capacidade em ser prolixo ou mesmo de causar alguma entropia ao expressar o próprio pensamento, questão abordada com acuidade pelo pensador e humorista Millôr Fernandes, o incansável sociólogo costuma perorar contra o findo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, arriscar algumas profecias sobre o que poderá ser o governo da presidenta Dilma Roussef e, ainda sob a ressaca da derrota de seu fiel escudeiro nas últimas eleições presidenciais, arriscar opiniões sobre os caminhos que a oposição brasileira deveria trilhar nos próximos anos, como, por exemplo, deixar o povão de lado e se embrenhar mais pelos rincões da classe média de cabeça feita pela velha mídia e por alguns blogues limpinhos e cheirosos. Ou que seu partido deve se aliar ao que de mais conservador existe no cenário partidário no Brasil, o DEM.


Dele, disse há algum tempo Millôr Fernandes em um de seus implacáveis escritos:


“De uma coisa ninguém podia me acusar — de ter perdido meu tempo lendo FHC (superlativo de PhD). Achava meu tempo melhor aproveitado lendo o Almanaque da Saúde da Mulher. Mas quando o homem se tornou vosso Presidente, achei que devia ler o Mein Kampf (Minha Luta, em tradução literal) dele, quando lutava bravamente, no Chile, em sua Mercedes (“ A mais linda Mercedes azul que vi na minha vida”, segundo o companheiro Weffort, na tevê, quando ainda não sabia que ia ser Ministro), e nós ficávamos aqui, numa boa, papeando descontraidamente com a amável rapaziada do Dops-DOI-CODI.”


Como todo bom autista político, o senhor FHC diz que seu partido deve esquecer o povão. E eu pergunto: desde quando o PSDB, em especial o paulista, se preocupou com o povão? Nos anos dourados do neoliberalismo e do convescote peessedebista em São Paulo, a mídia, a classe política neoconservadora e sua particular e encomiástica turma acadêmica enchiam o peito e babavam com as sandices (sempre ditas com o ar de ciência política) proferidas pelo louvado sociólogo. Cito uma vez mais Millôr Fernandes:


“O que me impressiona é que esse homem, que escreve mal — se aquilo é escrever bem, o meu poodle é bicicleta — e fala pessimamente — seu falar é absolutamente vazio, as frases se contradizem entre si, quando uma frase não se contradiz nela mesma, é considerado o maior sociólogo brasileiro.


Nunca vi nada que ele fizesse (Dependência e Desenvolvimento na América Latina, livro que o elevou à glória, é apenas um Brejal dos Guajas mais acadêmico) e dissesse que não fosse tolice primária. “Também tenho um pé na cozinha”, “(os brasileiros) são todos caipiras”, “(os aposentados) são uns vagabundos”, “(o Congresso) precisa de uma assepsia”, “Ser rico é muito chato”, “Todos os trabalhadores deviam fazer checape”, “Não vou transformar isso (a moratória de Itamar) num fato político”. “Isso (a violência, chamada de Poder Paralelo) é uma anomia”. “E por aí vai…”


FHC é hoje uma figura patética. Uma espécie de cavaleiro da triste figura e que não tem nada de ingênuo nos seus ideais. Ele e seu fiel escudeiro José Serra nem de longe nos comovem como os personagens de Cervantes. Pelo contrário: o mundo que enxerga esse senhor e as fantasias que dele faz, apenas confirmam o seu descompasso com esse vigoroso Brasil que surgiu após o seu desastroso, entreguista, incompetente e não menos corrupto governo.


O país deveria não só esquecer o que esse senhor escreveu, mas também apagar de sua memória histórica esse personagem de tão triste figura.






terça-feira, 17 de maio de 2011

PROFESSORAS

 No dia 10/05/2011, a Professora Amanda Gurgel deixou os deputados da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte em silêncio na audiência pública, ela não fala com ódio, ela fala com a indignação que deveria também mover os políticos brasileiros para que este quadro de proletarização dos profissionais da educação tivesse alguma transformação efetiva





Maria Frô

ativismo é por aqui

Tubarões, como você nunca viu antes...

