quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Ecce homo



         Foto de Kevin Carter,que ganhou o Pulitzer e se suicidou aos 33 anos 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

"Israel quer a paz"


19 minutos de terror em Gaza





Senhor Deus dos desgraçados! 

Dizei-me vós, Senhor Deus! 
Se é loucura... se é verdade 

Tanto horror perante os céus?! 

Castro Alves - Navio Negreiro

ELITE CHEIROSA


Uma sugestão para Danusa Leão, com carinho




segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O PREVARICADOR

O Prevaricador, segundo Collor

A história faz água por todos os lados.


 A história do mensalão faz água por todos os lados

publicado em 26 de novembro de 2012 
por Marcos Coimbra, em CartaCapital
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e os comentaristas da “grande imprensa” estão tão satisfeitos uns com os outros e tão felizes com a história que montaram sobre o “mensalão” que nem sequer se preocupam com seus furos e inconsistências.
Para os cidadãos comuns, é daquelas que só fazem sentido quando não se tem muito interesse e basta o que os americanos chamam de big picture. Quando, por preguiça ou preconceito, ficam satisfeitos com o que acham que sabem, mesmo que seja apenas uma “impressão geral”.
A história faz água por todos os lados.
Se fosse preciso apresentá-la de forma simplificada (e dispensando as adjetivações raivosas típicas dos comentaristas de direita), ela conta que José Dirceu e José Genoino criaram um “esquema” entre 2004 e 2005 para desviar recursos públicos, comprar votos no Congresso e assim “perpetuar o PT no poder”. Para secundá-los, teriam montado uma “quadrilha”.
Mas, e se alguém quisesse entendê-la melhor? Se perguntasse, por exemplo, em que sentido a noção de recursos públicos é usada? Se fosse além, tentando perceber o que os responsáveis pelo plano fariam com os votos que pagassem? Se solicitasse uma explicação a respeito de nosso sistema político, para compreender a que esse apoio serviria?
Em qualquer lugar do mundo, a ideia de “desvio” implica a caracterização inequívoca da origem pública e da destinação privada do dinheiro. Alguém, indivíduo ou grupo, precisa ganhar – ou querer ganhar – valores surrupiados do Tesouro. S­enão, o caso muda de tipificação e passa a ser de incompetência.
A história do “mensalão” não faz sentido desde o primeiro postulado. Só com imensa forçação de barra se podem considerar públicos os recursos originados da conta de propaganda do Visanet, como demonstra qualquer auditoria minimamente correta.
A tese da compra de apoio parlamentar é tão frágil quanto a anterior. O que anos de investigações revelaram foi que a quase totalidade dos recursos movimentados no “mensalão” se destinou a ressarcir despesas partidárias, eleitorais ou administrativas, do PT.
Todos sabemos – pois os réus o admitiram desde o início – que a arrecadação foi irregular e não contabilizada. Que houve ilegalidade no modo como os recursos foram distribuídos. Só quem vive no mundo da lua ou finge que lá habita imagina, no entanto, que práticas como essas são raras em nosso sistema político. O que não é desculpa, mas as contextualiza no mundo real, que existia antes, existiu durante e continua a existir depois que o “mensalão” veio à tona.
A parte menos importante desses recursos, aquela que políticos de outros partidos teriam recebido “vendendo apoio”, é a peça-chave de toda a história que estamos ouvindo. É a única razão para condenações a penas absurdamente longas.
Não há demonstração no processo de que Dirceu e Genoino tivessem comprado votos no interesse do governo. Simplesmente não é assim que as coisas funcionam no padrão brasileiro de relacionamento entre o Executivo e o Congresso. Que o digam todos os presidentes desde a redemocratização.
Os dois líderes petistas queriam votos para aprovar a reforma da Previdência Social? A reforma tributária? É possível, mas nada comprova que pagassem parlamentares para que o Brasil se modernizasse e melhorasse.
A elucubração mais absurda é de que tudo tinha o objetivo escuso de “assegurar a  permanência do PT no poder” (como se esse não fosse um objetivo perfeitamente legítimo dos partidos políticos!).
Os deputados da oposição que ficaram do lado do governo nessas votações são uma resposta à fantasia. Votaram de acordo com suas convicções, sem dar a mínima importância a lendas sobre “planos petistas maquiavélicos”.
E o bom senso leva a outra pergunta. Alguém, em sã consciência, acha que o resultado da eleição presidencial de 2006 estava sendo ali jogado? Que a meia dúzia de votos sendo hipoteticamente “comprados” conduziria à reeleição?
O que garante a continuidade de um governo é o voto popular, que pouco tem a ver com maiorias congressuais. E a vitória de Lula mostra quão irrelevante era o tal “esquema do mensalão”, pois veio depois do episódio e apesar do escândalo no seu entorno.
Os ministros da Suprema Corte, a PGR e seus amigos se confundiram. A vez de comprar votos na Câmara para permanecer no poder tinha sido outra. Mais exatamente acontecera em 1997, quando, sob sua benevolente complacência, a emenda da reeleição foi aprovada.

sábado, 24 de novembro de 2012

Morte e Vida Severina

Para assistir no Fim de Semana

Espetacular: Morte e Vida Severina em Desenho Animado



Morte e Vida Severina em Desenho Animado é uma versão audiovisual da obra prima de João Cabral de Melo Neto, adaptada para os quadrinhos pelo cartunista Miguel Falcão. Preservando o texto original, a animação 3D dá vida e movimento aos personagens deste auto de natal pernambucano, publicado originalmente em 1956.

