terça-feira, 28 de maio de 2013

A estratégia do Golpe preventivo.


Publicado em 28/05/2013

CAIXA: GOLPE DO
“ERRO” É UMA FRAUDE

O Golpe tinha pernas curtas: a corrida foi no sábado e o erro, na segunda.
Os telejornais (sic) do Gilberto Freire com “i” (*) reproduziram a tecnologia da bolinha de papel que pesava dois quilos, e os “aloprados” que foram usados para abafar o escândalo das ambulâncias amplamente super-faturadas na jestão Cerra no Ministério da Saúde.

É a estratégia do Golpe preventivo.

Como os boatos que provocaram uma corrida às agências da Caixa podem revelar uma esperteza que seria empregada no calor da eleição presidencial do ano que vem, o PiG (**) saiu lépido em busca do “erro” da Caixa que provocou a corrida.

É o que fizeram todos os telejornais (sic) do Freire com “i”: a culpa é da Caixa, antes que …

Diz a manchete do Globo desta terça-feira:

“Governo culpa 3º escalão por erro (sic) …”

Estadão, em comatoso estado:

“Caixa admite erro”…

Folha (***):

“Caixa admite que cometeu erro”…


Em coro.

Parece ensaiado.

E é.

É preciso desmoralizar o Bolsa Família – como tenta o Eduardo – e o Enem, obras do Nunca Dantes.

(O Enem bateu record, com mais de 7 milhões de inscritos, e o Bom (?) Dia Brasil fez uma “reportagem” sobre os defeitos …

Deve ser porque os filhos do Dr Roberto – eles não têm nome próprio – jamais se deram ao trabalho de fazer vestibular para uma faculdade. Nasceram sabendo.)

Leia a seguir uma nota oficial da Caixa sobre a fraude do Golpe  Golpe,  e a entrevista que o ansioso blogueiro fez, por telefone, com José Urbano Duarte, vice-presidente de Governo da Caixa:


PHA: Eu vou conversar agora com José Urbano Duarte. Ele é Vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal. Entre setembro de 2009 e dezembro de 2010, ele conduziu a gestão do programa “Minha Casa Minha Vida”, como Superintendente Nacional na área criada para essa finalidade. Em janeiro de 2011, ele ocupou a Superintendência Geral em Brasília, até assumir esse novo cargo de Vice-presidente de Governo.  Eu gostaria primeiro de estabelecer uma certa cronologia – para que eu possa entender e também os nossos leitores e os nossos ouvintes do Conversa Afiada

Nos dias 18 e 19 desse mês, houve uma corrida aos postos de recebimento do Bolsa Família em muitos estados do País. 

Boatos que criaram a expectativa de que não teria dinheiro para pagar. O presidente da Caixa, Jorge Hereda confirmou que, no dia 17, véspera dos boatos, houve uma mudança na escala de pagamento, e todo o dinheiro do programa foi liberado – eu estou lendo aqui a primeira página do jornal Folha de São Paulo.

Eu lhe pergunto: existe uma relação entre essa mudança na escala de pagamentos e a corrida ?


Urbano: Olha, nós não acreditamos nisso. E não é apenas por uma percepção individual da Caixa. É em função de um histórico. Por quê ? As pessoas sempre vão receber seus benefícios naquele dia em que está definido no seu cronograma. Então, não haveria nenhum motivo para que fossem antes. Além disso, quando a gente compara historicamente os pagamentos, a gente verifica que no dia em que é liberado o pagamento de um determinado grupo de famílias, cerca de 70%, no limite 80%, vão naquele mesmo dia receber. Muitos deixam para receber em dias posteriores, porque é mais convenientes para eles.  Não existe nenhum tipo de motivação que levasse a esse recebimento, ou a essa corrida. Especialmente num sábado à tarde. No dia da própria abertura, na sexta-feira (17), a quantidade de pagamentos  foi inferior à quantidade de pagamentos que teve, por exemplo, na sexta-feira do mês de abril. Então, não havia naquele dia nenhuma anormalidade. Somente no sábado, na parte da tarde, é que começou a ter um movimento adicional. 

PHA: A partir de quando a mudança começou a funcionar? Na sexta-feira ?
Urbano: Seria possível as pessoas sacarem já na sexta-feira (17), mas não ocorreu esse movimento que aconteceu sábado à tarde. Só aconteceu sábado à tarde, com um detalhe: não foram em todos estados e todas as cidades: (os saques) foram concentrados em treze estados. Em diversos  estados do País o movimento – mesmo no sábado – foi normal.  Nós não tivemos que tomar nenhuma medida extraordinária para administrar o fluxo adicional de pessoas em nossas unidades. 

