quinta-feira, 31 de maio de 2012

Sorria, você assiste e lê certos jornais e revistas.

SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO MANIPULADO

    Jornalismo ou terrorismo midiático?



Peço a você leitor que observe atentamente as duas imagens, que alias são uma só.

A imagem da esquerda aconteceu em 2003 no Iraque, produto da democracia dos Estados Unidos.

A da direita, que alias é a mesma imagem, foi distribuída pela BBC acusando o governo sírio pelo massacre na cidade de Houla.

O impressionante é que a descoberta da manipulação da imagem veio de Cuba.

Será que ninguém na mídia ocidental percebeu a vergonhosa manipulação?

Ou será que  somente em Cuba pratica-se o verdadeiro jornalismo?

AQUI você lê mais sobre a vergonhosa manipulação.

 AQUI e AQUI vê outra manipulação feita pela BBC.

Postado por 

EU SOU NOOOORMAL!!!!!!


    Publicado em 31/05/2012
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O Conversa Afiada reproduz do JB Online texto de Mauro Santayana:

Gilmar não é o Supremo

Mauro Santayana


Engana-se o Sr. Gilmar Mendes, quando denuncia uma articulação conspiratória contra o Supremo Tribunal Federal, nas suspeitas correntes de que ele, Gilmar,  se encontra envolvido nas penumbrosas relações do Senador Demóstenes Torres com o crime organizado em Goiás.

A articulação conspiratória contra o Supremo partiu de Fernando Henrique Cardoso, quando indicou o seu nome para o mais alto tribunal da República ao Senado Federal, e usou de todo o rolo compressor do Poder Executivo, a fim de obter a aprovação. Registre-se que houve 15 manifestações contrárias, a mais elevada rejeição em votações para o STF nos anais do Senado.

Com todo o respeito pelos títulos acadêmicos que o candidato ostentava – e não eram tão numerosos, nem tão importantes assim – o Sr. Gilmar Mendes não trazia, de sua experiência de vida, recomendações maiores. Servira ao Sr. Fernando Collor, na Secretaria da Presidência, e talvez não tenha tido tempo, ou interesse, de advertir o Presidente das previsíveis dificuldades que viriam do comportamento de auxiliares como P.C. Farias. Afastado do Planalto durante o mandato de Itamar, o Sr. Gilmar Mendes a ele retornou, como Advogado Geral da União de Fernando Henrique Cardoso. Com a aposentadoria do ministro Néri da Silveira, Fernando Henrique o levou ao Supremo. No mesmo dia em que foi sabatinado, o jurista Dalmo Dallari advertiu que, se Gilmar chegasse ao Supremo, estariam “correndo sério risco a proteção dos direitos no Brasil, o combate à corrupção e a própria normalidade constitucional”. Pelo que estamos vendo, Dallari tinha toda a razão.

Gilmar, como advogado geral da União – e o fato é conhecido –, recomendara aos agentes do Poder Executivo não cumprirem determinadas ordens judiciais. Como alguém que não respeita as decisões da justiça pode integrar o mais alto tribunal do país?  Basta isso para concluir que Fernando Henrique, ao nomear o Sr. Gilmar Mendes, demonstrou o seu desprezo pelo STF. O Supremo, pela maioria de seus membros, deveria ter o poder de veto em casos semelhantes.

Esse comportamento de desrespeito – vale lembrar – ocorreu também quando o Sr. Francisco Rezek renunciou ao cargo de Ministro do Supremo, a fim de se tornar Ministro de Relações Exteriores, e voltou ao alto tribunal, re-indicado pelo próprio Collor. O episódio, tal como a posterior indicação de Gilmar, trouxe constrangimento à República. Ressalve-se que os conhecimentos jurídicos de Rezek, na opinião dos especialistas, são muito maiores do que os de Gilmar. Mas se Rezek não servia como chanceler, por que deveria voltar ao cargo de juiz a que renunciara?  São atos como esses, praticados pelo Poder Executivo, que atentam contra a soberania da Justiça, encarnada pelo alto tribunal.

A nação deve ignorar o esperneio do Sr. Gilmar Mendes. Ele busca a confusão, talvez com o propósito de desviar a atenção do país das revelações da CPI. O Congresso não se deve intimidar pela arrogância do Ministro, e levar a CPMI às últimas conseqüências; o STF deve julgar, como se espera, o processo conhecido como mensalão, como está previsto. Acima dos três personagens envolvidos na conversa estranha que só o Sr. Mendes confirma, lembremos o aviso latino, de que testis unus, testis nullus, está a Nação, em sua perenidade. Está o povo, em seus direitos. Está a República, em suas instituições.