 BLOG DO BOURDOUKAN





Há mais de 450 milhões de anos que os tubarões singram os mares.

Das 490 espécies conhecidas 88 vivem em águas brasileiras.

Eles carregam o estigma da ferocidade e do medo, mas ao contrario do que se pensa, eles são pacíficos e só atacam para se alimentar ou para defender seu território.

Todos os anos são mortos cerca de 100 milhões de tubarões, principalmente para o comércio de barbatanas.

De acordo com a União de Conservação Mundial(UCN) 25 espécies  já foram extintas ou estão ameaçadas de extinção.

Pense nisso.

 E ao assistir o vídeo abaixo você, com certeza, terá outra idéia dos tubarões

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Exclusivo: Vídeo ‘proibido’ da Globo sobre Lula





O vídeo acima mostra uma retrospectiva HONESTA dos 8 anos do governo Lula, com imagens pinçadas do próprio noticiário da TV Globo.
Disseram que esta retrospectiva especial sobre os 8 anos do governo Lula iria ao ar na Globo, no início de 2011. Nunca foi até hoje.
A retrospectiva pinça as notícias importantes de fato, que causaram impacto na vida nacional, que merecem ser lembradas à luz da história. O resultado é que as notícias positivas dominam com sobra.
Se pegarmos o noticiário da TV Globo nos 8 anos do governo Lula, há apenas uns 10% destas notícias positivas (as realmente muito importantes, conforme a retrospectiva mostra) e 90% de notícias negativas, com muito lixo, “testes de hipóteses”, factóides, assuntos de pouca importância dominando a pauta.
Os 8 anos de noticiário foram o inverso do que foi de fato o governo Lula, e quem diz é povo, quando 87% consideraram o presidente como bom ou ótimo, e apenas 4% acharam ruim ou péssimo.
Se a Globo quisesse fazer um noticiário honesto, ela faria. E com o próprio material que tem.

sábado, 14 de maio de 2011

BOM FIM DE SEMANA - com Noel Rosa

Noel, João de Barro, Almirante, Alvinho e Henrique Brito.. lá pelos idos de 1929... Único registro em imagem do grande Noel Rosa


Noel Rosa e Bando Tangarás.