Em preto e branco, fiel à aspereza do texto e aos traços dos quadrinhos, a animação narra a dura caminhada de Severino, um retirante nordestino, que migra do sertão para o litoral pernambucano em busca de uma vida melhor.

TV Escola

Coordenação Geral de Produção
SUPERVISÃO GERAL DO PROJETO
Érico Monnerat

Direção Geral da TV Escola
Érico da Silveira


Postado Por Rosangela Basso 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

E agora Joaquim?




22/11/2012

E agora Joaquim? A encruzilhada de um juiz

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Joaquim Barbosa assumiu a presidência de uma Suprema Corte manchada pela nódoa de um julgamento político conduzido contra lideranças importantes da esquerda brasileira. 

Monocraticamente, como avocou e demonstrou inúmeras vezes, mas sempre com o apoio indutor da mídia conservadora, e de seu jogral togado --à exceção corajosa do ministro Ricardo Lewandowski, Barbosa fez o trabalho como e quando mais desfrutável ele se apresentava aos interesses historicamente retrógrados da sociedade brasileira --os mesmos cuja tradição egressa da casa-grande deixaram cicatrizes fundas no meio de origem do primeiro ministro negro do Supremo.

Não será a primeira vez que diferenças históricas se dissolvem no liquidificador da vida. 

Eficiente no uso do relho, Barbosa posicionou o calendário dos julgamentos para os holofotes da boca de urna no pleito municipal de 2012.  

Fez pas de deux  de gosto duvidoso com a protuberância ideológica indisfarçável do procurador geral, Roberto Gurgel -aquele cuja isenção exortou o eleitorado a punir nas urnas o partido dos réus.

Num ambiente de aplauso cego e sôfrego, valia tudo: bastava estalar o chicote contra o PT, cutucar Lula com o cabo e humilhar a esquerda esfregando-lhe o relho irrecorrível no rosto. Pronto. Era correr para o abraço dos jornais do dia seguinte ou antes até, na mesma noite, no telejornal de conhecidas tradições democráticas. 

Provas foram elididas; conceitos estuprados ao abrigo tolerante dos doutos rábulas das redações --o famoso 'domínio do fato'; circunstâncias atropeladas; personagens egressos do governo FHC, acobertados em processos paralelos, mantidos sob sigilo inquebrantável, por determinação monocrática de Barbosa (leia:'Policarpo & Gurgel: ruídos na sinfonia dos contentes'); tudo para preservar a coerência formal do enredo, há sete anos preconcebido. 

O anabolizante midiático teve que ser usado e abusado na sustentação da audiência de uma superprodução de final sabido, avessa à presunção da inocência e hostil à razão argumentativa --como experimentou na pele, inúmeras vezes, o juiz revisor. 

Consumada a meta, o conservadorismo e seu monocrático camafeu de toga, ora espetado no supremo cargo da Suprema Corte, deparam-se com a vertiginosa perspectiva de uma encruzilhada histórica. 

Ela pode esfarelar a pose justiceira dos torquemadas das redações  e macular a toga suprema com a nódoa do cinismo autodepreciativo.

Arriadas as bandeiras da festa condenatória, esgotadas as genuflexões da posse solene desta 5ª feira, o espelho da história perguntará nesta noite e a cada manhã ao juiz da suprema instância: -- E agora Joaquim? 

O mesmo relho, o mesmo 'domínio do fato', o mesmo atropelo da inocência presumida, a mesma pressa  condenatória orientarão o julgamento da Ação Penal 536  --vulgo 'mensalão mineiro'? 

Coube a Genoíno, já condenado --e também ao presidente nacional do PT, Rui Falcão-- fixar aquela que deve ser a posição de princípio da opinião democrática e progressista diante da encruzilhada de Barbosa: 'Não quero para os tucanos o julgamento injusto imposto ao PT', fixou sem hesitação o ex-guerrilheiro do Araguaia, no que é subscrito por Carta Maior. 

Mas a Joaquim fica difícil abrigar o mesmo valor sob a mais suprema das togas. Sua disjuntiva é outra.

Se dispensar ao chamado mensalão do PSDB o mesmo tratamento sem pejo imposto ao PT na Ação 470, sentirá o relho que empunhou voltar-se contra a própria reputação nas manchetes do dia seguinte. 