O Sr. Gilmar Mendes não é o Supremo, ainda que dele faça parte. E se sua presença naquele tribunal for danosa à estabilidade republicana – sempre lembrando a forte advertência de Dallari – cabe ao Tribunal, em sua soberania,  agir na defesa clara da Constituição, tomando todas as medidas exigidas. Para lembrar um autor alemão, Carl Schmitt, que Gilmar deve conhecer bem, soberano é aquele que pratica o ato necessário.


A SALSICHAS E A FOLHA

O fato, caro leitor, é que se as pessoas


soubessem como são feitas as 


salsichas e o jornalismo da Folha, não os 


consumiriam nem sob a mira de 


um fuzil.


Leia aqui.
http://www.blogdacidadania.com.br/2012/05/folha-devia-falar-da-tucanada-na-casa-de-monica-waldvogel-2/

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Gilmar mentiu


gilmar mendes kotscho Teste de voz revela que Gilmar mentiu
Na enxurrada de entrevistas que vem concedendo sobre o seu encontro com o ex-presidente Lula, no escritório do ex-ministro Nelson Jobim, no dia 26 de abril, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, aparece cada vez mais descontrolado, atirando para todo lado, como se estivesse sofrendo uma forte perseguição.
Foi o que se viu na entrevista que concedeu ao Jornal Nacional, da TV Globo, na noite de segunda-feira. Suando muito, lívido, inseguro, olhando a toda hora para os lados, Mendes em nada lembrava o combativo ministro do STF, sempre muito veemente e definitivo nas suas declarações.
O perito Mauro Nadvorny, diretor-presidente da Truster Brasil, empresa especializada em análise de frequência de voz, detectou trechos "fraudulentos e suspeitos" na entrevista concedida à TV pelo ex-presidente do STF.
A revelação do laudo de Nadvorny foi feita discretamente pelo portal UOL, uma empresa do Grupo Folha, em nota publicada às 18h14 de terça-feira, quando Mendes já havia concedido mais um balaio de entrevistas:
"Na análise de um total de 3 minutos de trechos da entrevista, foram detectadas 11 ocorrências de alto risco, cinco de provável risco e duas de baixo risco".
Para que não restem dúvidas, o perito explicou os termos técnicos: "Alto risco é uma maneira de dizer que a pessoa está mentindo".
A empresa Truster Brasil produz a tecnologia que detecta sinais de tensão, estresse, medo, embaraço e excitação em arquivos de voz. É o que antigamente se chamava de "detector de mentiras".
Sem saber da perícia feita na sua voz, em outra entrevista publicada nesta quarta-feira, Gilmar Mendes afirmou peremptoriamente ao jornal O Globo: "Não tenho histórico de mentira"
Curiosamente, a notícia do UOL, publicada sob o título "Exame de voz destaca "segmentos fraudulentos" em fala do ministro Gilmar Mendes", foi omitida dos assinantes da versão em papel da Folha, que preferiu dar outra manchete, mais ou menos na mesma linha dos seus concorrentes: "Meta de Lula é melar o julgamento", diz Mendes.
Neste caso, o jornal não fez nenhuma perícia para analisar a voz do ministro do STF, nem pediu provas sobre a sua acusação. Apenas reproduziu as declarações de Mendes ao repórter Felipe Seligman, da sucursal de Brasília.
"Vamos parar com fofoca. A gente está lidando com gângsters. Estamos lidando com bandidos que ficam plantando informações". Na mesma entrevista, Mendes acusou o ex-presidente Lula de agir como uma "central de divulgação" com informações sobre as suas ligações com o senador Demóstenes Torres e seu amigo, o contraventor Carlinhos Cachoeira.
Ao falar para o Estadão, Gilmar Mendes desta vez mirou também em Paulo Lacerda, delegado aposentado da Polícia Federal, ex-chefe da Agência Brasileira de Informações (Abin), a quem acusou de fazer investigações e fornecer informações contra ele para o PT.
"Eu acho que o ministro Gilmar Mendes, se ele falou isso, está totalmente desinformado em relação à minha vida e ao meu trabalho. Eu não tenho nenhuma relação com partido político. Nunca tive e não tenho", disse Lacerda ao repórter Eduardo Kattah.
Paulo Lacerda foi afastado da direção da Abin no célebre caso do "grampo sem áudio" publicado pela revista Veja, em setembro de 2008, com denúncias sobre a gravação de supostas conversas entre Gilmar Mendes e seu amigo Demóstenes Torres.
Falando sem parar durante todo o dia aos veículos das Organizações Globo, Gilmar Mendes denunciou "uma sórdida ação orquestrada para enfraquecer o Supremo, levar o tribunal para a vala comum, fragilizar a instituição e estabelecer a nulidade da Corte", segundo a versão publicada pelo jornal impresso.
Para ele, como fica claro em todas as entrevistas, o principal responsável por esta ação é o ex-presidente Lula, mas Mendes não foi convidado por nenhum veículo a apresentar provas sobre as suas acusações. Prefere fazer comparações: "... o Brasil não é a Venezuela de Chávez... ele mandou até prender juiz."
É neste clima que Brasília convive com os preparativos para o julgamento do processo do mensalão e as trombadas da CPI do Cachoeira, a quatro meses das eleições municipais. Se juntar tudo e bater no liquidificador, vai dar um caldo meio esquisito.
Até o momento em que escrevo, na manhã desta quarta-feira, Lula ainda não respondeu às acusações de Gilmar Mendes.
O fato é que o ex-presidente, ainda se recuperando das sequelas do tratamento do câncer na laringe, que já completou sete meses, fez três apostas de alto risco: denunciar a "farsa do mensalão", bancar a candidatura de Fernando Haddad a prefeito de São Paulo e incentivar a criação da CPI do Cachoeira, tudo ao mesmo tempo.
Enquanto isso, com boa retaguarda na mídia, o ministro Gilmar Mendes vai assumindo o papel de líder da oposição a Lula e ao PT.
O que pensarão de tudo isso os demais membros do Supremo Tribunal Federal?
 Balaio do Kotscho