UMA NOITE NOEL ROSA




Os riscos da arrogância do Império



Leonardo Boff*

Conto-me entre os que se entusiasmaram com a eleição de Barack Obama para Presidente dos EUA, especialmente vindo depois de G. Bush Jr, Presidente belicoso, fundamentalista e de pouquíssimas luzes. Este acreditava da iminência do Armagedon bíblico e seguia à risca a ideologia do Destino Manifesto, um texto inventado pela vontade imperial norteamericana, para justificar a guerra contra o México, segundo o qual os EUA seriam o novo povo escolhido por Deus para levar ao mundo os direitos humanos, a liberdade e a democracia. Esta excepcionalidade se traduziu numa histórica arrogância que fazia os EUA se atribuírem o direito de levar ao mudo inteiro, pela política ou pelas armas, o seu estilo de vida e a sua visão do mundo.
Esperava que o novo Presidente não fosse mais refém desta nefasta e forjada eleição divina, pois anunciava em seu programa o multilateralismo e a não hegemonia. Mas tinha lá minhas desconfianças, pois atrás do Yes, we can ("sim, nós podemos") podia se esconder a velha arrogância. Face à crise econômico-financeira, apregoava que os EUA mostrou em sua história que podia tudo e que ia superar a atual situação. Agora por ocasião do assassinato de Osama bin Laden ordenado por ele (num Estado de direito que separa os poderes, tem o Executivo o poder de mandar matar ou não cabe isso ao Judiciário que manda prender, julgar e punir?) caiu a máscara. Não teve como esconder a arrogância atávica.
O Presidente, de extração humilde, afrodescentente, nascido fora do Continente, primeiramente muçulmano e depois convertido evangélico, disse claramente: "O que aconteceu domingo envia uma mensagem a todo o mundo: quando dizemos que nunca vamos esquecer, estamos falando sério". Em outras palavras: "Terrorristas do mundo inteiro, nós vamos assassinar vocês". Aqui está revelada, sem meias palavras, toda a arrogância e a atitude imperial de se sobrepor a toda ética.
Isso me faz lembrar uma frase de um teólogo que serviu por 12 anos como assessor da ex-Inquisição em Roma e que veio me prestar solidariedade por ocasião do processo doutrinário que lá sofri. Confessou-me: "Aprenda da minha experiência: a ex-Inquisição não esquece nada, não perdoa nada e cobra tudo; prepare-se". Efetivamente assim foi o que senti. Pior ocorreu com um teólogo moraliista, queridíssimo em toda a cristandade, o alemão Bernhard Hâring, com câncer na garganta a ponto de quase não poder falar.  Mesmo assim foi submetido a rigoroso interrogatório na sala escura daquela instância de terror psicológico por causa de algumas afirmações sobre sexualidade. Ao sair confessou: "o interrogatório foi pior do que aquele que sofri com a SS nazista durante a guerra". O que significa: pouco importa a etiqueta, católico ou nazista, todo sistema autoritário e totalitário obedece à mesma lógica: cobra tudo, não esquece e não perdoa. Assim prometeu Barack Osama e se propõe levar avante o Estado terrorista, criado pelo seu antecessor, mantendo o Ato Patriótico que autoriza a suspensão de certos direitos e a prisão preventiva de suspeitos sem sequer avisar os familiares, o que configura sequestro. Não sem razão escreveu Johan Galtung, norueguês, o homem da cultura da paz, criador de duas instituições de pesqusa da paz e inventor do método Transcend na mediação dos conflitos (uma espécie de política do ganha-ganha): tais atos aproximam os EUA ao Estado fascista.
O fato é que estamos diante de um Império. Ele é consequência lógica e necessária do presumido excepcionalismo.  É um império singular, não baseado na ocupação territorial ou em colônias, mas nas 800 bases militares distribuídas pelo mundo todo, a maioria desnecessária para a segurança americana. Elas estão lá para meter medo e garantir a hegemonia no mundo. Nada disso foi desmontado pelo novo Imperador, nem fechou Guantânamo como prometeu e, ainda mais, enviou trinta mil soldados ao Afeganistão para uma guerra de antemão perdida.
Podemos discordar da tese básica de Abraham P. Huntington em seu discutido livro O choque de civilizações. Mas nele há observações, dignas de nota, como esta: "a crença na superioridade da cultura ocidental é falsa, imoral e perigosa"(p.395). Mais ainda:"a intervenção ocidental provavelmente constitui a mais perigosa fonte de instabilidade e de um possível conflito global num mundo multicivilizacional"(p.397). Pois as condições para semelhante tragédia estão sendo criadas pelos EUA e pelos seus súcubos europeus.
Uma coisa é o povo norte-americano, bom, engenhoso, trabalhador e até ingênuo, que admiramos, outra é o Governo imperial, que não respeita tratados internacionais que vão contra seus interesses e é capaz de todo tipo de violência. Mas não há impérios eternos. Chegará o momento em que ele será um número a mais no cemitério dos impérios mortos.
*Leonardo Boff é teólogo

quarta-feira, 11 de maio de 2011

A MARAVILHOSA ARTE POPULAR BRASILEIRA

ANTONIO NÓBREGA

MELODIA SENTIMENTAL - Villa Lobos

BOB MARLEY - 30 anos de sua morte.

Se o Lula fosse Grego.



