domingo, 11 de agosto de 2013

“Peido de véia”

Padrão Globo: “Bomba” de Época vira “peido de véia” em menos de 24 horas

A "bomba" da revista Época, denunciando propinas na Petrobras para pagar mesadas a deputados do PMDB e financiar a campanha da presidente Dilma Rousseff, continua gerando polêmica; na verdade, o que fora anunciado como um escândalo revelou-se um "peido de véia" em menos de 24 horas; O repórter Diego Escosteguy publicou alguns áudios com a voz da fonte de sua reportagem, mas ele é acusado de ter editado as gravações de forma parcial e publicado as mesmas fora de contexto.
A “bomba” da revista Época, denunciando propinas na Petrobras para pagar mesadas a deputados do PMDB e financiar a campanha da presidente Dilma Rousseff, continua gerando polêmica; na verdade, o que fora anunciado como um escândalo revelou-se um “peido de véia” em menos de 24 horas; O repórter Diego Escosteguy publicou alguns áudios com a voz da fonte de sua reportagem, mas ele é acusado de ter editado as gravações de forma parcial e publicado as mesmas fora de contexto.

Conforme afirmamos nesta nota, a fonte da reportagem malfeita da revista Época, João Augusto Rezende Henriques, iria desmentir declarações que foram atribuídas a ele, ficou evidente que, da maneira em que foi publicada, se fosse verdade, seria uma confissão de crimes gravíssimos praticados pelo próprio lobista.
Dito e feito. Na tarde de sábado (10), João Augusto distribuiu nota negando participação na reportagem. Eis a nota:
“Informo que não concedi entrevista à revista Época. O contato que mantive com o repórter da publicação tratava-se meramente de uma conversa informal, cujo convite partiu dele, na qual o repórter apresentou as situações descritas na reportagem. O que não significa que houve concordância com a versão do repórter.
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Quanto aos fatos mencionados pelo jornalista, não exerço, e nunca exerci, qualquer interferência nos contratos da área internacional da Petrobras. Não recebi e nunca repassei qualquer recurso para pessoas nem tampouco partidos, sejam eles PT ou PMDB.
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De fato, havia sido sondado pelo já falecido deputado Fernando Diniz para assumir um cargo na Petrobras, mas declinei do convite.
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Conheci, e conheço várias pessoas da Petrobras porque lá trabalhei durante 23 anos, tendo sido, inclusive, diretor da BR Distribuidora. Não fui responsável por demissões ou indicações para cargos na estrutura da Petrobras.
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No mais, o que expôs a publicação são ilações. João Augusto Henriques”
Diego Escosteguy, jornalista que assina a matéria, resolveu então publicar a gravação, querendo provar que não estava mentido. Foi um vexame. Só publicou alguns trechos deixando dúbios quando as conversas são cortadas, sem mostrar todo o contexto em que foi dita. Inclusive seria importante publicar na íntegra para entender a motivação que João Augusto teria para se autoincriminar se é que fez isso de fato. Ele achou que estava falando em “off”? E estaria usando esse “off” para detonar adversários de Aécio Neves, sem compromisso com a verdade? Diego Escosteguy esconde as informações do leitor, que são importantes, quando se trata de um denúncia sem documentos, apoiada apenas em palavras de quem o próprio Escosteguy deprecia ao tratá-lo como lobista.
Que falta faz a Mídia Ninja, que transmite ao vivo e ainda deixa tudo gravado na íntegra para qualquer internauta que queira ver. Mas esperar o quê do jornalismo da Globo? Se não manipulasse informações ao gosto dos demotucanos não seria a Globo. Que vexame.
Aliás, bateu desespero na Globo. Será só com o propinão tucano ou será também com o escândalo da sonegação da emissora? A TV deu outro vexame. Repercutiu a matéria malfeita da revista no Jornal Nacional, mesmo após ser contestada pela própria fonte. Isso sem conseguir nenhum documento, nem entrevista com João Augusto (pelo contrário, teve a negação em nota). Jornalismo decente acabaria de apurar antes sair espalhando coisas que carecem de consistência. Mas isso é a Globo. Nas eleições de 2010, o Jornal Nacional embarcou na campanha de José Serra e colocou no ar o ex-presidiário Rubney Quicoli para fazer denúncias mirabolantes contra Dilma, sem apresentar qualquer documento, testemunha ou prova.

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