Tampouco terá o eco obsequioso de seus pares na repetição da façanha --e dificilmente a afinação digna dos castrati no endosso sibilino do procurador -geral. 

Ao revés, no entanto, se optar pela indulgência desavergonhada na condução da Ação Penal 536, ficará nu com a sua toga suprema durante longos dois anos, sob a derrisão da sociedade, o escárnio do judiciário, o desprezo da história --e o olhar devastador do espelho a cada noite e a cada dia, a martelar: 'E agora, Joaquim?'
Postado por Saul Leblon 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Prêmio Indira Gandhi pela Paz


Lula recebe na Índia o Prêmio Indira Gandhi pela Paz


Lula recebe o prêmio Indira Gandhi das mãos do presidente indiano Pranab Mukherjee. Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula


O primeiro-ministro Singh disse que, sob a liderança de Lula, “o Brasil se tornou um país mais forte e respeitado internacionalmente”, e mesmo fora da presidência “segue sendo uma das personalidades mais respeitadas no mundo”. “O presidente Lula tem uma clara visão global. Ele é consciente da interdependência entre os países, e de que a responsabilidade de um líder não termina na fronteira do seu país.” O primeiro-ministro, que ofereceu um almoço para Lula após a cerimônia, disse que, para ele, foi um privilégio trabalhar com Lula nas reuniões internacionais e que o considera um amigo. “Seu trabalho com a América Latina e a África ainda tocará muitas vidas nos próximos anos”.

O presidente Mukherjee, ao entregar o prêmio, declarou que Lula é um “honorável campeão do mundo em desenvolvimento”.  E desejou saúde e boa sorte em suas novas iniciativas.

Segundo Sonia Gandhi, Lula defendeu a agenda do crescimento inclusivo “talvez como nenhum outro líder de seu tempo”. E continuou: “seu trabalho é uma inspiração não apenas para os brasileiros, mas para pessoas ao redor de todo o mundo. Nós estamos honrados com sua presença”.

Lula havia sido convidado para receber o prêmio há um ano, no dia 22 de novembro de 2011, mas a viagem foi cancelada depois que descobriu um câncer em sua garganta, menos de um mês antes de partir para a Índia. Este ano, o governo indiano retomou o convite e manteve a mesma data, 22 de novembro.

O prêmio Indira Gandhi Pela Paz, Desarmamento e Desenvolvimento é concedido anualmente a pessoas ou organizações, "em reconhecimento a esforços criativos no sentido de: promover a paz internacional e o desarmamento, igualdade racial, e boa vontade e harmonia entre as nações; assegurar a cooperação econômica e promover uma nova ordem econômica mundial; acelerar um avanço abrangente das nações em desenvolvimento; assegurar que as descobertas da ciência e do conhecimento moderno sejam usadas para o bem maior da raça humana; e ampliar o alcance da liberdade e enriquecer o espírito humano". Desde sua criação, em 1986, o prêmio já foi concedido a 25 pessoas e instituições. Entre os laureados estão Mikhail Gorbatchev, Vaclav Havel, a Unicef, os Médicos Sem Fronteiras, a Fundação Bill & Melinda Gates e Jimmy Carter, entre outros.

O troféu concedido a Lula é um pedaço quadrado de hematita bandada com jaspe, uma das variedades mais duras de rochas encontradas na Índia e com idade estimada em dois milhões de anos. Inserido na rocha, e adornado com prata, está um retrato de Indira Gandhi, com seu nome inscrito em alfabeto devanágari. O troféu é acomodado em uma caixa de jacarandá revestida de prata.

Da assessoria do ex  Presidente Lula na índia

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O Pilar da Hipocrisia



20 NOVEMBRO 2012

O Pilar da Hipocrisia



Robert Fisk, no The Independent (*)
Terror, terror, terror, terror, terror. Lá vamos nós novamente. Israel vai “extirpar o terror palestino” – o que vem proclamando há 64 anos, sem sucesso – enquanto o Hamas, a mais recente das milícias mórbidas “palestinas”, anuncia que Israel “abriu os portões do inferno” ao assassinar seu líder militar, Ahmed AL-Jabari.
O Hezbollah anunciou várias vezes que Israel “abriu os portões do inferno” ao atacar o Líbano. Yasser Arafat, que era um superterrorista, depois um superestadista (após capitular sobre o gramado da Casa Branca) e mais tarde converteu-se novamente em superterrorista, quando percebeu que havia sido enganado, nos acordos de Camp David, em 1982, também falou muito sobre os “portões do inferno”.
E os jornalistas estão escrevendo como ursos amestrados, repetindo todos os clichês que temos usado nos últimos quarenta anos. O assassinato de Jabari, líder militar do Hamas, foi uma “ofensiva com alvo”, um “ataque aéreo cirúrgico” – como os “ataques aéreos cirúrgicos” israelenses que mataram quase 17 mil civis no Líbano, em 1982; os 1.200 libaneses, a maioria civis, em 2006; ou os 1.300 palestinos, a maioria civis, em Gaza em 2008-09; ou ainda a mulher grávida e o bebê que foram assassinados pelos “ataques aéreos cirúrgicos” em Gaza na semana passada – e os 11 civis mortos em uma só casa em Gaza, ontem. Ao menos o Hamas não atribui a seus foguetes “Godzilla” nada de cirúrgico. Seu objetivo é matar israelenses – quaisquer israelenses, homens, mulheres ou crianças.