GREVE GERAL NA GRÉCIA:

O LEME FOI ENTREGUE À TEMPESTADE



Transportes, serviços públicos, escolas e sistemas de saúde paralisaram atividades nesta terça-feira na Grécia, enquanto ‘inspetores' da União Europeia e do FMI visitam Atenas para avaliar a situação econômica desagregadora. Um ano após a concessão da ajuda financeira para evitar a quebra do país, o quadro só piorou, com aumento do déficit público que se pretendia reduzir. Motivo: arrocho ministrado pelos ‘inspetores' dos mercados produziu recessão, desemprego e queda na receita do Estado. O que se discute agora é a urgência de um novo pacote de ‘ajuda' para evitar a falência que poderia contaminar todo o ambiente europeu e gerar novos Estados zumbi (Espanha na mira). O custo do novo auxílio seria um repiquete do arrocho sobre o setor público, com cortes adicionais em serviços essenciais, esfarelando a rotina já dramática de um país à deriva, cujo leme foi entregue à tempestade.
(Carta Maior; 4º feira, 11/05/ 2011)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Querido irmão,

Circula pela internet uma impressionante lição de vida, que nos é transmitida a partir da tragédia ocorrida em Fukushima, no Japão, com o terremoto, o tsunami e o consequente desastre nuclear.


Trata-se de uma carta escrita por um imigrante vietnamita, chamado Ha Minh Thanh, que é policial no Japão e trabalhava justamente em Fukushima. A carta enviada ao irmão está correndo o mundo, desde que foi reenviada a um jornal em Shangai, na China, que traduziu o texto e o publicou, com o destaque merecido. Aqui, no Brasil, me parece que o primeiro blog a publicar (dia 17 de abril) foi o Gambarê Japão, que é editado por descendentes de japoneses no Bairro da Liberdade.






“Querido irmão,

Como estão você e sua família? Estes últimos dias têm sido um verdadeiro caos. Quando fecho meus olhos, vejo cadáveres e quando os abro, também vejo cadáveres.

Cada um de nós está trabalhando umas 20 horas por dia e mesmo assim, gostaria que houvesse 48 horas no dia para poder continuar ajudar e resgatar as pessoas. Estamos sem água e eletricidade, e as porções de comida estão quase a zero. Mal conseguimos mudar os refugiados e logo há ordens para mudá-los para outros lugares.

Atualmente estou em Fukushima – a uns 25 quilômetros da usina nuclear. Tenho tanto a contar que se fosse contar tudo, essa carta se tornaria um verdadeiro romance sobre relações humanas e comportamentos durante tempos de crise. As pessoas aqui permanecem calmas – seu senso de dignidade e seu comportamento são muito bons – assim, as coisas não são tão ruins como poderiam. Entretanto, mais uma semana, não posso garantir que as coisas não cheguem a um ponto onde não poderemos dar proteção e manter a ordem de forma apropriada.

Afinal de contas, eles são humanos e quando a fome e a sede se sobrepõem à dignidade, eles farão o que tiver que ser feito para conseguir comida e água. O governo está tentando fornecer suprimentos pelo ar enviando comida e medicamentos, mas é como jogar um pouco de sal no oceano.

Irmão querido, houve um incidente realmente tocante que envolveu um garotinho japonês que ensinou um adulto como eu uma lição de como se comportar como um verdadeiro ser humano. Ontem à noite fui enviado para uma escola infantil para ajudar uma organização de caridade a distribuir comida aos refugiados. Era uma fila muito longa que ia longe. Vi um garotinho de uns 9 anos. Ele estava usando uma camiseta e um par de shorts.

Estava ficando muito frio e o garoto estava no final da fila. Fiquei preocupado se, ao chegar sua vez, poderia não haver mais comida. Fui falar com ele. Ele disse que estava na escola quando o terremoto ocorreu. Seu pai trabalhava perto e estava se dirigindo para a escola. O garoto estava no terraço do terceiro andar quando viu a tsunami levar o carro do seu pai.

Perguntei sobre sua mãe. Ele disse que sua casa era bem perto da praia e que sua mãe e sua irmãzinha provavelmente não sobreviveram. Ele virou a cabeça para limpar uma lágrima quando perguntei sobre sua família.

O garoto estava tremendo. Tirei minha jaqueta de policial e coloquei sobre ele. Foi ai que a minha bolsa de comida caiu. Peguei-a e dei-a a ele. “Quando chegar a sua vez, a comida pode ter acabado. Assim, aqui está a minha porção. Eu já comi. Por que você não come”?