PHA: Então, para fixar corretamente: a mudança começou a ser efetuada na sexta-feira (17) e a corrida foi na tarde de sábado (18). 
Urbano: Exatamente.

PHA: E esse movimento de sexta-feira foi absolutamente igual ao da sexta-feira anterior. E a corrida não se registrou no País inteiro – o que teria ocorrido se a causa fosse a mudança da escala (de pagamentos). 

Urbano: É, a nossa visão, a nossa análise, é exatamente essa. Não faz sentido para nós que tenha acontecido em alguns lugares e não tenha acontecido em outros. Que tenha acontecido no dia seguinte e não tenha acontecido na sexta.  Mas, enfim, evidente que ,em função do fato e da proporção que tomou, a Polícia Federal vai investigar e chegar às conclusões. Nós estamos dando todas as informações para que eles possam chegar a uma conclusão. Mas a nossa leitura é exatamente essa que você fez. 

PHA: José Urbano, qual foi o erro, a informação equivocada, pela qual o presidente da Caixa, Jorge Hereda – pediu desculpas ? É que no “Bom Dia Brasil” de hoje e no “Jornal Nacional” de ontem, o senhor, José Urbano Duarte, é responsabilizado por ter cometido esse erro. Qual foi esse erro? Se é que se pode chamar assim. 
Urbano: Esse erro foi o seguinte, Paulo: durante o final de semana, no sábado e no domingo, as agências estão fechadas. Então, você não tem uma estrutura de atuação que você tem em uma segunda, uma terça, enfim, em um dia de útil.  Então, o que nós focamos no final de semana, foi em tentar administrar um movimento atípico, um momento absolutamente atípico em uma agência bancária num final de semana. Nós tínhamos todo o interesse em fazer com que esse movimento voltasse à normalidade. Então as nossas medidas no sábado e no domingo eram de passar tranquilidade para as famílias, para que elas soubessem que (o boato) não era verdade. Quando nós chegamos às agências no final de semana, o que as pessoas verbalizavam era que estavam indo lá porque tinham recebido a informação de que o Bolsa Família ia acabar naquele sábado à noite, e quem não fosse lá receber ia perder.  Fruto disso, nós tínhamos o objetivo de passar tranquilidade. Esse foi o nosso foco durante todo o fim de semana. Na segunda-feira de manhã (20), eu dei uma entrevista ao “Bom Dia Brasil”, em que me foi perguntado quando a gente abriu para pagamento. A informação que eu tinha naquele momento, inclusive por que na sexta-feira tinha sido tudo absolutamente normal, era que a abertura tinha acontecido no sábado – inclusive em função do problema. E não era isso. A abertura tinha acontecido já na sexta-feira, embora não tenha acontecido [a corrida de saques] na sexta-feira. Em relação a isso é que a gente se retratou. 

PHA: Para deixar claro de novo. Sua entrevista foi na segunda-feira, às sete horas da manhã. Portanto, a corrida já havia acontecido no sábado e no domingo. Então não há nenhuma relação entre sua entrevista e a corrida?
Urbano: Perfeitamente, minha entrevista não foi motivadora disso porque ela foi posterior ao problema.  Eu tinha uma informação imprecisa e validei ela durante a entrevista. Hoje as pessoas fazem uma imagem de que isso foi incorreto. E foi incorreto mesmo, eu tinha que ter a informação naquele momento, não tinha, e por isso a gente se desculpou. Mas não acredito que essa informação tenha causado alguma coisa no passado. 

PHA: Ou seja, não há relação de causa e efeito entre uma entrevista dada ao “Bom Dia Brasil” – o programa se chama “Bom Dia Brasil”, o que é uma liberdade, uma vez que deveria se chamar “Mau Dia Brasil”.
Urbano: Risos.

PHA: … o programa chamado “Bom Dia Brasil”  vai ao ar às sete e trinta da manhã, horário de Brasília. Logo, (uma entrevista) na segunda-feira às sete e trinta da manhã não podia causar uma corrida na tarde de sábado, não é isso?
Urbano: Perfeito, Paulo. Nossa avaliação é essa também.

Clique na barra abaixo para ouvir a entrevista.



Clique aqui para ver na TV Afiada “Zé Cardozo e os boatos: ‘não me comprometa !’”.

aqui para votar na trepidante enquete “Quem o zé Cardozo vai culpar pelos boatos ?”.