Exatamente como os ataques de Israel em Gaza. Mas, não ouse dizer isso, ou será tachado de nazista anti-semita; quase tão diabólico, perverso, satânico e assassino como o movimento Hamas, com o qual – de novo, por favor, não fale sobre isso – Israel negociou alegremente nos anos 1980, momento em que encorajou esse “bando de monstros” a tomar o poder em Gaza e decapitar o superterrorista exilado, Arafat. A nova taxa de câmbio em Gaza para os mortos palestinos e israelenses chegou a 16 por 1. Vai subir, é claro. A taxa de câmbio em 2008-09 era de 100 por 1.
E estamos alimentando mitos, também. A última guerra em Gaza teve sucesso tão impressionante (“extirpando o terrorismo”, claro) que as supostas unidades “de elite” de Israel não foram capazes sequer de encontrar seu próprio soldado capturado, Gilad Shalit, ao final entregue, no ano passado, por Jabari em pessoa – o mesmo líder do Hamas agora assassinado.
Jabari seria o “líder oculto número 1” do Hamas, segundo a Associated Press. Mas como, ó céus, pode ser oculto, se sabemos sua data de nascimento, detalhes familiares, anos de cárcere em Israel, durante os quais trocou o Fatah pelo? Ao que parece, os anos na prisão israelense não converteram o sr. Jabari exatamente ao pacifismo, certo? Bem, não derramemos lágrimas; ele viveu pela espada e morreu pela espada, um destino que, claro, não aflige os aviadores de Israel enquanto matam civis em Gaza.
Washington apoia o “direito de defesa” de Israel. Por isso, afirma uma neutralidade espúria – como se as bombas de Israel sobre Gaza não tivessem vindo dos Estados Unidos, assim como os foguetes Fajr-5 vieram do Irã.
Enquanto isso, o lamentável secretário de Relações Externas de Londres, William Hague, acusa o Hamas de “principal responsável” pela guerra atual. Mas não há evidências de que isso seja verdade. De acordo com The Atlantic Monthly, o assassinato israelense de um palestino “mentalmente incapaz”, que se desviou para a fronteira, pode ter sido o começo dessa guerra. Outros suspeitam que o assassinato de um menino palestino possa ter sido uma provocação. Mas ele foi alvejado e morto pelos israelenses, quando um grupo armado palestino tentou cruzar a fronteira e foi confrontado por tanques israelenses. Nesse caso, homens armados palestinos – embora não do Hamas – poderiam ter dado o pontapé inicial ao conflito.
Mas não haverá nada que pare esse absurdo, essa guerra de lixo? Centenas de foguetes caem sobre Israel. É verdade. Milhares de hectares de terra são roubados dos árabes por Israel – para judeus e apenas para judeus – na Cisjordânia. Nem sequer sobrou terra suficiente para um Estado palestino.
Delete as últimas duas frases, por gentileza. Há apenas bons meninos e maus meninos nesse conflito odioso, no qual os israelenses reivindicam ser os bons meninos, para o aplauso dos países ocidentais (que, então, perguntam-se por que tantos muçulmanos não gostam muito dos ocidentais).
O problema, estranhamente, é que as ações israelenses na Cisjordânia e seu cerco a Gaza estão trazendo para perto exatamente o que Israel anuncia temer, a cada dia: que o país corre o risco de ser destruído.
Na batalha dos foguetes – não menos que Fajr-5 do Irã e drones do Hezbollah –, um novo caminho está sendo trilhado pelos dois lados, nessa guerra. Não se trata mais de tanques israelenses atravessando a fronteira do Líbano ou de Gaza. Trata-se de foguetes e drones de alta tecnologia e ataques computadorizados – ou “ciber-terrorismo”, claro, se cometido por muçulmanos. Os seres humanos destruídos pelo caminho serão ainda menos relevantes do que foram nos últimos três dias.
O despertar árabe segue agora seu próprio caminho: seus líderes terão de acompanhar o humor das suas populações. Nesta condição, suspeito, está o pobre e velho rei Abdullah, da Jorndânia. A hipocrisia dos EUA “pela paz”, ao lado de Israel, já não vale mais nada para os árabes. E se Benjamin Netanyahu acreditar que a chegada dos primeiros foguetes iranianos Fajr justifica o big bang israelense sobre o Irã, o que ocorrerá? O Irá reagirá ao ataque e talvez atinja também os norte-americanos. Trará consigo o Hezbollah. E o que fará Obama, se se vir se engolfado por outra guerra entre o Ocidente e os muçulmanos?
Bem, Israel pedirá o cessar-fogo, como acontece rotineiramente em guerras contra o Hezbollah. Pleiteará ainda, novamente, o apoio imortal do Ocidente em sua luta contra o mal, incluindo o Irã.
E por que não louvar o assassinato de Jabari? Por favor, esqueça que os israelenses negociaram, por meio do serviço secreto alemão, com Jabari em pessoa, há menos de um ano. Não se pode negociar com “terroristas”, certo? Israel denomina esse último banho de sangue de Operação Pilar de Defesa. Está mais para Pilar da Hiprocrisia.
(*) Tradução: Inês Castilho