Ele pegou a minha comida e fez uma reverência. Pensei que ele iria comer imediatamente, mas ele não o fez. Pegou a bolsa de comida, foi até o início da fila e colocou-a onde todas as outras comidas estavam esperando para serem distribuídas.

Fiquei chocado. Perguntei-lhe por que ele não havia comido ao invés de colocar a comida na pilha de comida para distribuição. Ele respondeu: “Porque vejo pessoas com mais fome que eu. Se eu colocar a comida lá, eles irão distribuir a comida mais igualmente”.

Quando ouvi aquilo, me virei para que as pessoas não me vissem chorar. Uma sociedade que pode produzir uma pessoa de 9 anos que compreende o conceito de sacrifício para o bem maior, deve ser uma grande sociedade, um grande povo.

Bem, envie minhas saudações a sua família. Tenho que ir, meu plantão já começou.”

Ha Minh Thanh

tribuna da imprensa
Carlos Newton

BARBARIE E ESTUPIDEZ DA MIDIA

A barbárie e a estupidez jornalística no caso da morte de  Osama Bin Laden




Imaginem vocês se um pequeno operativo do exército cubano entrasse em Miami e atacasse a casa onde vive Posada Carriles, o terrorista responsável pela explosão de várias bombas em hotéis cubanos e pela derrubada de um avião que matou 73 pessoas. Imagine que esse operativo assassinasse o tal terrorista em terras estadunidenses. Que lhes parece que aconteceria? O mundo inteiro se levantaria em uníssono condenando o ataque.

Haveria especialistas em direito internacional alegando que um país não pode adentrar com um grupo de militares em outro país livre, que isso se configura em quebra da soberania, ou ato de guerra. Possivelmente Cuba seria retaliada e, com certeza, invadida por tropas estadunidenses por ter cometido o crime de invasão. Seria um escândalo internacional e os jornalistas de todo mundo anunciariam a notícia como um crime bárbaro e sem justificativa.

Mas, como foi os Estados Unidos que entrou no Paquistão, isso parece coisa muito natural. Nenhuma palavra sobre quebra de soberania, sobre invasão ilegal, sobre o absurdo de um assassinato. Pelo que se sabe, até mesmo os mais sanguinários carrascos nazistas foram julgados. Osama não. Foi assassinato e o Prêmio Nobel da Paz inaugurou mais uma novidade: o crime de vingança agora é legal. Pressuposto perigoso demais nestes tempos em que os EUA são a polícia do mundo.

Agora imagine mais uma coisa insólita. O governo elege um inimigo número um, caça esse inimigo por uma década, faz dele a própria imagem do demônio, evitando dizer, é claro, que foi um demônio criado pelo próprio serviço secreto estadunidense. Aí, um belo dia, seus soldados aguerridos encontram esse homem, com toda a sede de vingança que lhes foi incutida. E esses soldados matam o “demônio”. Então, por respeito, eles realizam todos os preceitos da religião do “demônio”. Lavam o corpo, enrolam em um lençol branco e o jogam no mar. Ora, se era Osama o próprio mal encarnado, porque raios os soldados iriam respeitar sua religião? Que história mais sem pé e sem cabeça.

E, tendo encontrado o inimigo mais procurado, nenhuma foto do corpo? Nenhum vestígio? Ah, sim, um exame de DNA, feito pelos agentes da CIA.Bueno, acredite quem quiser.

O mais vexatório nisso tudo é ouvir os jornalistas de todo mundo repetindo a notícia sem que qualquer prova concreta seja apresentada. Acreditar na declaração de agentes da CIA é coisa muito pueril. Seria ingênuo se não se soubesse da profunda submissão e colonialismo do jornalismo mundial.

Olha, eu sei lá, mas o que vi na televisão chegou às raias do absurdo. Sendo verdade ou mentira o que aconteceu, ambas as coisas são absolutamente impensáveis num mundo em que imperam o tal do “estado de direito”. Não há mais limites para o império. Definitivamente são tempos sombrios. E pelo que se vê, voltamos ao tempo do farwest, só que agora, o céu é o limite. Pelo menos para o império.

