quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

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Tijolaço.com -Blog de Brizola Neto





Era evidente: ingleses preparam frota para Malvinas
quinta-feira, 18 fevereiro, 2010 às 11:17
Anteontem, eu disse aqui que ia acontecer, e era “batata” que fosse. Ontem, o popular jornal inglês The Sun anunciou a preparação de uma frota inglesa para seguir para as Malvinas, para dar cobertura á exploração de petróleo ao largo das ilhas. Hoje, o primeiro-ministro Gordon Brown disse que não planeja o envio de um reforço militar às ilhas, mas admitiu que o país fez “todas as preparações que são necessárias para garantir que as ilhas Malvinas estejam adequadamente protegidas”.

Para quem sabe ler, um pingo é letra. E 60 bilhões de barris de petróleo é bem mais que um pingo, não é? Adequadamente protegidas, a 12 mil quilômetros de distância, quer dizer uma boa e velha frota da Marinha de Sua Majestade.

Em uma entrevista à BBC publicada hoje, o deputado William Hague, ex-líder do Partido Conservador, e porta-voz do partido de oposição para assuntos de Defesa, defendeu em o aumento da presença naval britânica na região.

“Algum tipo de presença naval maior – pode ser somente um navio em visitas regulares -, este tipo de coisa mostraria claramente à Argentina – com quem, novamente, queremos manter relações amistosas – que estamos firmes em relação a isso”, disse Hague.“Seria um sinal para que não interpretassem mal as intenções britânicas. Uma das coisas que deram errado nos anos 1980 foi que os argentinos acharam que nós não estávamos realmente comprometidos com as ilhas Falklands. Então, não podemos cometer o mesmo erro novamente. Nosso comprometimento deve ser muito claro”, afirmou.

Hoje, segundo o Ministério da Defesa inglês, há mil soldados e quatro navios estacionados em Porto Stanley, capital das Malvinas.

Nossa diplomacia já deve estar se movendo para deter esta escalada. E deve fazer isso de forma visível, para que a opinião pública brasileira fique ciente dos riscos envolvidos nessa pretensão imperial sobre as Malvinas. Ou vão continuar dizendo que gastarão bilhões para proteger as poucas casinhas de madeira dos colonos ingleses…

PS. O Rodrigo Vianna, do Escrevinhador, reproduziu o post em que tratei da questão, para meu orgulho, pela qualidade do seu blog. Mas queria esclarecer uma coisa. O problema não é só o “decadente imperialismo inglês”. É que, como se viu com Tony Blair no Iraque, aquilo que é deles é também dos “primos” norteamericanos.

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