terça-feira, 29 de maio de 2012

A ÚLTIMA CARTADA


Mídia e oposição tentam a última cartada

29/05/2012 19 COMENTÁRIOS
Tudo leva a crer que a acusação de Gilmar Mendes à Lula foi uma jogada ensaiada com a oposição e Veja. O Clube Nextel tenta a última cartada contra a CPI do Cachoeira. Algumas observações:
  1. Nos dias que antecederam a criação da CPI, a mídia brandiu ameaças pesadas, nada sutis, contra o governo. A relação da Veja com o esquema já tinha vazado, junto com trechos do relatório da Polícia Federal, o que, seguramente, deflagrou movimentos e contatos desesperados entre editores da revista e caciques da oposição.
  2. Gilmar Mendes, logo após o encontro com Lula e Nelson Jobim, correu para o encontro do presidente do DEM, Agripino Maia, conforme relatado por Moreno.
  3. Mendes disse que ficou “perplexo”. Jobim declarou que Lula saiu antes e Gilmar não comentou nada com ele.
  4. Em matéria do Estadão publicada hoje, encontro a seguinte declaração de um membro da oposição:“Para o líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), o episódio desmoraliza os governistas na apuração do caso Cachoeira. “A CPI nascia contaminada e isso se confirma agora, com esse grau de ingerência. A maioria deve explicar se está disposta a seguir qualquer ordem de um ex-presidente”, provocou.”
Os jornalões desta quarta-feira amanheceram com sangue na boca. Os colunistas políticos compraram, sem hesitar, a versão de Mendes e usam todas as velhas artimanhas para pintá-la como verdade absoluta, a começar pela desqualificação de Nelson Jobim, cujas declarações, que desmentem a Veja, atrapalham sua estratégia. O simples bom senso de termos a opinião de dois, Jobim e Lula; contra um, Mendes, não parece valer nada.
A artilharia disparou unida, como uma tropa organizada:  Editorialdo Estadão, editorial da Folha, coluna de Merval, de Cantanhede, de Helio Schwartsman, de Dora Kramer.
No entanto, ficam várias suspeitas no ar:
  1. Por que o Globo ocultou a versão de Jobim em sua edição impressa de segunda-feira?
  2. Por que exigiu a Moreno que escrevesse uma matéria reconstruindo o encontro com base em “rastros de conversa”, e publicou-a no lugar de outra, que tinha muito mais valor, em termos jornalísticos, na qual Jobim nega, com firmeza, a veracidade da denúncia publicada em Veja?
  3. Por que Mendes escolheu justamente a Veja, órgão enrolado com a CPI do Cachoeira, para fazer sua denúncia?
Voltamos à teoria ventilada no início do post. Tudo leva a crer a um plano ensaiado da oposição. Gilmar relata a conversa com Lula a Agripino Maia, e diz que poderia, distorcendo aqui e ali, transformá-la numa “tentativa de chantagem”.
Até o chargista do Globo entrou na guerra de informação:
Repare uma coisa. A charge traz um erro. Segundo Gilmar, foi ele quem bateu no joelho de Lula, não o contrário. A versão de Mendes, contada por Moreno, é que Lula teria dado um tapinha nas costas de Gilmar, que retribuiu com um tapinha no joelho do ex-presidente. No afã de agradar o patrão, Chico sequer pensou nesse detalhe.
Agora assistam à entrevista de Gilmar Mendes ao Jornal Nacional, que é um pouco diferente daquela feita à Globo News.  E totalmente diferente do teor da reportagem da Veja, que fala em chantagem bastante explícita do ex-presidente. Repare que Gilmar recua. Agora afirma que não houve nenhum pedido específico de Lula para adiar o mensalão.
Enfim, todos os fatos convergem para uma tentativa de Gilmar Mendes de se blindar contra possíveis revelações da CPI contra sua pessoa, visto que ele sempre foi muito ligado a Demóstenes Torres.
Na verdade, Mendes tem vários rabos aparecendo na CPI do Cachoeira. Em inúmeras gravações, Demóstenes Torres e Cachoeira citam Gilmar como seu aliado. Sem esquecer que Gilmar Mendes, quando presidente do STF, trouxe Jairo Martins, principal operador de Cachoeira, para dentro da instituição, contratando-o como seu “personal araponga”. E que foi o tal “grampo sem áudio” da conversa entre Mendes e Demóstenes, o causador de uma grave crise institucional que teve como consequência a demissão de Paulo Lacerda, um dos mais brilhantes policiais da história da república, da direção da ABIN, a central de inteligência do governo federal.