A morte do politicamente correto


A morte do politicamente correto

Ele parou de usar drogas. Não queria financiar o crime 
organizado.

Depois ele deixou de comer cereais. Não queria 
financiar a indústria de transgênicos.

Deixar de tomar remédios foi uma decisão fácil. 
Financiar os testes com cobaias humanas na África? Jamais.

A coisa ficou incontrolável. Não andar de ônibus,
 para não financiar o aquecimento global. Não comer carne, para não financiar
 o desmatamento da Amazônia. Não jogar futebol, para não financiar a exploração
 do trabalho infantil.

Os amigos pararam de ligar para ele. Sujeito mais chato, querendo converter todo mundo. 
Foi ficando cada vez mais isolado. Melhor assim. Parou de tomar banho, para não 
financiar o esgotamento dos aquíferos.

Morreu dois dias depois de parar de beber água. Ninguém notou. Seu corpo entrou 
em decomposição, liberando gases do efeito estufa. Chamaram a polícia, que mediante 
pequena propina invadiu o apartamento.  Seu corpo ficou dois meses numa geladeira
 do IML, financiando a construção da Usina de Belo Monte.

Ele já ia ser enterrado em cova rasa. Mas um primo rico ficou sabendo e pagou o funeral.
Uma beleza. Um lindo caixão de madeiras nobres extraídas ilegalmente.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

VOCÊ NÃO PODE DEIXAR DE LER


[INDISPENSÁVEL!] 