NOTA DA CAIXA

A Caixa Econômica Federal afirma que não há qualquer relação entre a movimentação verificada a partir das 13 horas de sábado (18), em alguns estados (13 estados no total), e a flexibilização do saque do benefício do Bolsa Família fora da data prevista no calendário de pagamentos do Programa. Ao contrário, o fato de o calendário estar liberado evitou um problema maior caso as famílias não tivessem acesso ao seu benefício. 

Diante dos acontecimentos do fim de semana, a preocupação do banco naquele momento era transmitir segurança e tranquilidade aos beneficiários de que os pagamentos estavam assegurados, além de evitar quaisquer outros fatos que provocassem o surgimento de novos tumultos, principalmente em razão das consequências danosas dos boatos. A partir de segunda-feira (20), o pagamento foi normalizado em todos os estados.

A CAIXA faz a gestão do programa Bolsa Família há dez anos. Em 2012, o banco realizou 156,1 milhões de pagamentos de benefícios do Programa, no valor de R$ 20,2 bilhões. No primeiro quadrimestre de 2013, foram pagos 52,2 milhões de benefícios, no valor de R$ 7,6 bilhões. 

Em março deste ano, foi implantado o novo Cadastro de Informações Sociais, que conta com cerca de 200 milhões de número de inscrições, com o objetivo de aprimorar o sistema e controles. 

Nesse processo, aproximadamente 700 mil beneficiários tiveram seu NIS (Número de Inscrição) unificado, fazendo com que aqueles que tivessem mais de um número de inscrição passassem a ter apenas um, valendo o NIS mais antigo. 

Para garantir que esses beneficiários não estivessem impedidos de buscar os seus benefícios nas datas que usualmente tinham por referência, considerando o número que prevaleceu,  foram adotas medidas operacionais de atendimento e acompanhamento dos saques.

As medidas adotadas visaram  assegurar o pagamento aos beneficiários por meio dos cartões que já possuem, garantindo a facilidade do acesso do benefício às famílias.  O comportamento das famílias observado ao longo de dez anos de gestão do Programa é de busca do pagamento do benefício na data do calendário. 

Assim, foi implementada a flexibilização, provisória e temporária, para o início do calendário da folha do mês de maio, tendo como determinante o comportamento histórico da procura pelo saque dos benefícios e, principalmente, a premissa de sempre e necessariamente assegurar o acesso ao Bolsa Família,  já que o Programa tem entre suas finalidades a transferência de renda para promoção do alívio imediato da pobreza. 

Considerando que as condições de saque do programa são conhecidas pelos beneficiários, inclusive quanto à validade de 90 dias das parcelas mensais do Programa e que existe um comportamento habitual de procura mensal pelo benefício, no qual 20% a 30% das famílias não buscam o benefício na data prevista, não houve divulgação das medidas adotadas. 

Tanto é assim, que não houve alteração da quantidade histórica de pagamento. Na sexta-feira (17), o volume de saques foi inclusive inferior ao mesmo período do mês anterior, com um total de 649 mil saques. Em abril de 2013, foram realizados 852 mil saques no primeiro dia do calendário. Portanto, os dados atestam a normalidade dos pagamentos realizados durante toda a sexta-feira (17) e também na manhã do sábado (18) em todos estados do país.

Somente em torno das 13 horas do sábado (18) é que se verifica o início da anormalidade de saques particularmente em alguns estados, quando também começaram a circular notícias sobre os boatos em relação ao Bolsa Família. Os demais estados mantiveram a normalidade dos pagamentos. 

Os dados reforçam que não foi a flexibilização dos pagamentos que causou corrida às agências e canais de atendimento da CAIXA. 

Para garantir o acesso aos benefícios e a integridade física das pessoas, o banco manteve o procedimento de disponibilizar os pagamentos durante o fim de semana, independente da data prevista no calendário de pagamentos.

O banco tem total interesse na apuração dos fatos e reafirma que aguarda as investigações da Polícia Federal em relação a origem dos boatos.

27/05/2013
Assessoria de Imprensa da CAIXA



(*) Ali Kamel, o mais poderoso diretor de jornalismo da história da Globo (o ansioso blogueiro trabalhou com os outros três), deu-se de antropólogo e sociólogo com o livro “Não somos racistas”, onde propõe que o Brasil não tem maioria negra. Por isso, aqui, é conhecido como o Gilberto Freire com “ï”. Conta-se que, um dia, D. Madalena, em Apipucos, admoestou o Mestre: Gilberto, essa carta está há muito tempo em cima da tua mesa e você não abre. Não é para mim, Madalena, respondeu o Mestre, carinhosamente. É para um Gilberto Freire com “i”.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(***) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.


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