O que vemos hoje, de qualquer forma, é um fato muito triste. A grande mídia, assustada com a CPI do Cachoeira, a qual tenta sistematicamente desqualificar, decidiu apelar para o sentimento antilulista de um determinado setor social. Lança-se uma suspeita no ar, produzindo um clima de conspiração e irracionalidade. Tentemos trazer um pouco de oxigênio à essa loucura irrespirável:
  1. O que está em jogo agora é a CPI do Cachoeira, não o mensalão. Ela traz criminosos de verdade, bandidões cinco estrelas, com envolvimento de um senador, deputados federais, vereadores, procuradores, governadores, empresas de mídia e uma grande construtora. Este é o assunto da ordem do dia.
  2. O mensalão é um processo já terminado. A data está inclusive marcada. Não há possibilidade de adiamento. A denúncia de Gilmar só teria sentido se o adiamento (que aliás não seria nenhuma monstruosidade jurídica) estivesse em discussão. Os réus já apresentaram sua defesa, e agora espera-se apenas a decisão dos juízes. Não há mais nenhuma polêmica.
  3. A quem interessa desqualificar a CPI, e associar o seu ímpeto investigativo à tentativa de “vingança” contra a mídia, ou ao esforço de “melar o mensalão”? Resposta: o DEM, envolvido por causa de Demóstenes Torres; o PSDB, atolado no crime organizado em função das ligações do seu governador, Marconi Perillo, com o esquema; a Veja, cuja relação de longa data com Cachoeira e Demóstenes gerou pesadas suspeitas de que incorreu em crime de formação de quadrilha; outros órgãos de mídia que pactuavam e pactuam com a Veja.
O deliberado envenenamento do ambiente político é uma ação de cunho antidemocrático. Lembro que estudei isso nos livros do professor Wanderley Guilherme dos Santos, que tratavam das crises políticas dos tempos de de Vargas até a ditadura. A oposição, sempre que não conseguia conduzir o debate político da forma convencional, através de argumentos e disputa eleitoral, apelava para a desqualificação moral do adversário. É uma tática espúria que provavelmente existe desde o início da democracia no mundo. Hitler não queria debater política com seus adversários, então mandou incendiar a sede do parlamento (o Reichstag) e botar a culpa nos comunistas. É sempre mais fácil chamar o adversário político de “terrorista”, ou de “chantageador”, do que participar de um debate político transparente.
Com isso, não há discussão de políticas públicas, não há debate sobre as razões que levam o povo a preferir este ou aquele candidato, nada é dito acerca das mazelas sociais, e se passa ao largo da difícil guerra que precisa ser feita para a superação do subdesenvolvimento. Discute-se apenas se fulano é honesto ou não. O país inteiro fica a mercê das suspeitas sobre a idoneidade de Getúlio Vargas ou Lula. Quanto ao mérito das ações de seu governo, não se fala nada. É uma estratégia antiga, ultraconservadora, que visa paralisar ou atrasar as mudanças. A mídia, e não só a radiofusão, que é concessão pública, mas também a imprensa escrita, que recebe milhões de reais de verbas públicas através de publicidade institucional, promovem o empobrecimento do debate político e cultural do país, degradando a democracia e retardando o debate urgente sobre medidas urgentes que devemos tomar para superar o atraso econômico e social.
Só que desta vez a mídia perdeu o monopólio do debate público. E suas estratégias, que já foram desmascaradas por historiadores que estudaram os golpes e as tentativas de golpes de 1954 até hoje, hoje estão ainda mais em evidência em função da internet. Crises como essa, criadas por Gilmar Mendes e Veja, apenas servem para incendiar a revolta e a indignação de milhões de brasileiros que não aceitam ver seu sonho, mais uma vez, ser interrompido. Ainda mais por esta verdadeira máfia política, um monstro híbrido, multicéfalo, comandado por setores golpistas e inescrupulosos da mídia, lideranças políticas conservadoras, membros corruptos do Judiciário, e chefões do crime organizado.
Eles venceram em outros momentos; desta vez, no pasarán. Ou como diria Quintana, traduzindo a engenhosidade e o sentimento com que os artistas (e os povos) se libertam de seus tiranos e abrem sua asas, ganhando a história:
Todos estes que aí estão
Atravancando o meu caminho,
Eles passarão.
Eu passarinho!