ONU prova que a mídia é contra a democracia e a liberdade de expressão

 Surrupiei descaradamente d’ O Ornitorrinco
Este vídeo mostra o que se esconde por trás dos ataques sistemáticos da mídia brasileira contra a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner.
Para entender o jogo da mídia contra o que chamam de “kirchnerismo” é importante contextualizar a situação. Antes, vamos usar uma analogia metafórica.
Você mora numa grande cidade em que três padarias controlam a qualidade, a variedade e o preço dos pães que você consome. E uma antiquada lei diz que só os políticos podem liberar concessões para novas padarias. E a maioria dos políticos (responsáveis pela tal lei) são donos das padarias; ou amigos destes; ou representantes dos mesmos. Daí, um governante assume a responsabilidade para criar uma nova lei que visa quebrar o cartel, dificultar o monopólio e facilitar o surgimento de novas padarias. O que faz o sindicato dos donos das padarias? Começa a espalhar panfletos dizendo que o governante quer controlar a produção de pães na cidade e ameaça a sua liberdade de escolher o pão que você vai comer. Agora, imagine se, em vez de mandar imprimir panfletos, os donos das padarias fossem donos de todos os meios de comunicação (jornal, rádio, tv etc) disponíveis. E tente imaginar se, em vez de pãezinhos, os produtos em questão fossem as notícias que influenciam a vida todos na cidade. Uma vez exposta esta metáfora, vamos conhecer um pouco a história da imprensa na Argentina para entender o que isto tem a ver com o Brasil.
Na Argentina, a grande mídia privada era tradicionalmente “chapa-branca”, principalmente a partir de 1978 - quando o ditador Rafael Videla praticou de forma criminosa a expropriação da empresa Papel Prensa, que detinha o monopólio da produção de papel no pais. Videla cedeu a Papel Prensa para três grupos: Clarin, La Nacion e La Razion (Hoje com prevalência do Clarin e o La Nacion). A contrapartida para tal “caridade” era clara: os grupos teriam que ter um “objetivo comum”, ou seja, dar vazão ao “projeto” de um governo ditatorial, corrupto, violento e entreguista. Com tal golpe, os grupos empresariais passaram a controlar toda a imprensa escrita e adquiriu um poder extraordinário, cartelizando o setor e esmagando a concorrência. Inclusive, correm hoje na justiça da Argentina processos que cuidam de julgar graves acusações de crimes – seqüestros, assassinatos etc - cometidos por conta do golpe na Papel Prensa.
Ante o nebuloso passado, não é difícil entender o porquê de os grupos Clarin e La Nacion terem assumido, até o governo Duahlde (antecessor de Nestor Kirchner), uma postura “chapa-branca”. Pois qualquer governante que ousasse pôr a mão no vespeiro da sórdida história por trás dos poderosos barões da mídia, obviamente perderia a “simpatia” dos mesmos. Foi o que fez Nestor Kirchner. Sua sucessora, Cristina Kirchner, foi mais além: deu amplo apoio à reformulação das antiquadas leis das comunicações que davam suporte às injustiças; ao monopólio. É a chamada Ley de Médios – uma revolução na democratização das comunicações -, reverenciada pela maioria dos jornalistas argentinos e que o relator da ONU para a liberdade de expressão, Frank La Rue, definiu como “a mais avançada legislação em favor da liberdade de expressão da América Latina e um exemplo para o mundo”. Assim, é tremenda má-fé dizer que Cristina Kirchner estaria cerceando a liberdade de imprensa porque a grande mídia faz oposição ao governo dela. Porque se você raciocinar bem, para o “kirchnerismo” seria muito mais cômodo deixar tudo como está: a grande imprensa elogiando o governo de um lado e a histórica injustiça assombrando de outro lado, com a prevalência do jornalismo chapa-branca monopolizando as verbas publicitárias e sufocando a maioria representada pelos milhares de outros periódicos “não-alinhados” à oligarquia; as rádios não-comerciais etc.
No Brasil, após sistemáticas críticas dos organismos internacionais contra as capengas leis das telecomunicações (permitindo, por exemplo, o clientelismo na distribuição das concessões de rádios e tevês), em 1998 o governo de FHC resolveu fazer uma reformulação meia-boca na legislação. Mas cerca de 70% dos parlamentares que formularam e aprovaram tal legislação eram donos de rádios e tevês ou estavam a serviço destes, ou seja, criou-se uma lei que veio muito mais para restringir do que democratizar o setor. Em suma: criaram uma nova lei que ainda traz graves reflexos dos tempos da ditadura. A nova lei em estudo no Congresso Nacional visa acabar com as vergonhosas barreiras para a distribuição de concessões de rádios e TVs e coibir o monopólio nas comunicações. Mas o jogo é duríssimo. Para barrar tal lei, a chamada “grande mídia” brasileira bolou um fantasma chamado “ameaça contra liberdade de imprensa” na imagem da “ditatorial” presidenta da Argentina e quase todos os dias martela tal “ameaça” nos seus noticiosos.

Polaco Doido

Sem muita pretensão, um pouco de tudo

19 de Novembro - Dia da Bandeira


O Hino à Bandeira 

Por Marcelo Santos
Comentário ao post "19 de Novembro, o Dia da Bandeira"
Um dos hinos mais lindos que temos. De Olavo Bilac, música de Francisco Braga, na voz de Ivan Lins. Gravação no CD "20 Anos - Ao Vivo" - 1991. É emocionante.

domingo, 18 de novembro de 2012

DIRCEU X CHICO PICADINHO

Uma questão de Justiça . Palmas para os Justiceiros de nosso Supremo Tribunal.

Habeas corpus encerra ação penal movida contra o casal por lavagem de dinheiro

Roger Abdelmassih, o médico estuprador que fugiu do Brasil agradece ao Ministro Gilmar Mendes

6ago2011
Matéria sugerida por Fernando Augusto Rodrigues da Costa:
 
Graças a Gilmar Mendes e Márcio Thomaz Bastos, foge do país o médico condenado a 278 anos por violentar 37 mulheres
O médico Roger Abdelmassih, de 67 anos, já está no Líbano, segundo a Folha. E por lá deve ficar, porque tem origem libanesa e o Brasil não tem tratado de extradição com o Líbano. E isso poderia ter sido evitado, caso o ministro Gilmar Mendes não concedesse o habeas corpus que o tirou da cadeia.
O médico estava preso, aguardando recurso de sua defesa diante da sentença que o condenou a 278 anos de cadeia por violentar 37 mulheres (suas pacientes, o que agrava os crimes) entre 1995 e 2008. E aguardava preso porque a Polícia Federal informou que ele tentava renovar seu passaporte. A juíza Kenarik Boujikian Felippe determinou que ele fosse preso para evitar sua fuga do país.
Seu advogado recorreu. Disse que Roger Abdelmassih não pretendia fugir do país, só estaria renovando o passaporte…
Sem ao menos perguntar ao advogado por que um homem de 67 anos, condenado a 278 anos de cadeia, renovaria o passaporte (seria um novo Matusalém?), Gilmar Mendes mandou soltar o passarinho, que agora vai passear sua impunidade no exterior, até que a morte o separe da boa vida.
Por essas e outras, crimes contra as mulheres acontecem diariamente no país. Há o caso notório do jornalista Pimenta Neves, que matou fria e covardemente sua ex-namorada, a jornalista Sandra Gomide, e passeia sua impunidade, após ter destruído as vidas de Sandra e de sua família.
O que dirá Gilmar Mendes, sobre seu habeas corpus que possibilitou a fuga do criminoso?
Parabéns ao escritório de advocacia Marcio Thomas Bastos, que pediu o habeas corpus, que vive na sombra do cargo que ocupou no governo.
Esta é a “Justiça Brasileira”.