Darth Vader é fichinha!


Elaine Tavares é jornalista

sábado, 7 de maio de 2011

A DEMOCRACIA ESTÁ SALVA.

Na paz do Senhor o guerreiro e seu troféu.
A charge de hoje do jornal israelense Yedioth Aharonoth, do cartunista Guy Morad

SEPULTAMENTO À MODA AMERICANA

sexta-feira, 6 de maio de 2011

S H O W D O C O X A

TIRO CERTEIRO

Câmera no capacete de soldado mostra ação  que teria matado Bin Laden e tiro certeiro de Obama





Verdadeiro? Falso? Que diferença faz? Quem acredita que tudo aconteceu como disse o presidente dos Estados Unidos? Mas, afinal, o que aconteceu? Qual a versão do dia?


O "dado concreto", como gostava de dizer Lula, é que uma pesquisa New York Times / CBS feita agora, logo após o anúncio do assassinato de Bin Laden, mostra que aprovação a Obama pulou para 57%, contra 46% no mês passado.

A verdade é que Osaba Bin Laden 'vivo' sustentou Bush no poder. 'Morto agora' pode reeleger Obama. Ironia das ironias para quem odiava os EUA.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Relendo a Bíblia.

blog do bourdoukan

Enquanto houver um explorado, um oprimido, não haverá paz

Depois de dez anos, duas guerras, 919.967 mortes e 1,188 trilhão de dólares, conseguimos matar uma pessoa.
Michael Moore


                    Fac-símile da Biblia de Gutemberg


Relendo a Bíblia

E foram muitos mais os que matou morrendo, do que os que matara antes quando vivo(Juízes 16,30).

Esse trecho da Bíblia conta como Sansão, o hebreu (o que veio de fora) matou mais de três mil filisteus dando cabo à própria vida. Ou seja, sacrificar-se juntamente com o inimigo não é algo original no Oriente Médio.

Há mais de dois mil e quinhentos anos que isso acontece, mas coube a Sansão o mérito da primazia.

Para os raros leitores da Bíblia (apesar de ser o livro mais vendido no Ocidente) explica-se que Sansão era um sujeito inquieto que gostava de uma briga. Em Juízes 16,15 está escrito: “E pegando na queixada de um jumento, que achou à mão, e que jazia ali, matou com ela mil homens”.

A bíblia não explica quanto tempo ele levou para matar mil homens na base da porrada e nem como isso foi possível. O que não tem a menor importância porque todo mundo acredita no Livro Sagrado mesmo sem nunca tê-lo lido.

Sansão gostava de freqüentar o que as más línguas de hoje denominam de prostíbulos.

Seu nome em aramaico (Shamshum) significa pessoa ágil e vivaz, mas, infelizmente para ele, não tão ágil e vivaz quanto a belíssima Dalila, por quem se apaixonou perdidamente a ponto de lhe revelar a origem de sua força.

Dalila, cujo nome pode ser traduzido como Guia ou Orientadora, aproveitou-se para vingar o massacre de seu povo. Afinal, num mundo onde ainda prevalece o olho por olho, dente por dente, há pouco espaço para o amor, para o perdão e para a solidariedade. O resto da história todo mundo conhece, graças ao cinema.

Após sacrificar a própria vida para matar seus inimigos, Sansão foi enterrado no túmulo de seu pai Manué, “depois de ter sido juiz de Israel vinte anos (19-31)”.

Mais de dois mil e quinhentos anos depois, o número de adeptos de seu exemplo (matar o inimigo com o próprio sacrifício) cresce vertiginosamente.

O que não deixa de ser lamentável.

Será isto o que nos reserva o mundo?

quarta-feira, 4 de maio de 2011

PARA DESCONTRAIR.



O terrorista Osama Bin Laden já foi jovem como todos nós. Descubra quem é ele na foto


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