O mensalão e a CPI. A fumaça e o fogo.


Política - o mensalão e a CPI

A fumaça e o fogo

Vem cá. Me explica. O Carlinhos Cachoeira dava dinheiro
 para o mensalão? Ele é compadre do Daniel Dantas? 
O Zé Dirceu se encontrou com o Demóstenes em Berlim, 
com passagem paga pelo bicheiro? 
O Delúbio, que também é de Goiás, ganhou 
uma cozinha completa de presente de aniversário?

Que que tem o tal do "mensalão" a ver com a CPI?

Eu quero que o Supremo julgue logo o mensalão. 
Meu palpite é que vão pegar peixes pequenos. 
Ao que parece, não tem nada de concreto contra o Dirceu. 
Pode ser que o Genoíno dance. Afinal, ele era presidente do partido. 
Vai ser um prêmio de consolação para os reacionários.

Falo isso imaginando um julgamento técnico, com base nas provas do processo. 
Qual é a pena para caixa 2 de campanha eleitoral? Mas é o Supremo. 
Pode vir um julgamento político.

O caso é que isso não tem nada a ver com a CPI. 
As relações do bicheiro estavam mais para a direita. 
E vem chumbo grosso aí. Gravações que ainda não foram transcritas.
 Dinheiro para lá e para cá. Chefões da imprensa livre envolvidos.
 Tem muita gente mais "desesperada" que o Zé.

Dizer que a Delta isso-e-aquilo é besteira.
 A Delta tinha contratos com quase todos os governos do país.
Pode ter sacanagem? Pode. O sigilo bancário está aí para ser quebrado. 
Antes disso, qualquer especulação é cortina de fumaça. 
Como diria... quem diria... a Veja.

Política - ainda o Gilmar Mendes

Ponte aérea

Primeiro ele disse que o Lula disse. 
Depois ele disse que não tinha dito que o Lula disse.
 Agora ele diz que o Lula disse o que ele disse que o Lula disse.
 Quer dizer. Mais ou menos.
 Ele diz que o Lula insinuou o que ele disse que o Lula disse.

É muito disse-que-disse.

Amizade com o Demóstenes? Que nada. 
Relação meramente institucional: "nos encontramos em Praga, 
eu tinha compromisso acadêmico em Granada, está no site do Tribunal."

Bacana. O meretríssimo estava em Granada e resolveu dar um pulinho em 
Praga para curtir o seu relacionamento amoroso, quer dizer, institucional. 
Distância de 2.500 quilômetros, uma besteirinha.