Sem Fronteiras

Marco Aurélio deveria submeter o pedido liminar de Arruda ao plenário do STF

ministro Marco Aurélio de Mello.
ministro Marco Aurélio de Mello.
Marco Aurélio Mello é o ministro que mais surpreende no Supremo Tribunal Federal (STF) em razão das suas decisões.
Por exemplo, foi o ministro Marco Aurélio Mello que, canhestramente, deu uma liminar para soltar o então banqueiro Salvatore Cacciola.
Antes da sua liminar, todas as instâncias judiciárias tinham mantido a prisão cautelar de Cacciola decretada por um juiz federal de primeiro grau.
Com a equivocada decisão do ministro Marco Aurélio Mello, o banqueiro Caciolla, que obtinha ilegalmente informações privilegiadas do Banco Central e faturava bilhões com elas, fugiu do Brasil, como todos sabem: só foi preso e extraditado por acaso, quando passeava em Monte Carlo sem saber da existência de uma ordem internacional para sua captura.
Quando soltou Cacciola, o ministro Marco Aurélio Mello entendeu desnecessária a prisão, ou seja, para ele não havia risco de fuga de Cacciola. Pisou na bola. Pior, já disse que repetiria a decisão, ou melhor, que não se arrependeu. No popular, acha não ter errado.
Hoje, Marco Aurélio poderá decidir, liminarmente, sobre a soltura ou a manutenção da prisão preventiva do governador José Roberto Arruda.  Em outras palavras, ele pode manter ou cassar a decisão da cúpula do Superior Tribunal de Justiça, que, por competente, decidiu prender cautelarmente Arruda, para garantir as apurações e buscar a verdade real.
Seria prudente que Marco Aurélio deixasse a apreciação da liminar para o órgão plenário do STF, ou seja, para os 11 ministros. A rádio-corredor do STF já difunde ser ele  vaidoso demais para tomar tal cautela. A propósito, boa cautela, em respeito a uma decisão colegiada, não unânime ( dois votos foram pela não decretação da prisão), de ministros do Superior Tribunal de Justiça.
Vamos aguardar que o ministro Marco Aurélio não conceda a liminar ou deixe a sua apreciação cautelar para o plenário do STF.
Até o mais idiota dos moradores de Brasília sabe do que o governador Arruda é capaz. Ele conta com  antecedentes demonstradores até conseguir violar votações secretas do Senado. No caso, há provas contundentes de atuação de Arruda voltada, por interpostas pessoas, a impedir a apuração da verdade.
PANO RÁPIDO. O STF tem em Marco Aurélio Mello um ministro imprevisível. E isso não é bom para a sociedade civil, ou melhor, para os jurisdicionados da mais alta Corte.
Wálter Fanganiello Maierovitch
 Nada a expor,. Tudo estampado na cara do cretino.
Dantas recebeu dois habeas corpus do juiz Gilmar Mendes
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF
NEM NA DITADURA ISTO SERIA POSSÍVEL
 
Weber,Rosa  frase reveladora: "vou condenar Dirceu sem provas, mas a literatura jurídica me autoriza a fazer isso".
Meu Deus, não é verdade. Livrai-nos da justiça do Brasil.





quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O desagravo a Lewandowski


14/11/2012

Lewandowski: um desagravo ao Direito brasileiro


A expressão 'Ainda há juízes em Berlim' é frequentemente lembrada quando o Estado de Direito é acuado pela exceção que pretende impor a sua vontade à força ou, modernamente, ao arbítrio do rolo compressor midiático. 

A convicção embutida no enunciado remete ao desassombro de um camponês prussiano ainda no século XVIII . Coagido a derrubar seu moinho na vizinhança do palácio real, ele resistiu ao algoz porque confiava na isenção da Justiça que lhe deu coragem para não ceder. 

A captura da opinião pública pelo quase oligopólio midiático distorce a relação de forças na sociedade a ponto de fraudar o direito de não ceder ao imperativo conservador. 

O país patina há mais de quatro meses no vórtice dessa amarga experiência de usurpação do discernimento social e jurídico. 

Acionada por interesses cuja hegemonia tem sido desautorizada em sucessivos escrutínios democráticos, uma fantástica máquina de criminalização da esquerda, da política e das formas de representação popular foi posta em marcha no julgamento da Ação Penal 470. 

Talentos profissionais da dramaturgia, do jornalismo e do marketing político revestiram uma monumental peça acusatória com o maniqueísmo capaz de torná-la crível, lógica e digerível.