Deixa de ser maldoso, Joel. A filhota do Gilmar mora em Berlim. 
Aí são só 350 quilômetros até Praga. Uma rapidinha. 
Êpa! Eu quis dizer: uma ponte aérea rapidinha.

Imprensa livre - Kennedy Alencar, na CBN

Mensalão

A pressão começou quando o Lula ainda tinha barba
O comentarista da Época e da CBN 
estranha que o Gilmar Mendes tenha 
demorado tanto para falar da tal conversa
 com o Lula. E pede para o meritíssimo
 mostrar os recibos da passagem para
 Berlim, onde ele se encontrou com o 
Demóstenes. 
Dizem que o recibo está em nome do 
Carlinhos Cachoeira.

Uma no cravo, outra na ferradura. 
Ele também quer que o Lula se explique.

O que me causa espanto é outra coisa. 
O Kennedy diz que o episódio é ruim para o PT, para o Lula e para os acusados 
tal do "mensalão", 
o suborno que o PT pagava para os deputados do PT votarem nas propostas do PT.

Por dois motivos: 1. porque pode haver uma reação do Supremo para julgar este ano, 
no segundo semestre, junto com o calendário eleitoral;
 2. porque aumenta a chance de os ministros condenarem os réus,
 por "uma reação corporativa compreensível".

Deixa eu entender direitinho. 
Os excelsos juristas que compõem a corte maior do país podem vir a julgar 
o caso mais rumoroso do século motivados por vingança pessoal?
 É isso? E é "compreensível"?

SEGUNDA-FEIRA, 28 DE MAIO DE 2012

Política - Gilmar Mendes e Lula

Testemunho insuspeito


segunda-feira, 28 de maio de 2012

VEJA, GILMAR, DEMÓSTENES, CACHOEIRA À BEIRA DO DESESPERO


Gilmar Mendes & Veja: a pauta do desespero


A revista que arrendou uma quadrilha para produzir 'flagrantes' que dessem sustentação a materias prontas contra o governo, o PT, os movimentos sociais e agendas progressistas teve a credibilidade ferida de morte com as revelações do caso Cachoeira. VEJA sangra em praça pública. Mas na edição desta semana tenta um golpe derradeiro naquela que é a sua especialidade editorial: um grande escândalo capaz de ofuscar a própria deriva. À falta dos auxilares de Cachoeira, recorreu ao ex-presidente do STF, Gilmar Mendes, que assumiu a vaga dos integrantes encarcerados do bando para oferecer um 'flagrante' à corneta do conservadorismo brasileiro. Desta vez, o alvo foi o presidente Lula.

A semanal transcreve diálogos narrados por Mendes de uma inexistente conversa entre ele e o ex-presidente da República, na cozinha do escritório do ex-ministro Nelson Jobim. Gilmar Mendes --sempre segundo a revista-- acusa Lula de tê-lo chantageado com ofertas de 'proteção' na CPI do Cachoeira. Em troca, o amigo do peito de Demóstenes Torres, com quem já simulou uma escuta inexistente da PF (divulgada pelo indefectível Policarpo Jr, de VEJA, a farsa derrubou o diretor da ABI, Paulo Lacerda), deveria operar para postergar o julgamento do chamado 'mensalão'.

Neste sábado, Nelson Jobim, insuspeito de qualquer fidelidade à esquerda, desmentiu cabalmente a versão da revista e a do magistrado. Literalmente, em entrevista ao Estadão, Jobim disse: 'O quê? De forma nenhuma, não se falou nada disso. O Lula fez uma visita para mim, o Gilmar estava lá. Não houve conversa sobre o mensalão; tomamos um café na minha sala. O tempo todo foi dentro da minha sala (não na cozinha); o Lula saiu antes; durante todo o tempo nós ficamos juntos", reiterou.

A desfaçatez perpetrada desta vez só tem uma explicação: bateu o desespero; possivelmente, investigações da CPI tenham chegado perto demais de promover uma devassa em circuitos e métodos que remetem às entranhas da atuação de Mendes e VEJA nos últimos anos. Foram para o tudo ou nada. No esforço para mudar o foco da agenda política e criar um fato consumado capaz de precipitar o julgamento do chamado 'mensalão', jogaram alto na fabricação de uma crise política e institucional. O desmentido de Jobim nivela-os à condição dos meliantes já encarcerados do esquema Cachoeira. A Justiça pode tardar. A sentença da opinião pública não.
Postado por Saul Leblon