Só um ruído maculava a extraordinária sintonia do conjunto: a falta de provas nos autos. A lacuna seria calafetada diuturnamente pelas betoneiras da semi-informação, da ocultação e do preconceito intrínsecos ao monolitismo midiático.

O jurista alemão Claus Roxin desautorizou o uso bastardo de um conceito de sua lavra, apropriado de forma pedestre na sofreguidão condenatória montada a contrapelo dos autos e das circunstâncias.

Mas foi um magistrado no ofício corajoso de reafirmar a norma e, sobretudo, as impropriedades da impaciência na santa aliança com o arbítrio que personificou de fato a imagem do juiz de Berlim neste caso.

Ricardo Lewandowski recusou o moralismo obscurantista e afrontou o contubérnio entre egos togados e holofotes feitos para cegar.

Paciente, às vezes indignado, reafirmou o espaço do contraditório; sempre que pode, recolou o comboio desembestado na faina condenatória nos trilhos da razão argumentativa; falou sem o hermetismo dos boçais; convidou à reflexão , evocou o bom senso -- cobrou a presunção da inocência, sem a qual o Direito deixa o abrigo da ciência para ser arbítrio.

Em rota de colisão com o atropelo dos autos , não recuou quando a ligeireza indiciária dos robespierres das redações levantou a guilhotina contra a sua reputação.

Lewandowski honrou a toga da suprema corte ao não ceder à arte de satanizar antes de provar a existência do inferno - não raro encenado com as chamas produzidas no photoshp do oligopólio que se evoca inimputável.

A retidão do ministro relator orgulha e reafirma a soberania do judiciário brasileiro no terreno minado dos dias que correm. 

Mas sua voz não pode mais ser reportada à opinião pública exclusivamente pelo filtro de um aparato interessado em baratear o Direito a sua conveniência.

A voz dos seus pares em todo o Brasil não pode perdurar em silêncio, enquanto se procede à lapidação da toga heroica com as pedras de um falso consenso condenatório.

Carta Maior conclama seus leitores, os advogados e juristas brasileiros, ademais das organizações sociais e suas lideranças a endossarem o manifesto ecumênico de apoio a Ricardo Lewandowski iniciado e liderado pelo site Cidadania, e que deve ser entregue ao ministro, em mãos , em Brasília. 

Não se trata, fique claro, de um gesto protocolar. Tampouco expressa uma verticalidade partidária --não é apenas a Ação Penal 470 que está em jogo.

O desagravo a Lewandowski nos dias que correm representa, acima de tudo, uma reafirmação do sagrado compromisso do judiciário brasileiro com o Estado de Direito no país.

Abaixo, o manifesto de apoio ao ministro Ricardo Lewandowski

'O carioca Enrique Ricardo Lewandowski, de 64 anos, desde o primeiro momento do julgamento da ação penal 470 não se vergou a pressões, a intimidações, a insultos e à chacota.

Foi atacado, ridicularizado, achincalhado, difamado pela grande imprensa e até por grande parte dos seus pares no STF, sobretudo quando absolveu José Dirceu da condenação por corrupção ativa, e rejeitou a tese, jamais provada, de que o PT teria “comprado votos”.

Ao justificar seu voto absolvendo Dirceu, recorreu ao principal teórico da atualidade sobre a teoria jurídica usada para condenar o ex-ministro, o alemão Claus Roxin, que, segundo Lewandoski, divergiria da interpretação da maioria esmagadora do STF sobre o Domínio do Fato.

Em 11 de novembro de 2012, passadas as condenações com base nessa teoria, o jornal Folha de São Paulo publica entrevista do teórico alemão que repudia a interpretação que os pares de Lewandoski deram ao seu trabalho.

Os ministros Carlos Ayres Britto, Cezar Peluzzo, Carmem Lúcia, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e Celso de Mello, portanto, trocaram o julgamento da história pelo julgamento da mídia e da opinião publicada.

Até José Antonio Dias Tóffoli, apesar de nadar contra a maré quanto a Dirceu, em algum momento se deixou intimidar. Lewandoski, não. Permaneceu e permanece firme, impávido, em defesa do Estado de Direito.

Não é fácil fazer o que fez esse portento de coragem e decência. O grupo social que esses ministros freqüentam é impiedoso, medíocre e, não raro, truculento. E se pauta exclusivamente pela mídia.

Os aplausos fáceis que Joaquim Barbosa auferiu com suas cada vez mais evidentes pretensões político-eleitorais jamais seduziram Lewandowski, que desprezou o ouro dos tolos e ficou ao lado da verdade.

Convido, pois, os leitores deste blog a escreverem suas homenagens ao ministro Lewandowski, as quais lhe serão enviadas, com vistas a se contrapor aos ataques rasteiros e covardes que ele vem sofrendo.

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